Análise Criteriosa de Parâmetros Elétricos: A Queda de Tensão em Foco

A performance, a eficiência energética e a longevidade de equipamentos móveis de alta performance estão intrinsecamente ligadas à qualidade da alimentação elétrica que recebem. Nesse contexto, a análise da queda de tensão transcende uma mera verificação protocolar; ela representa um pilar fundamental do dimensionamento de sistemas elétricos robustos e confiáveis, tanto em baixa quanto em média tensão, especialmente em instalações com longos comprimentos de cabos.

Uma queda de tensão excessiva pode resultar em performance inadequada de motores (redução de torque), sobreaquecimento de componentes, falhas prematuras de equipamentos eletrônicos e perdas energéticas significativas (efeito Joule), comprometendo a eficiência operacional e a segurança da instalação.

 

Análise Aprofundada dos Componentes da Impedância

 

1. Resistência Elétrica (R): O valor de R não é a simples resistência em corrente contínua (CC). Para uma análise precisa, utilizamos a resistência em CA, que considera o efeito pelicular (skin effect) e o efeito de proximidade, fenômenos que aumentam a resistência efetiva com a frequência da corrente.

  • Temperatura de Operação: A resistência ôhmica de um condutor varia significativamente com a sua temperatura. Nossas tabelas (como a Tabela 10) fornecem valores padronizados para temperaturas de operação de 80°C ou 90°C, que refletem condições reais de carga. Para uma temperatura de 90°C, por exemplo, a resistência deve ser majorada por um fator de correção de aproximadamente 1,039 (para cobre), derivado do coeficiente de temperatura do material.

2. Reatância Indutiva (X): A reatância X surge do campo magnético gerado pela corrente que flui nos condutores. Sua magnitude depende da geometria do cabo (distância entre os condutores) e da frequência do sistema.

  • Frequência do Sistema: A reatância é diretamente proporcional à frequência (). Os valores tabelados são tipicamente calculados para 50 Hz. Para sistemas operando em 60 Hz, a reatância deve ser multiplicada por um fator de 1,2 (ou seja, 60/50), o que impacta diretamente o valor final da queda de tensão, especialmente em circuitos com baixo fator de potência.
  • Configuração dos Cabos: Embora os valores de reatância sejam calculados com precisão para cabos redondos (3C + 3T), eles podem ser utilizados como uma aproximação de alta fidelidade para cabos chatos na maioria das aplicações industriais. Em projetos de alta corrente ou que exijam máxima precisão, uma análise via elementos finitos (FEA) pode ser empregada para modelar a geometria específica.

 

Conformidade Normativa e Implicações de Engenharia

 

No Brasil, a norma ABNT NBR 5410 estabelece os limites máximos admissíveis para a queda de tensão em instalações de baixa tensão, geralmente recomendando valores que não excedam 4% a 5% desde a origem da instalação até o ponto de utilização final. A não conformidade com estes limites não é apenas uma irregularidade técnica, mas um risco operacional que pode levar à recusa de seguros e a penalidades legais em caso de incidentes.

O papel do engenheiro e do técnico é, portanto, balancear a solução técnica com a viabilidade econômica, selecionando a seção transversal do condutor que não apenas suporte a corrente nominal, mas que também mantenha a queda de tensão dentro dos limites normativos, garantindo assim um sistema elétrico seguro, eficiente e confiável para as operações críticas que os cabos Innovcable se destinam a servir.

PARÂMETROS ELÉTRICOS

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