
BOBINAS – MANUSEIO E ARMAZENAMENTO

Para Engenheiros e Técnicos que Buscam a Máxima Performance e Confiabilidade em Sistemas Críticos.
A integridade de um sistema de cabos para aplicações móveis, seja em pontes rolantes, festoons, ou sistemas de esteiras porta-cabos, é definida não apenas pela qualidade intrínseca do cabo, mas fundamentalmente pelos procedimentos adotados em seu manuseio e armazenamento. A negligência nestas etapas preliminares é uma das principais causas de falhas prematuras, resultando em paradas não programadas, custos elevados de manutenção e riscos operacionais. Este guia aprofundado destina-se a engenheiros e técnicos, detalhando as melhores práticas com fundamentação técnica para garantir a máxima vida útil e performance dos cabos Innovcable.
Manuseio de Bobinas: A Engenharia por Trás do Movimento Correto
O manuseio inadequado de bobinas é um vetor primário para a introdução de defeitos latentes que se manifestarão durante a operação. A abordagem correta transcende o simples transporte; trata-se de preservar a integridade estrutural e elétrica do cabo.
Princípios Fundamentais para o Transporte e Movimentação:
- Proibição de Rolagem sobre as Flanges: A prática de rolar bobinas sobre suas flanges, embora comum, é extremamente prejudicial. Esta ação concentra a carga em pontos específicos, podendo levar ao empenamento da flange e, consequentemente, à compressão descontrolada do cabo. O método preconizado é a utilização de equipamentos adequados, como empilhadeiras com garfos de comprimento suficiente para suportar ambas as flanges simultaneamente ou guindastes com eixos passantes pelo olhal da bobina. Esta abordagem distribui a força de maneira uniforme, preservando tanto a bobina quanto o cabo.
- Movimentação Controlada e a Prevenção de Estresse Torsional: Caso a rolagem seja inevitável por curtas distâncias, a execução deve ser precisa. Role a bobina na direção oposta ao sentido de enrolamento do cabo. Esta técnica, contraintuitiva para muitos, é crucial. Ao rolar no sentido contrário, a tensão natural do cabo sobre o carretel é mantida, prevenindo o afrouxamento das espiras. Espiras frouxas são suscetíveis a dobras, “nós” (kinks) e, mais criticamente, à introdução de torção residual. Este estresse torsional, quando não controlado, pode levar ao fenômeno de “rolha de champanhe” ou corkscrewing durante a instalação, danificando irreversivelmente a estrutura interna do cabo.
- Qualificação da Equipe: A execução destes procedimentos exige pessoal treinado e ciente das implicações físicas de cada movimento. A mitigação de falhas começa com a capacitação técnica da equipe responsável pelo recebimento e movimentação dos materiais.
Armazenamento Estratégico: Mitigando a Degradação Ambiental e Mecânica
O local e a forma de armazenamento são determinantes para a preservação das propriedades dos materiais que compõem o cabo. A exposição a ambientes inadequados pode acelerar processos de degradação, comprometendo a performance e a segurança.
Diretrizes Essenciais para o Acondicionamento:
- Manutenção na Bobina Original: Os cabos devem permanecer em suas bobinas originais de fábrica até o momento da instalação. Esta prática assegura que o cabo esteja acondicionado com a tensão de enrolamento correta e protegido pela estrutura da bobina, evitando a formação de dobras, vincos ou o excedimento do raio mínimo de curvatura.
- Controle Ambiental Rigoroso: O armazenamento deve ser realizado em local coberto, seco e com temperatura controlada. A exposição direta à radiação ultravioleta (UV) do sol desencadeia um processo de foto-oxidação nos polímeros do revestimento externo (capa), quebrando as cadeias poliméricas e resultando em ressecamento, fissuras e perda das propriedades dielétricas e mecânicas. Cabos como a linha Movflex da Innovcable, que utilizam compostos de alta performance como o PUR (Poliuretano) com proteção UV, já possuem uma resistência superior, mas as boas práticas de armazenamento amplificam essa durabilidade.
- Vedação das Extremidades – A Barreira Contra a Umidade: A umidade é um agente deletério para a integridade do cabo. A infiltração de água por capilaridade pode oxidar os condutores de cobre e comprometer a resistência de isolação. É imperativo que as extremidades dos cabos sejam hermeticamente seladas, preferencialmente com capuzes de vedação termoencolhíveis. Esta medida cria uma barreira eficaz contra a entrada de umidade e outros contaminantes durante o período de armazenamento.
Verificação Pré-Operacional: A Etapa Final de Mitigação de Riscos
Antes da comissionamento e entrada em operação plena, é crucial a realização de testes funcionais em todo o sistema.
- Simulação de Ciclos Operacionais: Execute múltiplos ciclos de operação do equipamento (enrolamento, desenrolamento, movimentação lateral) em velocidade controlada. Esta etapa permite a acomodação natural do cabo no sistema e a identificação de quaisquer pontos de estresse, atrito excessivo ou desalinhamento mecânico que possam ter passado despercebidos durante a instalação. A observação atenta do comportamento do cabo nesta fase é fundamental para a detecção de potenciais falhas antes que elas causem danos significativos.
A adoção rigorosa destes procedimentos técnicos não é apenas uma recomendação, mas um investimento direto na confiabilidade e longevidade do seu sistema. Ao tratar o manuseio e o armazenamento com a mesma seriedade dedicada à especificação do cabo, você assegura que a performance projetada pela engenharia da Innovcable seja efetivamente entregue em sua operação.
Engaje com a excelência. Proteja seu investimento. Garanta a continuidade da sua operação com as práticas corretas desde o primeiro dia.
BOBINAS – MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
- 1. CENTRAL DE RECURSOS TÉCNICOS INNOVCABLE
- 1.1 Guias de Aplicação e Instalação de Cabos Móveis
- 1.2 Ferramentas de Cálculo e Dimensionamento
- 1.3. Especificações e Dados de Materiais
- 1.3.1 CÓDIGOS E NOMENCLATURAS DE CABOS NAVAIS NEK 606
- 1.3.2 CAPAS SHF1 E SHF2 (NEK 606)
- 1.3.3 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS DE ISOLAMENTO E CAPA
- 1.3.4 RESISTÊNCIA DA ARMAÇÃO (Armour Resistance)
- 1.3.5 NORMAS DE DESEMPENHO NO FOGO (Fire Performance Cable Standards)
- 1.3.6 TABELAS DE FIOS E CABOS TERMOPARES DE COMPENSAÇÃO E EXTENSÃO
- 1.4. Glossário e Referências Rápidas
- 1.4.1 GLOSSÁRIO: TERMOS TÉCNICOS EM INGLÊS:
- 1.4.2 TABELAS DE CÓDIGO DE CORES
- 1.4.3 CLASSE DO CONDUTOR (mm² X AWG) NM280
- 1.4.4 COEFICIENTES DE TEMPERATURA DO COBRE
- 1.4.5 DADOS DIVERSOS DE METAIS
- 1.4.6 CÓDIGOS DE CABOS DE POTENCIA (450/750 V) CENELEC HD 361
- 1.4.7 STANDARDS
- 1.4.8 DIMENSIONAL DAS BOBINAS DE MADEIRA
- 2. NORMAS E REGULAMENTAÇÕES DO SETOR
- 3. Ecossistema de Inovação e Pesquisa
Artigos Relacionados

TABELAS E CÓDIGOS PARA TERMOPARES
CÓDIGO DE CORES INTERNACIONAL PARA CABOS E FIOS DE COMPENSAÇÃO E EXTENSÃO CÓDIGO DOS CABOS TABELA DE LIMITES DE ERROS

TABELAS DE DIMENSIONAMENTO NBR 5410
DOWNLOAD TABELAS DE DIMENSIONAMENTO NBR 5410 Explanaçâo Com o objetivo de oferecer um instrumento prático para auxiliar no trabalho de

Tabelas de código de cores
Código de cores de acordo com a DIN 47100 No. Colour Short Form 1 WHITE WH 2 BROWN BN 3

TABELA E ORIENTAÇÕES AWG X CONVERSÃO MÉTRICA (mm²)
Desvendando o Padrão AWG: Um Guia Técnico para Profissionais e Entusiastas – American Wire Gauge (AWG) para conversão métrica (mm²)

STANDARDS
Padrões de cabos britânicos BS4737-3.30:1986 Sistemas de alarme contra intrusão. Especificação para cabos isolados em PVC para fiação de interconexão

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS DE ISOLAMENTO E CAPA, COMPARATIVO DAS PROPRIEDADES
Composto Propriedade PVC HDPE CPE Polie tileno Celular Polipro pileno Nylon PUR Resistência à oxidação E E E E E

RESISTENCIA DA ARMAÇÃO (ARMOUR RESISTANCE)
Cabo de Resistência de Blindagem BS6480: Condutor, revestimento de condutor, resistência da blindagem e condutividade percentual de cabos de 2,

Raio de curvatura miníma permitida: de acordo com a DIN VDE 0298 part 3
Raio de curvatura mínimo permitido de acordo com DIN VDE 0298 parte 3 Tensão nominal até 0,6 / 1 kV
Envie uma mensagem ao especialista
Produtos

MariTimus® Cabo Naval Unipolar de Potência e Controle 0,6/1 kV XLPE/SHF1 (LSOH) Armado e Flame Retardant
Maritimus® Cabo Naval Unipolar de Potência e Controle; Armado; Max. 300,00mm²; 0,6/1 kV; 1 condutor; XLPE / SHF1; Flame Retardant; +90°C; IEC 60092

MariTimus® Cabo Naval Unipolar de Potência e Controle 0,6/1 kV MICA / XLPE / SHF1 (LSOH) Fire Resistant IEC 60331
Maritimus® Cabo Naval Unipolar de Potência e Controle; Max. 120,00mm²; 0,6/1 kV; 1 condutor; MICA / XLPE / SHF1; Fire Resistant; +90°C; IEC 60092; 60331

MariTimus® Cabo Naval Unipolar de Potência e Controle 0,6/1 kV MICA / XLPE / SHF1 (LSOH) Armado e Fire Resistant IEC 60331
Maritimus® Cabo Naval Multipolar de Potência e Controle Armado; Max. 120,00mm²; 0,6/1 kV; 1 condutor; MICA / XLPE / SHF1; Fire Resistant; +90°C; IEC 60092; 60331

MariTimus® Cabo Naval Unipolar de Potência e Controle 0,6/1 kV MICA / HEPR / SHF1 (LSOH) Blindado e Fire Resistant IEC 60331
Maritimus® Cabo Naval Unipolar de Potência e Controle; Blindado; Max. 120,00mm²; 0,6/1 kV; 1 condutor; MICA / HEPR / SHF1; Fire Resistant; +90°C; IEC 60092; 60331