CABO DE CONTROLE BLINDADO e Suas Aplicações
COMO É? PARA QUE SERVE UM CABO DE CONTROLE BLINDADO?
COMO É UM CABO DE CONTROLE BLINDADO?
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A Essencialidade do CABO DE CONTROLE BLINDADO em Sistemas de Automação e Instrumentação
O CABO DE CONTROLE BLINDADO representa um componente crítico e indispensável na moderna engenharia elétrica e de automação, garantindo a integridade e a confiabilidade de sinais em ambientes industrialmente agressivos. Sua construção robusta, que inclui uma camada de proteção contra interferências eletromagnéticas (EMI), o torna a escolha primordial para engenheiros, instaladores e técnicos que buscam precisão e segurança. Consequentemente, entender suas especificações técnicas, normas aplicáveis e corretas metodologias de instalação é fundamental para o sucesso de qualquer projeto que envolva controle e automação de processos, desde a partida de motores até a transmissão de dados sensíveis em instrumentação.
A Estrutura Fundamental do CABO DE CONTROLE BLINDADO
A construção de um CABO DE CONTROLE BLINDADO é projetada para máxima eficiência. Internamente, ele é composto por condutores de cobre eletrolítico, de têmpera mole e encordoamento flexível (classes 4 ou 5), o que facilita o manuseio e a instalação em locais de difícil acesso. Ademais, cada via é isolada individualmente com compostos como PVC, HEPR ou XLPE, que oferecem diferentes níveis de resistência à temperatura e tensão. Essa estrutura básica é, então, envolvida por uma blindagem, que constitui o seu principal diferencial técnico, sendo essencial para a proteção dos sinais que por ele trafegam.
A Relevância da Blindagem no CABO DE CONTROLE BLINDADO
A principal função do CABO DE CONTROLE BLINDADO é proteger os sinais de controle contra ruídos e interferências eletromagnéticas externas. Essas perturbações, comuns em plantas industriais devido à presença de motores, inversores de frequência e outras máquinas, podem corromper os dados transmitidos, causando falhas operacionais e paradas de produção. Portanto, a blindagem atua como uma gaiola de Faraday, interceptando esses ruídos e os desviando para o sistema de aterramento, garantindo assim que o sinal chegue ao seu destino de forma limpa e inalterada.
Tipos de Blindagem para o CABO DE CONTROLE BLINDADO
Existem diferentes tipos de blindagem aplicáveis ao CABO DE CONTROLE BLINDADO, cada uma adequada a uma necessidade específica. A blindagem em fita de poliéster aluminizada (BFA) é uma opção leve e com 100% de cobertura, ideal para proteção contra ruídos de alta frequência. Por outro lado, a blindagem em trança de fios de cobre (BTC) oferece maior resistência mecânica e flexibilidade, sendo eficaz contra interferências de baixa frequência. Além disso, existe a combinação de ambas, bem como a blindagem em fita de cobre, para aplicações que exigem a máxima proteção.
Normas Técnicas para o CABO DE CONTROLE BLINDADO
A fabricação e a aplicação do CABO DE CONTROLE BLINDADO são regidas por rigorosas normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para assegurar sua qualidade e segurança. A norma ABNT NBR 7289 especifica as características construtivas e os requisitos de ensaio para cabos de controle com isolação extrudada. Adicionalmente, a NBR NM 280 detalha as características dos condutores de cobre, enquanto a NBR NM IEC 60332-3-23 estabelece os critérios para a não propagação de chama, um requisito essencial para a segurança em instalações industriais.
Aplicações Industriais do CABO DE CONTROLE BLINDADO
Devido à sua robustez e proteção contra EMI, o CABO DE CONTROLE BLINDADO é amplamente utilizado em diversas aplicações industriais. Ele é fundamental em circuitos de comando e acionamento de motores controlados por inversores de frequência, onde os ruídos gerados são intensos. Além disso, é indispensável em sistemas de automação de processos, interligando sensores, atuadores e controladores lógicos programáveis (CLPs), garantindo que as medições e os comandos sejam executados com precisão e sem falhas induzidas por ruídos elétricos externos.
O Uso do CABO DE CONTROLE BLINDADO em Instrumentação
Em sistemas de instrumentação, a precisão do sinal é crítica. O CABO DE CONTROLE BLINDADO é, portanto, a escolha certa para a transmissão de sinais analógicos de baixa amplitude, como os provenientes de termopares, células de carga e outros transdutores. Nesses casos, qualquer interferência pode levar a leituras errôneas, comprometendo o controle de qualidade e a segurança do processo. A blindagem, consequentemente, assegura a fidelidade do sinal desde o ponto de medição até o dispositivo de leitura ou controle.
Vantagens do CABO DE CONTROLE BLINDADO em Automação
As vantagens de utilizar um CABO DE CONTROLE BLINDADO em projetos de automação são inúmeras. Primeiramente, ele aumenta a confiabilidade do sistema, minimizando paradas inesperadas e custos com manutenção corretiva. Em segundo lugar, melhora a segurança operacional, pois evita o acionamento indevido de equipamentos ou a falha em sistemas de emergência. Ademais, garante a conformidade com normas de compatibilidade eletromagnética, um requisito cada vez mais presente em especificações técnicas de projetos complexos e em ambientes críticos.
Instalação e Aterramento do CABO DE CONTROLE BLINDADO
Uma instalação correta é crucial para que o CABO DE CONTROLE BLINDADO desempenhe sua função eficazmente. Durante a instalação, deve-se evitar raios de curvatura excessivos que possam danificar a blindagem. O ponto mais crítico, no entanto, é o aterramento da blindagem. Ela deve ser conectada ao potencial de terra em apenas uma das extremidades do cabo, preferencialmente no lado do painel de controle ou da fonte do sinal, para evitar a formação de “loops de terra”, que podem, paradoxalmente, introduzir ruído no sistema.
Diferenças entre o CABO DE CONTROLE BLINDADO e o Não Blindado
A principal diferença reside, obviamente, na presença da camada de proteção. Enquanto o CABO DE CONTROLE BLINDADO é projetado para ambientes com perturbação eletromagnética, o cabo de controle sem blindagem é adequado para instalações em locais com baixo nível de ruído, como painéis de comando internos ou sistemas onde a imunidade a interferências não é um fator crítico. A escolha entre os dois, portanto, depende de uma análise cuidadosa do ambiente de instalação e dos requisitos de confiabilidade do circuito.
Especificações de Tensão e Temperatura do CABO DE CONTROLE BLINDADO
O CABO DE CONTROLE BLINDADO está disponível em diversas configurações para atender a diferentes necessidades de projeto. As classes de tensão mais comuns são 500V e 1kV. Quanto à temperatura de operação, a isolação em PVC normalmente suporta até 70°C, enquanto compostos como o HEPR (borracha etilenopropileno) ou o XLPE (polietileno reticulado) permitem que o cabo opere em temperaturas mais elevadas, chegando a 90°C ou mais, aumentando assim sua versatilidade em ambientes industriais mais severos.
Identificação de Vias no CABO DE CONTROLE BLINDADO
Para facilitar a montagem e a manutenção dos circuitos, as vias internas de um CABO DE CONTROLE BLINDADO são devidamente identificadas. A identificação mais comum é feita por meio de veias pretas numeradas sequencialmente. Contudo, também existem versões com vias coloridas, seguindo um código de cores específico. Essa identificação clara e padronizada é fundamental para evitar erros de conexão, que poderiam causar danos aos equipamentos ou falhas de funcionamento no sistema de controle.
A Flexibilidade como Característica do CABO DE CONTROLE BLINDADO
A flexibilidade é uma característica importante do CABO DE CONTROLE BLINDADO, especialmente em instalações industriais. Graças ao uso de condutores com encordoamento de classe 4 ou 5, conforme a norma NBR NM 280, esses cabos podem ser facilmente instalados em eletrodutos, canaletas e esteiras porta-cabos com trajetórias sinuosas. Essa maleabilidade, por conseguinte, reduz o tempo e o esforço de instalação, otimizando a mão de obra e os custos associados ao projeto.
O Papel do Condutor Dreno no CABO DE CONTROLE BLINDADO
Em cabos com blindagem em fita de alumínio, um elemento crucial é o condutor dreno. Este é um condutor de cobre estanhado que fica em contato elétrico direto com a face metálida da fita de blindagem ao longo de todo o comprimento do cabo. Sua função é garantir uma terminação fácil, rápida e eficiente do sistema de blindagem ao terminal de aterramento, assegurando a continuidade elétrica e a eficácia da proteção contra interferências. Sem dúvida, é um detalhe construtivo que otimiza a performance do cabo de controle blindado.
Resistência Química e Mecânica do CABO DE CONTROLE BLINDADO
Além da proteção elétrica, o revestimento externo de um CABO DE CONTROLE BLINDADO, geralmente em PVC tipo ST1 ou ST2, oferece uma barreira robusta contra agentes externos. Ele é projetado para resistir à abrasão, umidade e à ação de diversos produtos químicos presentes em ambientes industriais, como óleos e graxas. Essa resistência mecânica e química garante uma maior vida útil ao cabo, protegendo os condutores internos e a própria blindagem contra danos que poderiam comprometer sua funcionalidade.
O CABO DE CONTROLE BLINDADO e a Indústria 4.0
Na era da Indústria 4.0, onde a comunicação entre máquinas (M2M) e a coleta massiva de dados são onipresentes, a qualidade da infraestrutura de comunicação é vital. O CABO DE CONTROLE BLINDADO desempenha um papel fundamental nesse cenário, garantindo a transmissão confiável de dados entre sensores, atuadores e sistemas ciberfísicos. Portanto, sua correta especificação e aplicação são pré-requisitos para a implementação bem-sucedida de conceitos como a Internet das Coisas Industrial (IIoT) e a manufatura inteligente.
Proteção Contra Crosstalk com o CABO DE CONTROLE BLINDADO
O fenômeno do “crosstalk”, ou diafonia, ocorre quando o sinal de um par de condutores interfere em um par adjacente dentro do mesmo cabo. Em um CABO DE CONTROLE BLINDADO, especialmente nas versões com blindagem individual por par, essa interferência é drasticamente reduzida. A blindagem individual isola eletricamente cada par, garantindo que os sinais de controle e dados permaneçam confinados ao seu próprio circuito, o que é crucial em aplicações de alta densidade e com sinais de alta frequência.
Manutenção e Diagnóstico do CABO DE CONTROLE BLINDADO
Apesar de sua robustez, a manutenção preventiva é importante. Inspeções visuais periódicas no CABO DE CONTROLE BLINDADO podem identificar danos na cobertura externa que possam expor a blindagem a agentes corrosivos. Adicionalmente, testes de continuidade e isolação, incluindo a verificação da integridade do aterramento da blindagem, são essenciais para garantir que o cabo continue a oferecer o máximo desempenho e proteção ao longo de sua vida útil, prevenindo falhas inesperadas.
Selecionando o CABO DE CONTROLE BLINDADO Adequado
A seleção correta do CABO DE CONTROLE BLINDADO exige uma análise técnica detalhada. Fatores como o nível de ruído eletromagnético do ambiente, a tensão e a corrente do circuito, a temperatura de operação, a necessidade de flexibilidade e a exposição a agentes químicos devem ser considerados. Por isso, consultar catálogos técnicos e contar com o suporte de fornecedores especializados, como a Innovcable, é um passo fundamental para especificar o cabo que atenderá plenamente aos requisitos técnicos e de segurança do seu projeto.
O Futuro e a Inovação no CABO DE CONTROLE BLINDADO
A evolução tecnológica não para, e o desenvolvimento do CABO DE CONTROLE BLINDADO acompanha essa tendência. Pesquisas contínuas buscam novos materiais para isolação e cobertura, com maior resistência a temperaturas extremas e a ambientes ainda mais agressivos. Além disso, aprimoramentos nos processos de fabricação visam otimizar a eficácia da blindagem e a flexibilidade dos cabos, antecipando as futuras demandas de sistemas de automação e controle cada vez mais complexos, rápidos e sensíveis, consolidando sua posição como um componente essencial para a engenharia.
CENTROS DE PESQUISA E DO CONHECIMENTO
Com o objetivo de se destacar e liderar através da pesquisa de ponta, a Innovcable acompanha de perto os avanços e as inovações desenvolvidas por importantes centros de excelência e pesquisa no setor elétrico, com especial atenção à área de cabos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.
A seguir, apresentamos alguns dos principais polos de conhecimento que são referência para o nosso trabalho:
Bases de Conhecimento da Innovcable
- ACADEMIA DO CONHECIMENTO:APLICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE CABOS MOVEIS – PONTE ROLANTE, GUINDASTES, FESTOONS, ELEVADORES, ESTEIRAS DE GUINDASTES…
- GUIA DE CABOS MÓVEIS INNOVCABLE:QUAIS CABOS MÓVEIS UTILIZAR?
- PORQUE USAR CABOS MÓVEIS INNOVCABLE:CONSIDERAÇÕES DO PORQUE UTLIZAR CABOS MÓVEIS
- ORIENTAÇÕES DE ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE CABOS
- GLOSSÁRIO:TERMOS TÉCNICOS EM INGLÊS
- TABELAS DE CÓDIGO DE CORES:CONFORME DIM47100, BS4737, BS5308
- COEFICIENTES DE TEMPERATURA DO COBRE: Constantes para converter resistência em várias temperaturas para a temperatura de referência padrão de 20°c e recíprocos das constantes para converter resistência a 20°c a outras temperaturas.
- DADOS DIVERSOS DE METAIS
- TABELAS: CENELEC – VDE
- TABELAS DE DIMENSIONAMENTO: Cabos de energia – NBR 5410
- TABELAS DE CABOS E FIOS TERMOPAR DE COMPENSAÇÃO E EXTENSÃO
- CLASSE DO CONDUTOR: mm² X AWG
- INFORMAÇÕES TÉCNICAS DIVERSAS
- CÓDIGOS E NOMENCLATURAS CABOS NAVAIS CONFORME NEK606
- CAPAS SHF1 E SHF2 DE ACORDO COM A NEK-606
- RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS DE ISOLAMENTO E CAPA, COMPARATIVO DAS PROPRIEDADES
- RESISTÊNCIA DA ARMAÇÃO / ARMOUR RESISTANCE
- CLASSIFICAÇÕES DE CORRENTE E QUEDA DE TENSÃO VOL 1 – IEE
- CLASSIFICAÇÕES DE CORRENTE E QUEDA DE TENSÃO VOL 2 – IEE
- NORMAS DE DESEMPENHO NO FOGO: Fire Performance Cable Standards
- RAIO DE CURVATURA MÍNIMA PERMITIDA: DE ACORDO COM A DIN VDE 0298 parte 3
- STANDARDS
- CÁLCULOS DE QUEDA DE TENSÃO: Voltage Drop Calculations
Bases de Dados e Mecanismos de Busca Acadêmica
- IEEE Xplore Digital Library: IEEE
- ACM Digital Library: ACM
- ScienceDirect: SCIENCE DIRECT
- Scopus: SCOPUS
- Portal de Periódicos da CAPES: CAPES
- Google Scholar (Google Acadêmico): GOOGLE ACADÊMICO
Periódicos e Revistas Científicas de Destaque
- IEEE Transactions on Power Systems: (Disponível através do IEEE Xplore)
- IEEE Transactions on Power Delivery: (Disponível através do IEEE Xplore)
- IEEE Transactions on Communications: (Disponível através do IEEE Xplore)
- Revista Telecomunicações (Inatel): INATEL
- Revista Controle & Automação (SBA): SBA
- Directory of Open Access Journals (DOAJ): DOAJ
Repositórios Institucionais e Grupos de Pesquisa
- Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD): BDTD
- GEPOC – Grupo de Eletrônica de Potência e Controle (UFSM): GEPOC
Entidades de Normas Técnicas
Estas organizações são responsáveis por desenvolver e publicar as normas que garantem a segurança, qualidade e interoperabilidade de cabos elétricos e de comunicação.
- ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): É o Foro Nacional de Normalização no Brasil. As normas ABNT, como a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão), são fundamentais para qualquer projeto no país.
- ABNT
- Para consulta ao acervo: ABNT COLEÇÃO
- IEC (International Electrotechnical Commission): A Comissão Eletrotécnica Internacional é a organização líder mundial na elaboração e publicação de normas internacionais para todas as tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. Muitas normas ABNT são baseadas nas normas IEC.
- ISO (International Organization for Standardization): Embora seja uma organização de padronização para uma vasta gama de indústrias, a ISO também publica normas relevantes para o setor de cabos, especialmente relacionadas a sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001).
- UL (Underwriters Laboratories): Uma organização global de ciência da segurança, muito conhecida por suas certificações de produtos. As normas UL são uma referência importante de segurança, especialmente para produtos destinados ao mercado norte-americano.
- TIA (Telecommunications Industry Association): Principal associação para a indústria de tecnologias da informação e comunicação (TIC). Desenvolve normas para cabeamento estruturado, como as da série ANSI/TIA-568, que são referência mundial para redes de comunicação.
Associações, Sindicatos e Entidades Reguladoras
Estas organizações representam os interesses da indústria, promovem a qualidade e regulamentam o setor.
- ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações): É o órgão regulador do setor de telecomunicações no Brasil. A Anatel é responsável pela homologação e certificação de produtos de telecomunicações, incluindo cabos de rede e fibra óptica.
- Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais não Ferrosos do Estado de São Paulo): Representa as indústrias do setor, atuando na defesa de seus interesses e na promoção de ações de combate ao mercado ilegal de cabos.
- Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos): Entidade que monitora a qualidade dos fios e cabos elétricos comercializados no Brasil, mantendo uma lista de fabricantes aprovados e não conformes.
- Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica): Representa nacionalmente os setores elétrico e eletrônico, atuando em diversas frentes, incluindo questões de normalização e regulamentação.
- BICSI: Uma associação profissional global que apoia a comunidade da tecnologia da informação e comunicação (TIC). Oferece educação, certificações e publicações de padrões para projeto e instalação de sistemas de cabeamento.
- International Cablemakers Federation (ICF): Fórum global que reúne os CEOs das principais empresas produtoras de fios e cabos do mundo para discutir tendências e desafios do setor.
Gigantes da Pesquisa: As Universidades de Ponta no Brasil na Área de Cabos Elétricos e de Comunicação
O Brasil possui um ecossistema robusto de universidades públicas que são verdadeiras referências em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de engenharia elétrica e de comunicação. Diversas delas abrigam laboratórios de ponta e grupos de pesquisa com reconhecimento internacional que atuam diretamente com os temas de cabos de potência, fibras ópticas, materiais dielétricos e sistemas de comunicação.
A seguir, destacamos algumas das principais universidades de primeira linha e seus respectivos centros de excelência no assunto:
1. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Foco principal: Comunicações Ópticas e Fotônica
Considerada um dos maiores polos de inovação em telecomunicações da América Latina, a Unicamp, especialmente através da sua Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), é líder absoluta em pesquisa de fibras ópticas e sistemas de comunicação. A proximidade e colaboração histórica com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) solidifica sua posição.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Comunicações Ópticas e em Micro-ondas (LAPCOM): Focado em pesquisa de amplificadores ópticos, fibras dopadas e propagação de ondas eletromagnéticas.
- Laboratório Integrado de Fotônica (LIF): Reúne diversos laboratórios e pesquisadores para o desenvolvimento de dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de comunicação.
- Grupo de Fenômenos Ultrarrápidos e Comunicações Ópticas (GFURCO): Realiza estudos avançados sobre fibras ópticas, dispositivos e fenômenos em altíssimas velocidades de transmissão.
2. Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
Foco principal: Sistemas de Potência e Alta Tensão
A UNIFEI é uma referência histórica e de grande prestígio em sistemas elétricos de potência no Brasil. Seu Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) é um dos mais importantes do país, com forte atuação em estudos que envolvem cabos de potência, isolamento elétrico e transmissão de energia.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
- Link: LAT-EFEI
- Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE): Congrega diversos laboratórios e grupos de pesquisa em áreas como proteção de sistemas, qualidade de energia e automação, todas intrinsecamente ligadas ao desempenho e à aplicação de cabos elétricos.
- Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
3. Universidade de São Paulo (USP)
Foco principal: Sistemas de Potência, Eletrônica de Potência e Telecomunicações
A USP, com seus múltiplos campi, possui uma pesquisa extremamente forte e diversificada. Tanto a Escola Politécnica (Poli-USP) em São Paulo quanto a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) contam com laboratórios de excelência e grupos de pesquisa que atuam em temas correlatos a cabos.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
- EESC-USP (Ver LAT na lista)
- Laboratório de Pesquisa em Proteção e Automação de Sistemas Elétricos (Poli-USP): Desenvolve pesquisas em proteção de sistemas elétricos, onde a modelagem e o comportamento de cabos em faltas são essenciais.
- Laboratório de Telecomunicações (EESC-USP): Com grupos dedicados a micro-ondas e óptica, desenvolve pesquisas relevantes para a área de cabos de comunicação.
- EESC-USP (Ver TELECOM na lista)
- Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
4. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Foco principal: Eletrônica de Potência e Sistemas de Energia
A UFSC é um polo de excelência reconhecido mundialmente em eletrônica de potência. As pesquisas desenvolvidas são cruciais para a aplicação de cabos em sistemas de conversão de energia, acionamento de motores e conexão de fontes renováveis.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Instituto de Eletrônica de Potência (INEP): Um dos grupos de pesquisa mais produtivos do mundo na área. Desenvolve tecnologia de ponta para conversores e inversores de energia, que se conectam através de cabos a diversas cargas e fontes.
5. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Foco principal: Telecomunicações e Eletromagnetismo Aplicado
A UFMG possui um programa de pós-graduação consolidado em Engenharia Elétrica, com grupos de pesquisa relevantes para a área de comunicação e eletromagnetismo, que dão a base teórica e aplicada para o desenvolvimento de tecnologias de cabos e guias de onda.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Departamento de Engenharia Eletrônica (DELT): Possui laboratórios de pesquisa em telecomunicações e redes, onde se estuda desde a comunicação por fibra óptica até sistemas de comunicação sem fio, que muitas vezes dependem de uma infraestrutura cabeada robusta.
Institutos de Pesquisa
Cenário Nacional
1. CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) – Brasil
Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
Com sede aqui em Campinas, o CPQD é o maior instituto de pesquisa em TIC da América Latina e uma peça-chave na história das telecomunicações brasileiras. Ele desenvolve desde a tecnologia de componentes ópticos até plataformas completas de software e hardware para redes 5G/6G, IoT e segurança cibernética. Para um engenheiro de comunicação, é uma referência obrigatória.
- Áreas e Plataformas Relevantes:
- Comunicações Ópticas: Pesquisa de ponta em dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de transmissão de altíssima capacidade.
- Conectividade sem Fio: Desenvolvimento e testes de sistemas para 5G, 6G e Open RAN.
- Validação e Ensaios: Laboratórios acreditados para ensaios e certificação de equipamentos, incluindo cabos e componentes, para conformidade com normas da ANATEL.
2. CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) – Brasil
Foco principal: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
O CEPEL é o braço de pesquisa do Grupo Eletrobras e o maior instituto de pesquisa em energia elétrica do hemisfério sul. Sua atuação é vital para a segurança e a evolução do Sistema Interligado Nacional (SIN). As pesquisas do CEPEL em equipamentos, materiais e sistemas de alta tensão têm impacto direto nas especificações e na operação de cabos de potência.
- Áreas e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
- Link: CEPEL LEM
- Tecnologias de Transmissão: Pesquisas aplicadas em linhas de transmissão, subestações e equipamentos de alta tensão, incluindo o comportamento de cabos em condições extremas.
- Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
3. INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – Brasil
Foco principal: Metrologia Científica e Industrial, Avaliação da Conformidade
Embora seja primeiramente uma entidade reguladora e de metrologia, o INMETRO possui laboratórios de altíssimo nível que realizam pesquisa para estabelecer os padrões de medição do país. Sua Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia é fundamental para garantir que os ensaios em cabos e outros produtos sejam precisos e confiáveis em todo o Brasil.
- Áreas e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.
- Link: INMETRO LABEL
- Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.
Cenário Internacional
1. Fraunhofer-Gesellschaft – Alemanha
Foco principal: Pesquisa Aplicada em Múltiplas Áreas da Engenharia
A Sociedade Fraunhofer é a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, com 76 institutos espalhados pela Alemanha. Cada instituto tem um foco específico, e vários são referências mundiais nas áreas de comunicação e energia.
- Institutos de Destaque:
- Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
- Link: HHI FRAUNHOFER
- Fraunhofer Institute for Energy Economics and Energy System Technology (IEE): Focado na transição energética, desenvolve tecnologia para integração de renováveis, redes inteligentes e estabilidade de sistemas de potência.
- Link: IEE FRAUNHOFER
- Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
2. NIST (National Institute of Standards and Technology) – EUA
Foco principal: Ciência da Medição, Padrões e Tecnologia
Equivalente norte-americano do INMETRO, mas com uma atuação ainda mais abrangente em pesquisa fundamental e aplicada. O NIST é crucial para o desenvolvimento tecnológico dos EUA, criando os padrões e as tecnologias de medição que permitem a inovação em toda a indústria.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Communications Technology Laboratory (CTL): Desenvolve pesquisa fundamental em metrologia para redes 5G/6G, resiliência de redes e comunicação quântica.
- Material Measurement Laboratory (MML): Conduz pesquisa sobre as propriedades de materiais, incluindo polímeros usados em isolamento de cabos e materiais para eletrônica avançada.
3. NICT (National Institute of Information and Communications Technology) – Japão
Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação
O NICT é o principal instituto de pesquisa pública do Japão na área de TIC. É conhecido por suas contribuições recordistas em transmissão por fibra óptica, tendo demonstrado as maiores taxas de transmissão do mundo em diversas ocasiões, além de forte pesquisa em redes quânticas e segurança.
- Grupos e Iniciativas de Destaque:
- Photonic Network System Laboratory: Pesquisa sistemas de transmissão óptica de ultra-alta capacidade, ultrapassando os limites do que é possível em um único cabo de fibra óptica.
4. CEA-Leti (Laboratoire d’électronique des technologies de l’information) – França
Foco principal: Microeletrônica, Nanotecnologia e Fotônica em Silício
Leti é um instituto do Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) da França e um líder global em miniaturização de tecnologias. Eles são pioneiros em “fotônica em silício”, que busca integrar componentes ópticos diretamente em chips de silício, uma revolução para as comunicações de curta e média distância.
- Grupos e Iniciativas de Destaque:
- Optics and Photonics Division: Desenvolve desde sensores de imagem até sistemas de comunicação óptica e LiDAR integrados em chips, impactando o futuro dos cabos de comunicação em data centers e computação de alta performance.
Essas instituições representam a vanguarda da pesquisa acadêmica no setor, formando profissionais altamente qualificados e desenvolvendo tecnologia que impulsiona toda a indústria de cabos.





