Cabo Blindado Com Shield: O Que Você Precisa Saber
COMO É? PARA QUE SERVE UM CABO BLINDADO COM SHIELD?
COMO É UM CABO BLINDADO COM SHIELD?
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A Excelência do Cabo Blindado com Shield: Um Guia Técnico Definitivo
Um componente essencial em qualquer instalação que preze pela integridade de sinal e confiabilidade, o cabo blindado com shield representa a primeira linha de defesa contra um inimigo invisível, mas potente: a interferência eletromagnética (EMI). Consequentemente, para engenheiros, instaladores e estudantes da área técnica, compreender sua ciência, normas e aplicações é fundamental para o sucesso de projetos em automação, instrumentação e controle. Este artigo técnico aprofunda-se no universo do cabo blindado com shield, fornecendo informações precisas e relevantes para garantir instalações robustas e eficientes, perfeitamente alinhadas às melhores práticas do mercado e aos requisitos de indexação do Google.
A Função Crítica do Cabo Blindado com Shield
A principal função de um cabo blindado com shield é, primordialmente, proteger os condutores internos de sinais elétricos contra os efeitos nocivos da interferência eletromagnética e de radiofrequência (RFI). Em ambientes industriais, por exemplo, motores, inversores de frequência e outras máquinas geram campos elétricos e magnéticos intensos. Portanto, sem uma blindagem adequada, esses ruídos podem acoplar-se aos cabos de sinal, corrompendo dados, causando leituras falsas em sensores ou até mesmo a paralisação de processos críticos. O shield, por conseguinte, atua como uma gaiola de Faraday, interceptando essa energia indesejada e desviando-a para o sistema de aterramento de forma segura.
Princípios Científicos do Cabo Blindado com Shield
O funcionamento do cabo blindado com shield baseia-se em princípios eletromagnéticos fundamentais, como a reflexão e a absorção. Quando uma onda eletromagnética externa atinge a superfície condutiva da blindagem, parte da sua energia é refletida, de forma análoga a um espelho. Além disso, a energia que penetra no material da blindagem induz correntes parasitas que, por sua vez, geram um campo magnético oposto, cancelando o campo interferente. A eficácia desse processo, todavia, depende diretamente do tipo de material, da sua espessura e da frequência da interferência, tornando a escolha do cabo um ato de engenharia precisa.
Tipos de Blindagem em um Cabo Blindado com Shield
Existem, fundamentalmente, dois tipos principais de blindagem utilizados na construção de um cabo blindado com shield: a fita de poliéster aluminizada e a malha de cobre trançada. A fita de alumínio, frequentemente acompanhada por um fio dreno para facilitar a terminação, oferece 100% de cobertura e é particularmente eficaz contra interferências de alta frequência (RFI). Por outro lado, a malha de cobre, embora sua cobertura varie tipicamente entre 70% e 95%, proporciona maior resistência mecânica e flexibilidade, sendo, portanto, mais eficiente na proteção contra ruídos de baixa frequência (EMI) e apresentando melhor performance em instalações móveis.
A Superioridade do Cabo Blindado com Shield de Blindagem Combinada
Para aplicações críticas ou ambientes com um espectro amplo de ruídos, o cabo blindado com shield com blindagem combinada é a solução definitiva. Este tipo de cabo, consequentemente, une o melhor dos dois mundos: utiliza tanto a fita de alumínio quanto a malha de cobre. A fita garante a cobertura total contra altas frequências, enquanto a malha trançada oferece robustez e uma proteção superior contra campos magnéticos de baixa frequência. Sendo assim, essa construção dupla assegura a máxima integridade do sinal, sendo a escolha predileta para aplicações em inversores de frequência, servomotores e instrumentação de alta precisão.
Normas ABNT para o Cabo Blindado com Shield de Instrumentação
A qualidade e a performance de um cabo blindado com shield para instrumentação são regidas por normas técnicas rigorosas. A norma ABNT NBR 10300, por exemplo, estabelece os requisitos para cabos de instrumentação com tensões de até 300 V, detalhando características construtivas, materiais e ensaios de desempenho. Dessa forma, ao especificar um cabo que atenda a esta norma, o engenheiro garante que o produto foi testado quanto à resistência de isolamento, rigidez dielétrica e comportamento em relação a chamas, assegurando, assim, uma instalação segura e confiável para sinais analógicos e digitais.
A Importância da Norma ABNT para o Cabo Blindado com Shield de Controle
Similarmente à instrumentação, os cabos de controle também possuem suas próprias especificações. A ABNT NBR 7289, por exemplo, aborda os requisitos para cabos de controle com isolação extrudada para tensões de até 1 kV. Esta norma é crucial, pois define os parâmetros que um cabo blindado com shield deve seguir para ser utilizado em acionamentos de máquinas, painéis de comando e sistemas de automação. Consequentemente, a conformidade com a NBR 7289 garante que o cabo suportará as condições elétricas e mecânicas da aplicação, prevenindo falhas e maximizando a vida útil da instalação.
O Papel Vital do Aterramento no Cabo Blindado com Shield
A eficácia de um cabo blindado com shield está intrinsecamente ligada à sua correta terminação e aterramento. De fato, uma blindagem não aterrada ou mal aterrada pode agir como uma antena, captando ainda mais ruído. A prática padrão para a maioria das aplicações de baixa frequência (como sinais de 4-20 mA) é aterrar o shield em apenas uma das extremidades do cabo, geralmente no lado da fonte do sinal (no painel de controle ou CLP). Inquestionavelmente, essa técnica previne a formação de “loops de terra”, que são correntes indesejadas circulando pela malha e que podem, paradoxalmente, induzir ruído nos condutores.
Quando Aterrar o Cabo Blindado com Shield em Ambas as Extremidades
Embora a regra seja aterrar em um único ponto, existem exceções importantes. Em aplicações de alta frequência, como redes de comunicação industrial (acima de 1 MHz) ou para proteção contra descargas eletrostáticas, aterrar o cabo blindado com shield em ambas as extremidades pode ser necessário. Nesses casos, a blindagem precisa fornecer um caminho de baixa impedância para a terra em altas frequências. Todavia, para que isso funcione sem criar loops de terra problemáticos, é essencial que a instalação tenha um sistema de equipotencialização de terras muito bem projetado, garantindo que não haja diferença de potencial entre os pontos de aterramento.
Aplicação do Cabo Blindado com Shield em Inversores de Frequência (VFD)
Inversores de frequência são fontes notórias de EMI, devido ao chaveamento de alta frequência em seus módulos de potência (IGBTs). Por isso, a utilização de um cabo blindado com shield específico para VFD é mandatória. Esses cabos possuem não apenas uma blindagem robusta (frequentemente fita de cobre ou dupla blindagem), mas também uma construção simétrica dos condutores de terra. Essa simetria, em suma, ajuda a conter o campo magnético gerado e a reduzir o ruído de modo comum, protegendo não apenas o próprio motor, mas todos os equipamentos eletrônicos sensíveis nas proximidades.
O Uso do Cabo Blindado com Shield em Automação Industrial
Na automação industrial, a precisão é tudo. Sinais de sensores, encoders, resolvers e transmissores precisam chegar ao controlador sem degradação. O cabo blindado com shield é, portanto, onipresente nesse cenário. Ele é utilizado para interligar CLPs a sensores de proximidade, medidores de vazão, células de carga e qualquer outro dispositivo que envie ou receba sinais críticos para o controle do processo. A blindagem garante que as leituras sejam precisas e que as decisões tomadas pelo sistema de controle sejam baseadas em informações confiáveis, o que, por conseguinte, aumenta a produtividade e a segurança.
Integridade de Sinal com o Cabo Blindado com Shield em Áudio e Vídeo
No mundo do áudio e vídeo profissional, a qualidade do sinal é primordial. Ruídos como zumbidos (“hum”) ou chiados podem arruinar uma gravação ou transmissão. O cabo blindado com shield, especialmente os de par trançado blindado (STP), é fundamental para garantir que os sinais de microfones, mesas de som e câmeras permaneçam puros. A blindagem protege contra interferências de dimmers de iluminação, cabos de energia e transmissores de rádio, assegurando, assim, que o público receba uma experiência sonora e visual limpa e de alta fidelidade.
O Conceito de Impedância de Transferência no Cabo Blindado com Shield
Para uma análise mais aprofundada, engenheiros utilizam o parâmetro de “impedância de transferência” para quantificar a eficácia de um cabo blindado com shield. Essencialmente, a impedância de transferência relaciona a tensão induzida no interior do cabo com a corrente de interferência que flui na superfície externa da blindagem. Quanto menor o valor da impedância de transferência (medido em miliohms por metro), melhor será a performance da blindagem. Este é, portanto, um indicador chave da qualidade do cabo, sendo crucial para projetos de alta responsabilidade.
Proteção Contra Ruído de Modo Comum com o Cabo Blindado com Shield
O ruído de modo comum é aquele que aparece com a mesma fase e amplitude em todos os condutores de um cabo em relação ao terra. Este tipo de interferência é particularmente problemático e comum em sistemas com inversores de frequência. Um cabo blindado com shield devidamente aterrado oferece um caminho de baixa impedância para que essas correntes de ruído de modo comum fluam para o terra, em vez de circularem por equipamentos sensíveis e retornarem pela instalação, causando falhas. Sendo assim, a blindagem atua como um dreno eficaz para esse tipo de perturbação elétrica.
A Escolha Correta do Cabo Blindado com Shield para Cada Projeto
A seleção do cabo blindado com shield ideal não deve ser genérica. É preciso considerar a natureza da aplicação: a instalação é fixa ou móvel? Qual o nível de ruído eletromagnético no ambiente? Qual a frequência dos sinais a serem transmitidos? A resposta a essas perguntas determinará se a melhor escolha é uma blindagem em fita, em malha ou combinada. Ademais, as características dos materiais de isolação e cobertura (como PVC, LSHF, PUR) também devem ser avaliadas com base nas condições ambientais (presença de óleos, umidade, exposição a raios UV).
Instalação e Manuseio do Cabo Blindado com Shield
A performance de um cabo blindado com shield depende, em grande parte, da qualidade da sua instalação. É crucial manusear o cabo cuidadosamente, respeitando seu raio mínimo de curvatura para não danificar a blindagem nem os condutores. Durante a decapagem e conectorização, o shield deve ser cortado de forma precisa, e o fio dreno (ou a própria malha) deve ser firmemente conectado ao terminal de terra designado. Além disso, garantir a continuidade da blindagem em emendas, utilizando conectores e caixas de passagem apropriadas, é uma prática indispensável.
Diferença entre Cabo Blindado com Shield e Par Trançado (STP/FTP)
É importante diferenciar um cabo blindado com shield genérico de um cabo de par trançado blindado (Shielded Twisted Pair – STP, ou Foiled Twisted Pair – FTP). Enquanto um cabo de controle pode ter uma blindagem geral sobre múltiplos condutores, um cabo STP/FTP possui, além da blindagem externa, pares de condutores trançados entre si. Essa torção cancela a diafonia (crosstalk) entre os pares, sendo uma técnica fundamental para cabos de rede de dados e comunicação. Portanto, a escolha entre eles depende se a principal ameaça é o ruído externo (EMI) ou a interferência entre os próprios sinais internos.
Inspeção e Diagnóstico de Problemas no Cabo Blindado com Shield
Quando ocorrem problemas de comunicação ou leituras instáveis em uma instalação, o cabo blindado com shield e seu aterramento devem estar entre os primeiros itens a serem verificados. Utilizando um multímetro, é possível verificar a continuidade da blindagem de ponta a ponta e garantir que ela não esteja em curto com nenhum dos condutores de sinal. Além disso, a inspeção visual pode revelar pontos de esmagamento, corrosão no ponto de aterramento ou terminações inadequadas. Manter um registro fotográfico das conexões, consequentemente, pode facilitar futuras manutenções.
O Futuro e a Evolução do Cabo Blindado com Shield
Com o avanço da Indústria 4.0 e da Internet das Coisas (IoT), a densidade de dispositivos eletrônicos e a velocidade de comunicação só tendem a aumentar. Isso significa que o ambiente eletromagnético se tornará cada vez mais “poluído”. Nesse contexto, o desenvolvimento de novos materiais e construções de cabo blindado com shield mais eficazes será contínuo. Materiais compósitos, novas geometrias de blindagem e técnicas de fabricação aprimoradas surgirão para atender à crescente demanda por transmissões de dados mais rápidas e, acima de tudo, mais confiáveis.
Conclusão: A Indispensabilidade do Cabo Blindado com Shield
Em suma, o cabo blindado com shield é muito mais do que um simples cabo com uma camada extra. Ele é um componente de engenharia sofisticado, projetado com base em sólidos princípios científicos para ser a salvaguarda da integridade dos sinais elétricos. Desde o chão de fábrica até estúdios de gravação, sua aplicação correta, guiada por normas técnicas e boas práticas de instalação, é o que separa uma operação confiável e de alta performance de uma suscetível a falhas intermitentes e problemas de difícil diagnóstico. Portanto, investir em um cabo blindado com shield de qualidade e na sua correta implementação é, em última análise, investir na robustez e na longevidade de todo o sistema.
CENTROS DE PESQUISA E DO CONHECIMENTO
Com o objetivo de se destacar e liderar através da pesquisa de ponta, a Innovcable acompanha de perto os avanços e as inovações desenvolvidas por importantes centros de excelência e pesquisa no setor elétrico, com especial atenção à área de cabos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.
A seguir, apresentamos alguns dos principais polos de conhecimento que são referência para o nosso trabalho:
Bases de Conhecimento da Innovcable
- ACADEMIA DO CONHECIMENTO:APLICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE CABOS MOVEIS – PONTE ROLANTE, GUINDASTES, FESTOONS, ELEVADORES, ESTEIRAS DE GUINDASTES…
- GUIA DE CABOS MÓVEIS INNOVCABLE:QUAIS CABOS MÓVEIS UTILIZAR?
- PORQUE USAR CABOS MÓVEIS INNOVCABLE:CONSIDERAÇÕES DO PORQUE UTLIZAR CABOS MÓVEIS
- ORIENTAÇÕES DE ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE CABOS
- GLOSSÁRIO:TERMOS TÉCNICOS EM INGLÊS
- TABELAS DE CÓDIGO DE CORES:CONFORME DIM47100, BS4737, BS5308
- COEFICIENTES DE TEMPERATURA DO COBRE: Constantes para converter resistência em várias temperaturas para a temperatura de referência padrão de 20°c e recíprocos das constantes para converter resistência a 20°c a outras temperaturas.
- DADOS DIVERSOS DE METAIS
- TABELAS: CENELEC – VDE
- TABELAS DE DIMENSIONAMENTO: Cabos de energia – NBR 5410
- TABELAS DE CABOS E FIOS TERMOPAR DE COMPENSAÇÃO E EXTENSÃO
- CLASSE DO CONDUTOR: mm² X AWG
- INFORMAÇÕES TÉCNICAS DIVERSAS
- CÓDIGOS E NOMENCLATURAS CABOS NAVAIS CONFORME NEK606
- CAPAS SHF1 E SHF2 DE ACORDO COM A NEK-606
- RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS DE ISOLAMENTO E CAPA, COMPARATIVO DAS PROPRIEDADES
- RESISTÊNCIA DA ARMAÇÃO / ARMOUR RESISTANCE
- CLASSIFICAÇÕES DE CORRENTE E QUEDA DE TENSÃO VOL 1 – IEE
- CLASSIFICAÇÕES DE CORRENTE E QUEDA DE TENSÃO VOL 2 – IEE
- NORMAS DE DESEMPENHO NO FOGO: Fire Performance Cable Standards
- RAIO DE CURVATURA MÍNIMA PERMITIDA: DE ACORDO COM A DIN VDE 0298 parte 3
- STANDARDS
- CÁLCULOS DE QUEDA DE TENSÃO: Voltage Drop Calculations
Bases de Dados e Mecanismos de Busca Acadêmica
- IEEE Xplore Digital Library: IEEE
- ACM Digital Library: ACM
- ScienceDirect: SCIENCE DIRECT
- Scopus: SCOPUS
- Portal de Periódicos da CAPES: CAPES
- Google Scholar (Google Acadêmico): GOOGLE ACADÊMICO
Periódicos e Revistas Científicas de Destaque
- IEEE Transactions on Power Systems: (Disponível através do IEEE Xplore)
- IEEE Transactions on Power Delivery: (Disponível através do IEEE Xplore)
- IEEE Transactions on Communications: (Disponível através do IEEE Xplore)
- Revista Telecomunicações (Inatel): INATEL
- Revista Controle & Automação (SBA): SBA
- Directory of Open Access Journals (DOAJ): DOAJ
Repositórios Institucionais e Grupos de Pesquisa
- Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD): BDTD
- GEPOC – Grupo de Eletrônica de Potência e Controle (UFSM): GEPOC
Entidades de Normas Técnicas
Estas organizações são responsáveis por desenvolver e publicar as normas que garantem a segurança, qualidade e interoperabilidade de cabos elétricos e de comunicação.
- ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): É o Foro Nacional de Normalização no Brasil. As normas ABNT, como a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão), são fundamentais para qualquer projeto no país.
- ABNT
- Para consulta ao acervo: ABNT COLEÇÃO
- IEC (International Electrotechnical Commission): A Comissão Eletrotécnica Internacional é a organização líder mundial na elaboração e publicação de normas internacionais para todas as tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. Muitas normas ABNT são baseadas nas normas IEC.
- ISO (International Organization for Standardization): Embora seja uma organização de padronização para uma vasta gama de indústrias, a ISO também publica normas relevantes para o setor de cabos, especialmente relacionadas a sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001).
- UL (Underwriters Laboratories): Uma organização global de ciência da segurança, muito conhecida por suas certificações de produtos. As normas UL são uma referência importante de segurança, especialmente para produtos destinados ao mercado norte-americano.
- TIA (Telecommunications Industry Association): Principal associação para a indústria de tecnologias da informação e comunicação (TIC). Desenvolve normas para cabeamento estruturado, como as da série ANSI/TIA-568, que são referência mundial para redes de comunicação.
Associações, Sindicatos e Entidades Reguladoras
Estas organizações representam os interesses da indústria, promovem a qualidade e regulamentam o setor.
- ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações): É o órgão regulador do setor de telecomunicações no Brasil. A Anatel é responsável pela homologação e certificação de produtos de telecomunicações, incluindo cabos de rede e fibra óptica.
- Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais não Ferrosos do Estado de São Paulo): Representa as indústrias do setor, atuando na defesa de seus interesses e na promoção de ações de combate ao mercado ilegal de cabos.
- Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos): Entidade que monitora a qualidade dos fios e cabos elétricos comercializados no Brasil, mantendo uma lista de fabricantes aprovados e não conformes.
- Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica): Representa nacionalmente os setores elétrico e eletrônico, atuando em diversas frentes, incluindo questões de normalização e regulamentação.
- BICSI: Uma associação profissional global que apoia a comunidade da tecnologia da informação e comunicação (TIC). Oferece educação, certificações e publicações de padrões para projeto e instalação de sistemas de cabeamento.
- International Cablemakers Federation (ICF): Fórum global que reúne os CEOs das principais empresas produtoras de fios e cabos do mundo para discutir tendências e desafios do setor.
Gigantes da Pesquisa: As Universidades de Ponta no Brasil na Área de Cabos Elétricos e de Comunicação
O Brasil possui um ecossistema robusto de universidades públicas que são verdadeiras referências em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de engenharia elétrica e de comunicação. Diversas delas abrigam laboratórios de ponta e grupos de pesquisa com reconhecimento internacional que atuam diretamente com os temas de cabos de potência, fibras ópticas, materiais dielétricos e sistemas de comunicação.
A seguir, destacamos algumas das principais universidades de primeira linha e seus respectivos centros de excelência no assunto:
1. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Foco principal: Comunicações Ópticas e Fotônica
Considerada um dos maiores polos de inovação em telecomunicações da América Latina, a Unicamp, especialmente através da sua Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), é líder absoluta em pesquisa de fibras ópticas e sistemas de comunicação. A proximidade e colaboração histórica com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) solidifica sua posição.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Comunicações Ópticas e em Micro-ondas (LAPCOM): Focado em pesquisa de amplificadores ópticos, fibras dopadas e propagação de ondas eletromagnéticas.
- Laboratório Integrado de Fotônica (LIF): Reúne diversos laboratórios e pesquisadores para o desenvolvimento de dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de comunicação.
- Grupo de Fenômenos Ultrarrápidos e Comunicações Ópticas (GFURCO): Realiza estudos avançados sobre fibras ópticas, dispositivos e fenômenos em altíssimas velocidades de transmissão.
2. Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
Foco principal: Sistemas de Potência e Alta Tensão
A UNIFEI é uma referência histórica e de grande prestígio em sistemas elétricos de potência no Brasil. Seu Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) é um dos mais importantes do país, com forte atuação em estudos que envolvem cabos de potência, isolamento elétrico e transmissão de energia.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
- Link: LAT-EFEI
- Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE): Congrega diversos laboratórios e grupos de pesquisa em áreas como proteção de sistemas, qualidade de energia e automação, todas intrinsecamente ligadas ao desempenho e à aplicação de cabos elétricos.
- Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
3. Universidade de São Paulo (USP)
Foco principal: Sistemas de Potência, Eletrônica de Potência e Telecomunicações
A USP, com seus múltiplos campi, possui uma pesquisa extremamente forte e diversificada. Tanto a Escola Politécnica (Poli-USP) em São Paulo quanto a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) contam com laboratórios de excelência e grupos de pesquisa que atuam em temas correlatos a cabos.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
- EESC-USP (Ver LAT na lista)
- Laboratório de Pesquisa em Proteção e Automação de Sistemas Elétricos (Poli-USP): Desenvolve pesquisas em proteção de sistemas elétricos, onde a modelagem e o comportamento de cabos em faltas são essenciais.
- Laboratório de Telecomunicações (EESC-USP): Com grupos dedicados a micro-ondas e óptica, desenvolve pesquisas relevantes para a área de cabos de comunicação.
- EESC-USP (Ver TELECOM na lista)
- Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
4. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Foco principal: Eletrônica de Potência e Sistemas de Energia
A UFSC é um polo de excelência reconhecido mundialmente em eletrônica de potência. As pesquisas desenvolvidas são cruciais para a aplicação de cabos em sistemas de conversão de energia, acionamento de motores e conexão de fontes renováveis.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Instituto de Eletrônica de Potência (INEP): Um dos grupos de pesquisa mais produtivos do mundo na área. Desenvolve tecnologia de ponta para conversores e inversores de energia, que se conectam através de cabos a diversas cargas e fontes.
5. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Foco principal: Telecomunicações e Eletromagnetismo Aplicado
A UFMG possui um programa de pós-graduação consolidado em Engenharia Elétrica, com grupos de pesquisa relevantes para a área de comunicação e eletromagnetismo, que dão a base teórica e aplicada para o desenvolvimento de tecnologias de cabos e guias de onda.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Departamento de Engenharia Eletrônica (DELT): Possui laboratórios de pesquisa em telecomunicações e redes, onde se estuda desde a comunicação por fibra óptica até sistemas de comunicação sem fio, que muitas vezes dependem de uma infraestrutura cabeada robusta.
Institutos de Pesquisa
Cenário Nacional
1. CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) – Brasil
Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
Com sede aqui em Campinas, o CPQD é o maior instituto de pesquisa em TIC da América Latina e uma peça-chave na história das telecomunicações brasileiras. Ele desenvolve desde a tecnologia de componentes ópticos até plataformas completas de software e hardware para redes 5G/6G, IoT e segurança cibernética. Para um engenheiro de comunicação, é uma referência obrigatória.
- Áreas e Plataformas Relevantes:
- Comunicações Ópticas: Pesquisa de ponta em dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de transmissão de altíssima capacidade.
- Conectividade sem Fio: Desenvolvimento e testes de sistemas para 5G, 6G e Open RAN.
- Validação e Ensaios: Laboratórios acreditados para ensaios e certificação de equipamentos, incluindo cabos e componentes, para conformidade com normas da ANATEL.
2. CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) – Brasil
Foco principal: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
O CEPEL é o braço de pesquisa do Grupo Eletrobras e o maior instituto de pesquisa em energia elétrica do hemisfério sul. Sua atuação é vital para a segurança e a evolução do Sistema Interligado Nacional (SIN). As pesquisas do CEPEL em equipamentos, materiais e sistemas de alta tensão têm impacto direto nas especificações e na operação de cabos de potência.
- Áreas e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
- Link: CEPEL LEM
- Tecnologias de Transmissão: Pesquisas aplicadas em linhas de transmissão, subestações e equipamentos de alta tensão, incluindo o comportamento de cabos em condições extremas.
- Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
3. INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – Brasil
Foco principal: Metrologia Científica e Industrial, Avaliação da Conformidade
Embora seja primeiramente uma entidade reguladora e de metrologia, o INMETRO possui laboratórios de altíssimo nível que realizam pesquisa para estabelecer os padrões de medição do país. Sua Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia é fundamental para garantir que os ensaios em cabos e outros produtos sejam precisos e confiáveis em todo o Brasil.
- Áreas e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.
- Link: INMETRO LABEL
- Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.
Cenário Internacional
1. Fraunhofer-Gesellschaft – Alemanha
Foco principal: Pesquisa Aplicada em Múltiplas Áreas da Engenharia
A Sociedade Fraunhofer é a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, com 76 institutos espalhados pela Alemanha. Cada instituto tem um foco específico, e vários são referências mundiais nas áreas de comunicação e energia.
- Institutos de Destaque:
- Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
- Link: HHI FRAUNHOFER
- Fraunhofer Institute for Energy Economics and Energy System Technology (IEE): Focado na transição energética, desenvolve tecnologia para integração de renováveis, redes inteligentes e estabilidade de sistemas de potência.
- Link: IEE FRAUNHOFER
- Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
2. NIST (National Institute of Standards and Technology) – EUA
Foco principal: Ciência da Medição, Padrões e Tecnologia
Equivalente norte-americano do INMETRO, mas com uma atuação ainda mais abrangente em pesquisa fundamental e aplicada. O NIST é crucial para o desenvolvimento tecnológico dos EUA, criando os padrões e as tecnologias de medição que permitem a inovação em toda a indústria.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Communications Technology Laboratory (CTL): Desenvolve pesquisa fundamental em metrologia para redes 5G/6G, resiliência de redes e comunicação quântica.
- Material Measurement Laboratory (MML): Conduz pesquisa sobre as propriedades de materiais, incluindo polímeros usados em isolamento de cabos e materiais para eletrônica avançada.
3. NICT (National Institute of Information and Communications Technology) – Japão
Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação
O NICT é o principal instituto de pesquisa pública do Japão na área de TIC. É conhecido por suas contribuições recordistas em transmissão por fibra óptica, tendo demonstrado as maiores taxas de transmissão do mundo em diversas ocasiões, além de forte pesquisa em redes quânticas e segurança.
- Grupos e Iniciativas de Destaque:
- Photonic Network System Laboratory: Pesquisa sistemas de transmissão óptica de ultra-alta capacidade, ultrapassando os limites do que é possível em um único cabo de fibra óptica.
4. CEA-Leti (Laboratoire d’électronique des technologies de l’information) – França
Foco principal: Microeletrônica, Nanotecnologia e Fotônica em Silício
Leti é um instituto do Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) da França e um líder global em miniaturização de tecnologias. Eles são pioneiros em “fotônica em silício”, que busca integrar componentes ópticos diretamente em chips de silício, uma revolução para as comunicações de curta e média distância.
- Grupos e Iniciativas de Destaque:
- Optics and Photonics Division: Desenvolve desde sensores de imagem até sistemas de comunicação óptica e LiDAR integrados em chips, impactando o futuro dos cabos de comunicação em data centers e computação de alta performance.
Essas instituições representam a vanguarda da pesquisa acadêmica no setor, formando profissionais altamente qualificados e desenvolvendo tecnologia que impulsiona toda a indústria de cabos.




