Cabos Blindados Para Instrumentação: O Que São?

COMO É? PARA QUE SERVEM CABOS BLINDADOS PARA INSTRUMENTAÇÃO?

COMO SÃO CABOS BLINDADOS PARA INSTRUMENTAÇÃO?

Cabos blindados para instrumentaçãoCabos blindados para instrumentaçãoCabos blindados para instrumentação

 

A Excelência em Conectividade: O Guia Definitivo sobre Cabos Blindados para Instrumentação

 

Os cabos blindados para instrumentação representam um componente crítico na espinha dorsal de qualquer sistema de automação e controle industrial moderno. Essencialmente, a sua função primordial é garantir a transmissão de sinais de baixa energia de forma íntegra e confiável, conectando sensores, transmissores e outros dispositivos a painéis de controle e sistemas de aquisição de dados. Devido à sensibilidade desses sinais, a proteção contra interferências eletromagnéticas (EMI) e de radiofrequência (RFI) não é apenas um luxo, mas uma necessidade absoluta para a precisão e segurança dos processos. Consequentemente, a correta especificação e aplicação destes cabos são vitais para engenheiros, instaladores e estudantes que buscam excelência técnica.

 

A Importância Normativa dos Cabos Blindados para Instrumentação

 

A qualidade e a segurança dos cabos blindados para instrumentação são regidas por normas técnicas rigorosas. No Brasil, a principal referência é a ABNT NBR 10300, que especifica os requisitos de desempenho e construção para cabos de instrumentação com tensões de até 300 V. Além disso, normas como a NBR 7289, para cabos de controle, podem ser aplicáveis dependendo da complexidade do sistema. Essas diretrizes asseguram que o produto final possua as características necessárias de isolação, resistência à propagação de chama e, crucialmente, eficácia da blindagem, garantindo assim uma operação segura e em conformidade para qualquer planta industrial.

 

A Função Crítica dos Cabos Blindados para Instrumentação

 

Em ambientes industriais, a prevalência de motores, inversores de frequência e outras cargas de alta potência gera um “ruído” eletromagnético significativo. Os cabos blindados para instrumentação são projetados especificamente para combater esse fenômeno. Por meio de sua construção com blindagens metálicas, eles criam uma gaiola de Faraday ao redor dos condutores internos. Portanto, essa barreira protetora intercepta e desvia as interferências para o sistema de aterramento, assegurando que o sinal original, seja ele de 4-20 mA, de um termopar ou de um protocolo digital, chegue ao seu destino sem corrupção e com a máxima precisão.

 

Tipos de Blindagem em Cabos Blindados para Instrumentação

 

A eficácia de um cabo blindado para instrumentação está diretamente ligada ao tipo de blindagem empregada. A blindagem em fita de poliéster aluminizada (BFA) oferece uma cobertura de 100%, sendo particularmente eficiente contra ruídos de alta frequência (RFI). Por outro lado, a blindagem em malha de fios de cobre (BTC), nu ou estanhado, proporciona maior resistência mecânica e melhor performance em baixas frequências (EMI). Para ambientes extremamente agressivos, uma combinação de fita mais malha oferece a proteção mais robusta e completa contra uma vasta gama de interferências.

 

A Estrutura dos Condutores nos Cabos Blindados para Instrumentação

 

O coração dos cabos blindados para instrumentação são seus condutores, geralmente fabricados em cobre eletrolítico de alta pureza. A escolha da classe de encordoamento, como a classe 2 (rígido) ou a classe 5 (flexível), impacta diretamente na maleabilidade do cabo durante a instalação. Enquanto cabos mais rígidos são adequados para instalações fixas em bandejas e eletrocalhas, os cabos flexíveis são preferíveis em aplicações que exigem movimentação, como em painéis de controle ou na conexão de equipamentos que vibram. A seleção correta, portanto, otimiza tanto a instalação quanto a vida útil do componente.

 

Isolação e Cobertura nos Cabos Blindados para Instrumentação

 

Os materiais de isolação e cobertura dos cabos blindados para instrumentação são fundamentais para sua durabilidade e segurança. Compostos como o PVC (Policloreto de Vinila) e o PE (Polietileno) são amplamente utilizados na isolação das veias, oferecendo excelentes propriedades dielétricas. A cobertura externa, frequentemente em PVC, pode ser especificada para ter características especiais, como resistência a raios UV para instalações externas, resistência a óleos e graxas em ambientes industriais agressivos, e, crucialmente, propriedades de não propagação e autoextinção de chama, elevando a segurança da planta.

 

A Aplicação de Cabos Blindados para Instrumentação em Pares ou Ternas

 

Para otimizar a transmissão de sinais e minimizar a diafonia (crosstalk) entre circuitos adjacentes, os cabos blindados para instrumentação são frequentemente construídos com condutores torcidos em pares ou ternas. Essa torção ajuda a cancelar electromagneticamente as interferências geradas entre os próprios condutores. Em cabos multipares, é comum a utilização de blindagem individual em cada par/terna, além de uma blindagem coletiva sobre o conjunto, proporcionando uma dupla barreira de proteção e garantindo a máxima integridade para múltiplos sinais trafegando no mesmo cabo.

 

O Papel do Dreno nos Cabos Blindados para Instrumentação

 

Um elemento essencial e muitas vezes subestimado nos cabos blindados para instrumentação é o condutor dreno. Este fio de cobre estanhado, em contato contínuo com a blindagem metálica (geralmente a fita de alumínio), facilita a conexão da blindagem ao sistema de aterramento. Em vez de tentar conectar a frágil fita de alumínio a um terminal, o instalador simplesmente conecta o dreno. Essa prática garante uma terminação de 360° e um caminho de baixa impedância para a terra, sendo, por conseguinte, vital para a eficácia do sistema de blindagem.

 

Selecionando Cabos Blindados para Instrumentação para Sensores

 

A seleção de cabos blindados para instrumentação para a conexão de sensores e transmissores deve considerar a natureza do sinal. Para sinais analógicos de baixa tensão e corrente, como os de termopares ou células de carga, a proteção contra ruídos é absolutamente crítica para a precisão da medição. Para transmissores com comunicação digital sobreposta, como o protocolo HART, a qualidade do cabo garante não apenas a leitura do processo, mas também a comunicação para configuração e diagnóstico do dispositivo. Portanto, a escolha criteriosa é um passo fundamental no projeto.

 

Cabos Blindados para Instrumentação em Automação Industrial

 

Na automação de processos industriais, a confiabilidade é inegociável. Os cabos blindados para instrumentação são a espinha dorsal que interliga CLPs (Controladores Lógicos Programáveis), sistemas de supervisão (SCADA) e os dispositivos de campo. Eles são utilizados em circuitos de controle, sinalização, alarmes e medições. Uma falha na transmissão de um sinal pode levar a paradas de produção, perda de qualidade ou até mesmo a condições de risco operacional. Desse modo, o investimento em cabos de alta performance é uma medida de proteção para todo o ativo industrial.

 

A Importância do Aterramento nos Cabos Blindados para Instrumentação

 

A eficácia de um cabo blindado para instrumentação depende intrinsecamente de um sistema de aterramento adequado. A blindagem (ou “shield”) deve ser conectada à terra em apenas um ponto, geralmente no lado do painel de controle ou CLP. Esta técnica, conhecida como aterramento unifilar, evita a criação de “loops de terra”, que podem induzir correntes indesejadas na malha e, paradoxalmente, transformar a própria blindagem em uma fonte de ruído. Seguir essa prática de instalação é, portanto, tão importante quanto a escolha do cabo em si.

 

Cabos Blindados para Instrumentação em Áreas Classificadas

 

Em indústrias químicas, petroquímicas, de petróleo e gás, existem áreas classificadas com risco de explosão. Nessas zonas, os cabos blindados para instrumentação devem atender a requisitos ainda mais rigorosos. Além da proteção contra EMI, eles podem precisar ser do tipo segurança intrínseca (Ex-i), projetados para limitar a energia elétrica a níveis que não possam causar ignição de atmosferas explosivas. A conformidade com normas como a IEC 60079-14 é mandatória, garantindo que os cabos contribuam para a segurança integral da instalação.

 

Cabos Blindados para Instrumentação e Protocolos de Comunicação

 

Com o avanço da Indústria 4.0, os cabos blindados para instrumentação são cada vez mais utilizados para redes de comunicação industrial. Protocolos como Profibus PA e Foundation Fieldbus, que operam sobre um barramento de um único par de fios, dependem de cabos com impedância controlada e blindagem eficaz para garantir a comunicação digital entre múltiplos instrumentos e o sistema de controle. A especificação correta do cabo é um pré-requisito para o funcionamento estável e confiável dessas redes de campo digitais.

 

Resistência Química e Térmica dos Cabos Blindados para Instrumentação

 

O ambiente industrial pode ser extremamente agressivo, com exposição a produtos químicos, óleos e temperaturas extremas. Por essa razão, é possível especificar cabos blindados para instrumentação com coberturas especiais que oferecem alta resistência a esses agentes. Materiais como poliuretanos ou elastômeros termoplásticos podem ser utilizados para garantir a integridade do cabo em locais com derramamentos químicos frequentes. Da mesma forma, para altas temperaturas, isolações em silicone ou outros compostos especiais garantem a operação contínua e segura.

 

A Instalação Correta dos Cabos Blindados para Instrumentação

 

Uma instalação profissional é crucial para o desempenho dos cabos blindados para instrumentação. É fundamental evitar que os cabos de sinal sejam instalados nas mesmas bandejas ou eletrodutos que os cabos de potência de alta corrente. Quando o cruzamento é inevitável, ele deve ser feito a 90 graus para minimizar a indução de ruído. Além disso, deve-se respeitar o raio mínimo de curvatura especificado pelo fabricante para evitar danos à estrutura interna do cabo, o que poderia comprometer tanto a isolação quanto a eficácia da blindagem.

 

Manutenção e Vida Útil dos Cabos Blindados para Instrumentação

 

Embora projetados para longa durabilidade, a manutenção preditiva dos cabos blindados para instrumentação é uma boa prática. Inspeções visuais em busca de danos na cobertura externa, especialmente em áreas de alta vibração ou exposição a intempéries, podem prevenir falhas futuras. Verificar a integridade das conexões de aterramento também é fundamental. Um cabo bem especificado e corretamente instalado pode ter uma vida útil de décadas, contudo, o monitoramento periódico garante que ele continue a entregar o máximo desempenho e confiabilidade ao longo de todo o seu ciclo de vida.

 

A Vantagem da Blindagem Individual e Coletiva nos Cabos Blindados para Instrumentação

 

Para aplicações que demandam a passagem de múltiplos sinais sensíveis em um único cabo (multipares), a utilização de cabos blindados para instrumentação com blindagem individual e coletiva (BIC) é a solução ideal. Cada par ou terna possui sua própria blindagem em fita de alumínio, protegendo os sinais contra a interferência mútua (diafonia). Adicionalmente, uma blindagem coletiva global protege todo o conjunto contra interferências externas. Essa construção robusta é a escolha preferida para otimizar espaço em bandejas sem sacrificar a integridade do sinal.

 

Cabos Blindados para Instrumentação Resistentes à Radiação UV

 

Em instalações externas, como em plantas solares, plataformas de petróleo ou áreas industriais abertas, os cabos blindados para instrumentação estão diretamente expostos à radiação ultravioleta (UV) do sol. A radiação UV pode degradar rapidamente os materiais de cobertura convencionais, levando a rachaduras e à perda de proteção mecânica e isolamento. Por isso, é essencial especificar cabos com cobertura externa contendo aditivos anti-UV, geralmente na cor preta, que garantem a resistência e a longevidade do cabo mesmo sob exposição solar constante.

 

Identificação e Codificação de Veias nos Cabos Blindados para Instrumentação

 

Para facilitar a instalação e a manutenção, os cabos blindados para instrumentação possuem sistemas de identificação de veias claros e padronizados. A NBR 10300 estabelece códigos de cores ou numeração para os condutores individuais, pares e ternas. Essa codificação permite que o instalador conecte corretamente as extremidades do cabo sem risco de erros, o que é especialmente crítico em cabos multipares com dezenas de condutores. Uma identificação precisa economiza tempo de comissionamento e simplifica futuras intervenções de manutenção no sistema.

 

O Futuro e a Inovação nos Cabos Blindados para Instrumentação

 

O campo dos cabos blindados para instrumentação continua a evoluir, impulsionado pelas demandas por maiores taxas de dados, maior resistência a ambientes hostis e integração com tecnologias de IIoT (Internet Industrial das Coisas). A pesquisa foca em novos materiais de isolação e blindagem que sejam mais leves, mais flexíveis e com desempenho superior em altas frequências. Consequentemente, a parceria com um fornecedor especializado e inovador é a garantia de ter acesso às soluções mais avançadas para os desafios de conectividade do presente e do futuro.

CENTROS DE PESQUISA E DO CONHECIMENTO

Com o objetivo de se destacar e liderar através da pesquisa de ponta, a Innovcable acompanha de perto os avanços e as inovações desenvolvidas por importantes centros de excelência e pesquisa no setor elétrico, com especial atenção à área de cabos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

A seguir, apresentamos alguns dos principais polos de conhecimento que são referência para o nosso trabalho:

 Bases de Conhecimento da Innovcable

Bases de Dados e Mecanismos de Busca Acadêmica

 

Periódicos e Revistas Científicas de Destaque

  • IEEE Transactions on Power Systems: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Power Delivery: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Communications: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • Revista Telecomunicações (Inatel): INATEL
  • Revista Controle & Automação (SBA): SBA
  • Directory of Open Access Journals (DOAJ): DOAJ

 

Repositórios Institucionais e Grupos de Pesquisa

  • Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD): BDTD
  • GEPOC – Grupo de Eletrônica de Potência e Controle (UFSM): GEPOC

 

Entidades de Normas Técnicas

Estas organizações são responsáveis por desenvolver e publicar as normas que garantem a segurança, qualidade e interoperabilidade de cabos elétricos e de comunicação.

  • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): É o Foro Nacional de Normalização no Brasil. As normas ABNT, como a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão), são fundamentais para qualquer projeto no país.
  • IEC (International Electrotechnical Commission): A Comissão Eletrotécnica Internacional é a organização líder mundial na elaboração e publicação de normas internacionais para todas as tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. Muitas normas ABNT são baseadas nas normas IEC.
  • ISO (International Organization for Standardization): Embora seja uma organização de padronização para uma vasta gama de indústrias, a ISO também publica normas relevantes para o setor de cabos, especialmente relacionadas a sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001).
  • UL (Underwriters Laboratories): Uma organização global de ciência da segurança, muito conhecida por suas certificações de produtos. As normas UL são uma referência importante de segurança, especialmente para produtos destinados ao mercado norte-americano.
  • TIA (Telecommunications Industry Association): Principal associação para a indústria de tecnologias da informação e comunicação (TIC). Desenvolve normas para cabeamento estruturado, como as da série ANSI/TIA-568, que são referência mundial para redes de comunicação.

 

Associações, Sindicatos e Entidades Reguladoras

Estas organizações representam os interesses da indústria, promovem a qualidade e regulamentam o setor.

  • ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações): É o órgão regulador do setor de telecomunicações no Brasil. A Anatel é responsável pela homologação e certificação de produtos de telecomunicações, incluindo cabos de rede e fibra óptica.
  • Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais não Ferrosos do Estado de São Paulo): Representa as indústrias do setor, atuando na defesa de seus interesses e na promoção de ações de combate ao mercado ilegal de cabos.
  • Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos): Entidade que monitora a qualidade dos fios e cabos elétricos comercializados no Brasil, mantendo uma lista de fabricantes aprovados e não conformes.
  • Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica): Representa nacionalmente os setores elétrico e eletrônico, atuando em diversas frentes, incluindo questões de normalização e regulamentação.
  • BICSI: Uma associação profissional global que apoia a comunidade da tecnologia da informação e comunicação (TIC). Oferece educação, certificações e publicações de padrões para projeto e instalação de sistemas de cabeamento.
  • International Cablemakers Federation (ICF): Fórum global que reúne os CEOs das principais empresas produtoras de fios e cabos do mundo para discutir tendências e desafios do setor.

 

Gigantes da Pesquisa: As Universidades de Ponta no Brasil na Área de Cabos Elétricos e de Comunicação

O Brasil possui um ecossistema robusto de universidades públicas que são verdadeiras referências em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de engenharia elétrica e de comunicação. Diversas delas abrigam laboratórios de ponta e grupos de pesquisa com reconhecimento internacional que atuam diretamente com os temas de cabos de potência, fibras ópticas, materiais dielétricos e sistemas de comunicação.

A seguir, destacamos algumas das principais universidades de primeira linha e seus respectivos centros de excelência no assunto:


1. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Foco principal: Comunicações Ópticas e Fotônica

Considerada um dos maiores polos de inovação em telecomunicações da América Latina, a Unicamp, especialmente através da sua Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), é líder absoluta em pesquisa de fibras ópticas e sistemas de comunicação. A proximidade e colaboração histórica com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) solidifica sua posição.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Comunicações Ópticas e em Micro-ondas (LAPCOM): Focado em pesquisa de amplificadores ópticos, fibras dopadas e propagação de ondas eletromagnéticas.
    • Laboratório Integrado de Fotônica (LIF): Reúne diversos laboratórios e pesquisadores para o desenvolvimento de dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de comunicação.
    • Grupo de Fenômenos Ultrarrápidos e Comunicações Ópticas (GFURCO): Realiza estudos avançados sobre fibras ópticas, dispositivos e fenômenos em altíssimas velocidades de transmissão.

 

2. Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)

Foco principal: Sistemas de Potência e Alta Tensão

A UNIFEI é uma referência histórica e de grande prestígio em sistemas elétricos de potência no Brasil. Seu Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) é um dos mais importantes do país, com forte atuação em estudos que envolvem cabos de potência, isolamento elétrico e transmissão de energia.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
    • Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE): Congrega diversos laboratórios e grupos de pesquisa em áreas como proteção de sistemas, qualidade de energia e automação, todas intrinsecamente ligadas ao desempenho e à aplicação de cabos elétricos.

 

3. Universidade de São Paulo (USP)

Foco principal: Sistemas de Potência, Eletrônica de Potência e Telecomunicações

A USP, com seus múltiplos campi, possui uma pesquisa extremamente forte e diversificada. Tanto a Escola Politécnica (Poli-USP) em São Paulo quanto a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) contam com laboratórios de excelência e grupos de pesquisa que atuam em temas correlatos a cabos.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
    • Laboratório de Pesquisa em Proteção e Automação de Sistemas Elétricos (Poli-USP): Desenvolve pesquisas em proteção de sistemas elétricos, onde a modelagem e o comportamento de cabos em faltas são essenciais.
    • Laboratório de Telecomunicações (EESC-USP): Com grupos dedicados a micro-ondas e óptica, desenvolve pesquisas relevantes para a área de cabos de comunicação.

 

4. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Foco principal: Eletrônica de Potência e Sistemas de Energia

A UFSC é um polo de excelência reconhecido mundialmente em eletrônica de potência. As pesquisas desenvolvidas são cruciais para a aplicação de cabos em sistemas de conversão de energia, acionamento de motores e conexão de fontes renováveis.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Instituto de Eletrônica de Potência (INEP): Um dos grupos de pesquisa mais produtivos do mundo na área. Desenvolve tecnologia de ponta para conversores e inversores de energia, que se conectam através de cabos a diversas cargas e fontes.

 

5. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Foco principal: Telecomunicações e Eletromagnetismo Aplicado

A UFMG possui um programa de pós-graduação consolidado em Engenharia Elétrica, com grupos de pesquisa relevantes para a área de comunicação e eletromagnetismo, que dão a base teórica e aplicada para o desenvolvimento de tecnologias de cabos e guias de onda.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Departamento de Engenharia Eletrônica (DELT): Possui laboratórios de pesquisa em telecomunicações e redes, onde se estuda desde a comunicação por fibra óptica até sistemas de comunicação sem fio, que muitas vezes dependem de uma infraestrutura cabeada robusta.

 


 

Institutos de Pesquisa

Cenário Nacional

 

1. CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) – Brasil

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)

Com sede aqui em Campinas, o CPQD é o maior instituto de pesquisa em TIC da América Latina e uma peça-chave na história das telecomunicações brasileiras. Ele desenvolve desde a tecnologia de componentes ópticos até plataformas completas de software e hardware para redes 5G/6G, IoT e segurança cibernética. Para um engenheiro de comunicação, é uma referência obrigatória.

  • Áreas e Plataformas Relevantes:
    • Comunicações Ópticas: Pesquisa de ponta em dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de transmissão de altíssima capacidade.
    • Conectividade sem Fio: Desenvolvimento e testes de sistemas para 5G, 6G e Open RAN.
    • Validação e Ensaios: Laboratórios acreditados para ensaios e certificação de equipamentos, incluindo cabos e componentes, para conformidade com normas da ANATEL.

 

2. CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) – Brasil

Foco principal: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

O CEPEL é o braço de pesquisa do Grupo Eletrobras e o maior instituto de pesquisa em energia elétrica do hemisfério sul. Sua atuação é vital para a segurança e a evolução do Sistema Interligado Nacional (SIN). As pesquisas do CEPEL em equipamentos, materiais e sistemas de alta tensão têm impacto direto nas especificações e na operação de cabos de potência.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
    • Tecnologias de Transmissão: Pesquisas aplicadas em linhas de transmissão, subestações e equipamentos de alta tensão, incluindo o comportamento de cabos em condições extremas.

 

3. INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – Brasil

Foco principal: Metrologia Científica e Industrial, Avaliação da Conformidade

Embora seja primeiramente uma entidade reguladora e de metrologia, o INMETRO possui laboratórios de altíssimo nível que realizam pesquisa para estabelecer os padrões de medição do país. Sua Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia é fundamental para garantir que os ensaios em cabos e outros produtos sejam precisos e confiáveis em todo o Brasil.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.

 

Cenário Internacional

 

1. Fraunhofer-Gesellschaft – Alemanha

Foco principal: Pesquisa Aplicada em Múltiplas Áreas da Engenharia

A Sociedade Fraunhofer é a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, com 76 institutos espalhados pela Alemanha. Cada instituto tem um foco específico, e vários são referências mundiais nas áreas de comunicação e energia.

  • Institutos de Destaque:
    • Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
    • Fraunhofer Institute for Energy Economics and Energy System Technology (IEE): Focado na transição energética, desenvolve tecnologia para integração de renováveis, redes inteligentes e estabilidade de sistemas de potência.

 

2. NIST (National Institute of Standards and Technology) – EUA

Foco principal: Ciência da Medição, Padrões e Tecnologia

Equivalente norte-americano do INMETRO, mas com uma atuação ainda mais abrangente em pesquisa fundamental e aplicada. O NIST é crucial para o desenvolvimento tecnológico dos EUA, criando os padrões e as tecnologias de medição que permitem a inovação em toda a indústria.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Communications Technology Laboratory (CTL): Desenvolve pesquisa fundamental em metrologia para redes 5G/6G, resiliência de redes e comunicação quântica.
    • Material Measurement Laboratory (MML): Conduz pesquisa sobre as propriedades de materiais, incluindo polímeros usados em isolamento de cabos e materiais para eletrônica avançada.

 

3. NICT (National Institute of Information and Communications Technology) – Japão

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação

O NICT é o principal instituto de pesquisa pública do Japão na área de TIC. É conhecido por suas contribuições recordistas em transmissão por fibra óptica, tendo demonstrado as maiores taxas de transmissão do mundo em diversas ocasiões, além de forte pesquisa em redes quânticas e segurança.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Photonic Network System Laboratory: Pesquisa sistemas de transmissão óptica de ultra-alta capacidade, ultrapassando os limites do que é possível em um único cabo de fibra óptica.

4. CEA-Leti (Laboratoire d’électronique des technologies de l’information) – França

Foco principal: Microeletrônica, Nanotecnologia e Fotônica em Silício

Leti é um instituto do Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) da França e um líder global em miniaturização de tecnologias. Eles são pioneiros em “fotônica em silício”, que busca integrar componentes ópticos diretamente em chips de silício, uma revolução para as comunicações de curta e média distância.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Optics and Photonics Division: Desenvolve desde sensores de imagem até sistemas de comunicação óptica e LiDAR integrados em chips, impactando o futuro dos cabos de comunicação em data centers e computação de alta performance.

Essas instituições representam a vanguarda da pesquisa acadêmica no setor, formando profissionais altamente qualificados e desenvolvendo tecnologia que impulsiona toda a indústria de cabos.

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