CABO RS485: Tudo o que Você Precisa Saber

COMO É? PARA QUE SERVE UM CABO RS485?

COMO É UM CABO RS485?

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A Excelência em Conectividade: O Guia Definitivo do Cabo RS485

 

O cabo RS485 representa um pilar na comunicação de dados em ambientes industriais e de automação, sendo a escolha predileta de engenheiros e técnicos que buscam robustez e confiabilidade. Sua arquitetura de par trançado e transmissão diferencial o torna imune a ruídos eletromagnéticos, garantindo a integridade dos dados em longas distâncias. Consequentemente, compreender suas nuances técnicas é fundamental para a implementação de sistemas de controle e monitoramento eficientes e seguros, desde o chão de fábrica até edifícios inteligentes.

 

Fundamentos Técnicos do Cabo RS485

 

A base do desempenho superior do cabo RS485 reside na norma TIA/EIA-485-A, que especifica as características elétricas da camada física. Esta norma define um sistema de transmissão de dados balanceado, onde o sinal é enviado por dois fios (A e B) com polaridades inversas. Por conseguinte, qualquer ruído de modo comum induzido no cabo afeta ambos os fios igualmente, sendo cancelado pelo receptor diferencial. Essa característica intrínseca permite que o sinal original seja recuperado com alta fidelidade, mesmo em ambientes eletricamente hostis, tornando o cabo RS485 uma solução resiliente.

 

A Norma TIA/EIA-485-A e o Cabo RS485

 

A especificação TIA/EIA-485-A é o documento norteador para fabricantes e instaladores de redes que utilizam o cabo RS485. Ela detalha parâmetros cruciais como os níveis de tensão dos drivers e receptores, a capacidade de múltiplos dispositivos em um mesmo barramento (multiponto) e a impedância característica. Além disso, a norma estabelece as diretrizes para garantir a interoperabilidade entre equipamentos de diferentes fabricantes. Portanto, a adesão a esta norma é vital para o projeto de redes de comunicação de dados confiáveis e de alto desempenho.

 

Estrutura e Composição do Cabo RS485

 

Tipicamente, um cabo RS485 é composto por um ou mais pares de condutores de cobre trançados. O ato de trançar os fios é uma técnica deliberada que minimiza a diafonia (crosstalk) entre pares adjacentes e aumenta a imunidade a interferências eletromagnéticas externas (EMI). Frequentemente, esses pares são envoltos por uma blindagem, que pode ser uma fita de alumínio ou uma malha de cobre. Essa blindagem, quando corretamente aterrada, atua como uma barreira, protegendo ainda mais os dados que trafegam pelo cabo RS485 contra corrupção por ruído elétrico.

 

A Importância da Impedância no Cabo RS485

 

A impedância característica é uma das especificações mais críticas de um cabo RS485, sendo padronizada em 120 Ohms (). Essa uniformidade é essencial para evitar a reflexão de sinal, um fenômeno que ocorre quando o sinal encontra uma mudança de impedância ao longo do meio de transmissão. Tais reflexões podem distorcer o sinal original, causando erros de comunicação. Por isso, é imperativo utilizar um cabo RS485 com a impedância correta e garantir que os resistores de terminação também correspondam a este valor.

 

Aplicações Industriais do Cabo RS485

 

No coração da automação industrial, o cabo RS485 é extensivamente empregado para a comunicação entre controladores lógicos programáveis (CLPs), interfaces homem-máquina (IHMs), inversores de frequência e sensores. Protocolos de comunicação consagrados como Modbus RTU e Profibus DP utilizam a camada física RS-485 para transmitir dados de controle e monitoramento. Dessa forma, o cabo RS485 torna-se a espinha dorsal de sistemas de manufatura, controle de processos e supervisão, garantindo uma operação contínua e eficiente.

 

Utilizando o Cabo RS485 em Automação Predial

 

Sistemas de automação predial, que englobam controle de iluminação, climatização (HVAC) e segurança, também se beneficiam imensamente da robustez do cabo RS485. Ele permite a interconexão de uma vasta gama de dispositivos, como sensores de presença, termostatos e controladoras de acesso, distribuídos por grandes edifícios. Em virtude de sua capacidade de comunicação a longa distância e topologia multiponto, o cabo RS485 simplifica a infraestrutura de cabeamento e reduz os custos de instalação, ao mesmo tempo que oferece um controle centralizado e eficaz.

 

Topologia de Rede para o Cabo RS485

 

A topologia de rede recomendada para uma instalação com cabo RS485 é a de barramento ou “daisy chain” (encadeamento). Nessa configuração, os dispositivos são conectados sequencialmente ao longo de um único cabo. É fundamental evitar topologias em estrela ou derivações longas (stubs), pois elas criam múltiplos caminhos para o sinal e introduzem reflexões que degradam a comunicação. Assim, seguir a topologia de barramento é uma prática essencial para manter a integridade do sinal e a estabilidade da rede que utiliza o cabo RS485.

 

A Necessidade de Terminação no Cabo RS485

 

Para mitigar as reflexões de sinal, é crucial instalar resistores de terminação nas duas extremidades físicas do barramento do cabo RS485. Esses resistores devem ter um valor igual à impedância característica do cabo, ou seja, 120 . A terminação absorve a energia do sinal no final do cabo, impedindo que ela seja refletida de volta ao barramento. Consequentemente, a ausência de terminação ou o uso de valores incorretos é uma das causas mais comuns de falhas intermitentes em redes RS-485.

 

Distância e Taxa de Transmissão do Cabo RS485

 

Existe uma relação inversa entre o comprimento do cabo RS485 e a taxa de transmissão de dados que ele pode suportar. Em geral, a norma permite comprimentos de até 1200 metros a taxas de dados de até 100 kbps. Contudo, para taxas mais altas, como 10 Mbps, a distância máxima é significativamente reduzida para cerca de 15 metros. Esta relação é uma diretriz importante; portanto, os engenheiros de projeto devem sempre consultar as especificações dos transceptores e do cabo RS485 para determinar os limites práticos para cada aplicação específica.

 

Cabo RS485 Blindado versus Não Blindado

 

A escolha entre um cabo RS485 blindado e um não blindado depende diretamente do ambiente de instalação. Em locais com alto nível de ruído eletromagnético, como plantas industriais com grandes motores e inversores de frequência, o uso de um cabo blindado é indispensável. A blindagem oferece uma camada extra de proteção contra EMI. Por outro lado, em ambientes com baixo ruído, um cabo não blindado pode ser uma opção mais econômica e flexível, sem comprometer o desempenho da comunicação.

 

A Função da Blindagem no Cabo RS485

 

A blindagem em um cabo RS485 atua como uma gaiola de Faraday, interceptando ruídos elétricos externos e os desviando para o terra antes que possam induzir tensões nos condutores de dados. Para que seja eficaz, a malha ou fita de blindagem deve ser aterrada em um único ponto da rede, geralmente na fonte ou no mestre do barramento. Um aterramento inadequado ou em múltiplos pontos pode criar laços de terra (ground loops), que, paradoxalmente, podem introduzir mais ruído no sistema, afetando a performance do cabo RS485.

 

O Cabo RS485 no Protocolo Modbus

 

O Modbus é um dos protocolos de comunicação mais difundidos na automação, e sua variante mais comum, o Modbus RTU, opera sobre a camada física RS-485. A combinação do protocolo Modbus com a robustez do cabo RS485 cria uma solução de comunicação serial extremamente confiável e de baixo custo para uma infinidade de dispositivos industriais. Por conseguinte, engenheiros e técnicos frequentemente se deparam com a tarefa de instalar e manter redes Modbus RTU, tornando o conhecimento sobre o cabo RS485 essencial para o sucesso de seus projetos.

 

O Papel do Cabo RS485 no Protocolo Profibus DP

 

Similarmente ao Modbus, o Profibus DP (Periferia Descentralizada), um padrão de rede de campo de alta velocidade, também utiliza o cabo RS485 como seu meio de transmissão padrão. O Profibus DP exige um cabo específico que atenda a rigorosas especificações de impedância, capacitância e atenuação para alcançar as altas taxas de dados que o protocolo suporta. Desse modo, a qualidade e a correta instalação do cabo RS485 são fatores críticos para o desempenho e a estabilidade de uma rede Profibus DP.

 

Instalação Correta do Cabo RS485

 

Uma instalação bem-sucedida de uma rede com cabo RS485 vai além da escolha do cabo correto. É crucial seguir boas práticas, como evitar passar o cabo de dados paralelamente e próximo a cabos de alta potência. Além disso, deve-se respeitar os raios mínimos de curvatura para não danificar a estrutura interna do cabo. A atenção a esses detalhes durante a instalação garante que o cabo RS485 opere dentro de seus parâmetros ótimos, prevenindo problemas de comunicação futuros e assegurando a longevidade da rede.

 

Diferenças Essenciais: Cabo RS485 e RS232

 

Embora ambos sejam padrões de comunicação serial, o cabo RS485 e o RS232 possuem diferenças fundamentais. O RS232 é um padrão ponto a ponto (conecta apenas dois dispositivos) e não balanceado, o que o torna suscetível a ruído e limita sua distância a cerca de 15 metros. Em contrapartida, o cabo RS485 utiliza um sistema diferencial balanceado, permitindo a conexão de múltiplos dispositivos (até 32 em um segmento padrão) em distâncias muito maiores. Essa superioridade faz do cabo RS485 a escolha ideal para redes industriais.

 

Identificação dos Condutores no Cabo RS485

 

Para garantir a correta polaridade na conexão do cabo RS485, é vital identificar corretamente os condutores A e B. Embora não haja uma padronização universal de cores, muitos fabricantes seguem convenções comuns. No entanto, a referência definitiva sempre será a documentação do fabricante do cabo e dos equipamentos a serem conectados. Inverter os fios A e B resultará em falha total de comunicação; portanto, a verificação cuidadosa da polaridade em cada ponto de conexão é um passo que não pode ser negligenciado.

 

Diagnóstico de Falhas em Redes com Cabo RS485

 

Quando ocorrem problemas em uma rede RS-485, o diagnóstico geralmente começa com a verificação da camada física. Problemas comuns incluem terminação inadequada ou ausente, polaridade invertida, topologia incorreta (presença de stubs) e falhas no próprio cabo RS485, como curtos-circuitos ou rompimentos. Ferramentas como um multímetro para verificar a continuidade e a terminação, e um osciloscópio para analisar a forma de onda do sinal, são indispensáveis para um diagnóstico preciso e eficiente dos problemas relacionados ao cabo RS485.

 

O Futuro e a Relevância Contínua do Cabo RS485

 

Apesar do surgimento de tecnologias de rede baseadas em Ethernet Industrial, o cabo RS485 continua a ser extremamente relevante. Sua simplicidade, baixo custo, robustez e facilidade de implementação garantem sua posição em inúmeras aplicações onde as altas velocidades da Ethernet não são necessárias. Além disso, a vasta base instalada de equipamentos com interface RS-485 assegura que a demanda por conhecimento e por produtos de qualidade, como o cabo RS485, permanecerá forte no futuro previsível da automação.

 

Escolhendo o Melhor Cabo RS485 para seu Projeto

 

Selecionar o cabo RS485 adequado exige uma análise cuidadosa dos requisitos da aplicação. Fatores como a distância da comunicação, a taxa de dados, o ambiente de instalação (nível de ruído EMI) e os protocolos utilizados devem ser considerados. Optar por um cabo de um fornecedor confiável, que atenda às especificações da norma TIA/EIA-485-A e possua construção de alta qualidade, é um investimento que se traduz em uma rede de comunicação estável e confiável. Afinal, a performance de todo o sistema de automação depende da integridade de cada um de seus componentes, e o cabo RS485 é, sem dúvida, um dos mais críticos.

CENTROS DE PESQUISA E DO CONHECIMENTO

Com o objetivo de se destacar e liderar através da pesquisa de ponta, a Innovcable acompanha de perto os avanços e as inovações desenvolvidas por importantes centros de excelência e pesquisa no setor elétrico, com especial atenção à área de cabos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

A seguir, apresentamos alguns dos principais polos de conhecimento que são referência para o nosso trabalho:

 Bases de Conhecimento da Innovcable

Bases de Dados e Mecanismos de Busca Acadêmica

 

Periódicos e Revistas Científicas de Destaque

  • IEEE Transactions on Power Systems: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Power Delivery: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Communications: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • Revista Telecomunicações (Inatel): INATEL
  • Revista Controle & Automação (SBA): SBA
  • Directory of Open Access Journals (DOAJ): DOAJ

 

Repositórios Institucionais e Grupos de Pesquisa

  • Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD): BDTD
  • GEPOC – Grupo de Eletrônica de Potência e Controle (UFSM): GEPOC

 

Entidades de Normas Técnicas

Estas organizações são responsáveis por desenvolver e publicar as normas que garantem a segurança, qualidade e interoperabilidade de cabos elétricos e de comunicação.

  • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): É o Foro Nacional de Normalização no Brasil. As normas ABNT, como a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão), são fundamentais para qualquer projeto no país.
  • IEC (International Electrotechnical Commission): A Comissão Eletrotécnica Internacional é a organização líder mundial na elaboração e publicação de normas internacionais para todas as tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. Muitas normas ABNT são baseadas nas normas IEC.
  • ISO (International Organization for Standardization): Embora seja uma organização de padronização para uma vasta gama de indústrias, a ISO também publica normas relevantes para o setor de cabos, especialmente relacionadas a sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001).
  • UL (Underwriters Laboratories): Uma organização global de ciência da segurança, muito conhecida por suas certificações de produtos. As normas UL são uma referência importante de segurança, especialmente para produtos destinados ao mercado norte-americano.
  • TIA (Telecommunications Industry Association): Principal associação para a indústria de tecnologias da informação e comunicação (TIC). Desenvolve normas para cabeamento estruturado, como as da série ANSI/TIA-568, que são referência mundial para redes de comunicação.

 

Associações, Sindicatos e Entidades Reguladoras

Estas organizações representam os interesses da indústria, promovem a qualidade e regulamentam o setor.

  • ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações): É o órgão regulador do setor de telecomunicações no Brasil. A Anatel é responsável pela homologação e certificação de produtos de telecomunicações, incluindo cabos de rede e fibra óptica.
  • Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais não Ferrosos do Estado de São Paulo): Representa as indústrias do setor, atuando na defesa de seus interesses e na promoção de ações de combate ao mercado ilegal de cabos.
  • Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos): Entidade que monitora a qualidade dos fios e cabos elétricos comercializados no Brasil, mantendo uma lista de fabricantes aprovados e não conformes.
  • Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica): Representa nacionalmente os setores elétrico e eletrônico, atuando em diversas frentes, incluindo questões de normalização e regulamentação.
  • BICSI: Uma associação profissional global que apoia a comunidade da tecnologia da informação e comunicação (TIC). Oferece educação, certificações e publicações de padrões para projeto e instalação de sistemas de cabeamento.
  • International Cablemakers Federation (ICF): Fórum global que reúne os CEOs das principais empresas produtoras de fios e cabos do mundo para discutir tendências e desafios do setor.

 

Gigantes da Pesquisa: As Universidades de Ponta no Brasil na Área de Cabos Elétricos e de Comunicação

O Brasil possui um ecossistema robusto de universidades públicas que são verdadeiras referências em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de engenharia elétrica e de comunicação. Diversas delas abrigam laboratórios de ponta e grupos de pesquisa com reconhecimento internacional que atuam diretamente com os temas de cabos de potência, fibras ópticas, materiais dielétricos e sistemas de comunicação.

A seguir, destacamos algumas das principais universidades de primeira linha e seus respectivos centros de excelência no assunto:


1. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Foco principal: Comunicações Ópticas e Fotônica

Considerada um dos maiores polos de inovação em telecomunicações da América Latina, a Unicamp, especialmente através da sua Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), é líder absoluta em pesquisa de fibras ópticas e sistemas de comunicação. A proximidade e colaboração histórica com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) solidifica sua posição.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Comunicações Ópticas e em Micro-ondas (LAPCOM): Focado em pesquisa de amplificadores ópticos, fibras dopadas e propagação de ondas eletromagnéticas.
    • Laboratório Integrado de Fotônica (LIF): Reúne diversos laboratórios e pesquisadores para o desenvolvimento de dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de comunicação.
    • Grupo de Fenômenos Ultrarrápidos e Comunicações Ópticas (GFURCO): Realiza estudos avançados sobre fibras ópticas, dispositivos e fenômenos em altíssimas velocidades de transmissão.

 

2. Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)

Foco principal: Sistemas de Potência e Alta Tensão

A UNIFEI é uma referência histórica e de grande prestígio em sistemas elétricos de potência no Brasil. Seu Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) é um dos mais importantes do país, com forte atuação em estudos que envolvem cabos de potência, isolamento elétrico e transmissão de energia.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
    • Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE): Congrega diversos laboratórios e grupos de pesquisa em áreas como proteção de sistemas, qualidade de energia e automação, todas intrinsecamente ligadas ao desempenho e à aplicação de cabos elétricos.

 

3. Universidade de São Paulo (USP)

Foco principal: Sistemas de Potência, Eletrônica de Potência e Telecomunicações

A USP, com seus múltiplos campi, possui uma pesquisa extremamente forte e diversificada. Tanto a Escola Politécnica (Poli-USP) em São Paulo quanto a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) contam com laboratórios de excelência e grupos de pesquisa que atuam em temas correlatos a cabos.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
    • Laboratório de Pesquisa em Proteção e Automação de Sistemas Elétricos (Poli-USP): Desenvolve pesquisas em proteção de sistemas elétricos, onde a modelagem e o comportamento de cabos em faltas são essenciais.
    • Laboratório de Telecomunicações (EESC-USP): Com grupos dedicados a micro-ondas e óptica, desenvolve pesquisas relevantes para a área de cabos de comunicação.

 

4. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Foco principal: Eletrônica de Potência e Sistemas de Energia

A UFSC é um polo de excelência reconhecido mundialmente em eletrônica de potência. As pesquisas desenvolvidas são cruciais para a aplicação de cabos em sistemas de conversão de energia, acionamento de motores e conexão de fontes renováveis.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Instituto de Eletrônica de Potência (INEP): Um dos grupos de pesquisa mais produtivos do mundo na área. Desenvolve tecnologia de ponta para conversores e inversores de energia, que se conectam através de cabos a diversas cargas e fontes.

 

5. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Foco principal: Telecomunicações e Eletromagnetismo Aplicado

A UFMG possui um programa de pós-graduação consolidado em Engenharia Elétrica, com grupos de pesquisa relevantes para a área de comunicação e eletromagnetismo, que dão a base teórica e aplicada para o desenvolvimento de tecnologias de cabos e guias de onda.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Departamento de Engenharia Eletrônica (DELT): Possui laboratórios de pesquisa em telecomunicações e redes, onde se estuda desde a comunicação por fibra óptica até sistemas de comunicação sem fio, que muitas vezes dependem de uma infraestrutura cabeada robusta.

 


 

Institutos de Pesquisa

Cenário Nacional

 

1. CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) – Brasil

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)

Com sede aqui em Campinas, o CPQD é o maior instituto de pesquisa em TIC da América Latina e uma peça-chave na história das telecomunicações brasileiras. Ele desenvolve desde a tecnologia de componentes ópticos até plataformas completas de software e hardware para redes 5G/6G, IoT e segurança cibernética. Para um engenheiro de comunicação, é uma referência obrigatória.

  • Áreas e Plataformas Relevantes:
    • Comunicações Ópticas: Pesquisa de ponta em dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de transmissão de altíssima capacidade.
    • Conectividade sem Fio: Desenvolvimento e testes de sistemas para 5G, 6G e Open RAN.
    • Validação e Ensaios: Laboratórios acreditados para ensaios e certificação de equipamentos, incluindo cabos e componentes, para conformidade com normas da ANATEL.

 

2. CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) – Brasil

Foco principal: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

O CEPEL é o braço de pesquisa do Grupo Eletrobras e o maior instituto de pesquisa em energia elétrica do hemisfério sul. Sua atuação é vital para a segurança e a evolução do Sistema Interligado Nacional (SIN). As pesquisas do CEPEL em equipamentos, materiais e sistemas de alta tensão têm impacto direto nas especificações e na operação de cabos de potência.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
    • Tecnologias de Transmissão: Pesquisas aplicadas em linhas de transmissão, subestações e equipamentos de alta tensão, incluindo o comportamento de cabos em condições extremas.

 

3. INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – Brasil

Foco principal: Metrologia Científica e Industrial, Avaliação da Conformidade

Embora seja primeiramente uma entidade reguladora e de metrologia, o INMETRO possui laboratórios de altíssimo nível que realizam pesquisa para estabelecer os padrões de medição do país. Sua Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia é fundamental para garantir que os ensaios em cabos e outros produtos sejam precisos e confiáveis em todo o Brasil.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.

 

Cenário Internacional

 

1. Fraunhofer-Gesellschaft – Alemanha

Foco principal: Pesquisa Aplicada em Múltiplas Áreas da Engenharia

A Sociedade Fraunhofer é a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, com 76 institutos espalhados pela Alemanha. Cada instituto tem um foco específico, e vários são referências mundiais nas áreas de comunicação e energia.

  • Institutos de Destaque:
    • Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
    • Fraunhofer Institute for Energy Economics and Energy System Technology (IEE): Focado na transição energética, desenvolve tecnologia para integração de renováveis, redes inteligentes e estabilidade de sistemas de potência.

 

2. NIST (National Institute of Standards and Technology) – EUA

Foco principal: Ciência da Medição, Padrões e Tecnologia

Equivalente norte-americano do INMETRO, mas com uma atuação ainda mais abrangente em pesquisa fundamental e aplicada. O NIST é crucial para o desenvolvimento tecnológico dos EUA, criando os padrões e as tecnologias de medição que permitem a inovação em toda a indústria.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Communications Technology Laboratory (CTL): Desenvolve pesquisa fundamental em metrologia para redes 5G/6G, resiliência de redes e comunicação quântica.
    • Material Measurement Laboratory (MML): Conduz pesquisa sobre as propriedades de materiais, incluindo polímeros usados em isolamento de cabos e materiais para eletrônica avançada.

 

3. NICT (National Institute of Information and Communications Technology) – Japão

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação

O NICT é o principal instituto de pesquisa pública do Japão na área de TIC. É conhecido por suas contribuições recordistas em transmissão por fibra óptica, tendo demonstrado as maiores taxas de transmissão do mundo em diversas ocasiões, além de forte pesquisa em redes quânticas e segurança.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Photonic Network System Laboratory: Pesquisa sistemas de transmissão óptica de ultra-alta capacidade, ultrapassando os limites do que é possível em um único cabo de fibra óptica.

4. CEA-Leti (Laboratoire d’électronique des technologies de l’information) – França

Foco principal: Microeletrônica, Nanotecnologia e Fotônica em Silício

Leti é um instituto do Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) da França e um líder global em miniaturização de tecnologias. Eles são pioneiros em “fotônica em silício”, que busca integrar componentes ópticos diretamente em chips de silício, uma revolução para as comunicações de curta e média distância.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Optics and Photonics Division: Desenvolve desde sensores de imagem até sistemas de comunicação óptica e LiDAR integrados em chips, impactando o futuro dos cabos de comunicação em data centers e computação de alta performance.

Essas instituições representam a vanguarda da pesquisa acadêmica no setor, formando profissionais altamente qualificados e desenvolvendo tecnologia que impulsiona toda a indústria de cabos.

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