Cabo para Guindastes: Explicação completa do conceito

COMO É? PARA QUE SERVE UM CABO PARA GUINDASTES?

COMO É UM CABO PARA GUINDASTES?

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O Guia Definitivo sobre Cabo para Guindastes: Normas, Aplicações e Tecnologia

 

No universo da engenharia e da construção civil, a segurança e a eficiência na movimentação de cargas pesadas são primordiais. Os guindastes, protagonistas dessas operações, dependem de um componente fundamental para seu funcionamento: o cabo para guindastes. A seleção correta deste item, seja ele de aço para içamento ou elétrico para alimentação e controle, é uma ciência que impacta diretamente a integridade do equipamento, a segurança dos operadores e a produtividade do projeto. Este artigo técnico explora as nuances, normas e tecnologias que envolvem os cabos para guindastes, servindo como um guia para engenheiros, instaladores e estudantes.

 

A importância normativa do cabo para guindastes de aço

 

A confiabilidade de um cabo para guindastes de aço começa com a estrita adesão às normas técnicas. A ABNT NBR ISO 2408, por exemplo, estabelece os requisitos para cabos de aço de uso geral, enquanto a ABNT NBR ISO 4309 é o guia essencial para os cuidados, manutenção, inspeção e critérios de descarte. Consequentemente, seguir estas diretrizes não é apenas uma recomendação, mas uma obrigação para garantir a segurança operacional. A conformidade assegura que o cabo possui as características de resistência, diâmetro e construção adequadas para a aplicação designada, mitigando riscos de falhas catastróficas.

 

A construção do cabo para guindastes resistente à rotação

 

Em muitas aplicações de guindastes, especialmente aquelas com elevação em uma única linha de cabo e a grandes alturas, a estabilidade da carga é crucial. Para isso, utiliza-se o cabo para guindastes com construção resistente à rotação ou não rotativo. Estes cabos, como os das classes 19×7 e 35×7, são projetados com pernas internas e externas torcidas em direções opostas. Como resultado, o torque gerado durante o içamento é neutralizado, impedindo que a carga gire perigosamente, o que garante um posicionamento preciso e seguro dos materiais.

 

Entendendo a alma do cabo para guindastes

 

A estrutura interna, ou “alma”, de um cabo para guindastes de aço desempenha um papel vital em seu desempenho. Existem principalmente dois tipos: Alma de Fibra (AF) e Alma de Aço (AA). A alma de fibra, que pode ser natural ou sintética, proporciona maior flexibilidade e serve como um reservatório de lubrificante. Por outro lado, a alma de aço oferece maior resistência à tração e ao esmagamento, sendo preferível em aplicações com enrolamento em múltiplas camadas no tambor do guincho, pois suporta melhor a pressão das camadas superiores.

 

Seleção de acabamento para o cabo para guindastes

 

O ambiente operacional determina o tipo de acabamento que um cabo para guindastes deve ter. Cabos com acabamento polido são adequados para ambientes internos e secos, onde a lubrificação constante é controlada. Todavia, para operações externas ou em ambientes corrosivos, como áreas portuárias e indústrias químicas, os cabos galvanizados são essenciais. A camada de zinco oferece uma proteção sacrificial contra a oxidação. Em casos extremos de corrosão, os cabos de aço inoxidável são a escolha ideal, embora representem um investimento maior.

 

Critérios de inspeção para o cabo para guindastes

 

A manutenção preditiva é a chave para a longevidade e segurança de um cabo para guindastes. As inspeções diárias visuais, realizadas pelo próprio operador, buscam por danos óbvios como dobras, amassamentos ou fios rompidos. Além disso, inspeções periódicas detalhadas, conduzidas por pessoal qualificado conforme a NBR ISO 4309, são mandatórias. Nestas inspeções, mede-se o diâmetro do cabo para verificar desgastes e avalia-se o número de arames rompidos em um passo, garantindo que o cabo esteja dentro dos limites seguros de operação.

 

O descarte correto do cabo para guindastes

 

Saber quando substituir um cabo para guindastes é tão importante quanto escolher o modelo correto. A norma NBR ISO 4309 estabelece critérios claros para o descarte, que incluem a redução do diâmetro nominal, o número de arames externos partidos visíveis, corrosão acentuada, danos por calor ou deformações como “gaiola de passarinho”, nós e amassamentos. Portanto, a remoção de serviço de um cabo comprometido é um procedimento de segurança crítico que evita acidentes e paralisações inesperadas.

 

O cabo para guindastes na alimentação de potência

 

Movendo o foco para os sistemas elétricos, o cabo para guindastes de potência é a linha de vida energética do equipamento. Estes cabos são projetados para suportar as severas condições de uso contínuo, incluindo flexão constante, torção e abrasão. Geralmente, possuem condutores de cobre extraflexíveis (Classe 5 ou 6, conforme NBR NM 280) para resistir à fadiga mecânica. A escolha da bitola correta é fundamental para evitar quedas de tensão que poderiam comprometer o desempenho dos motores de elevação, translação e giro.

 

A função do cabo para guindastes nos sistemas de controle

 

Além da força bruta, os guindastes exigem controle preciso. O cabo para guindastes de comando ou controle é responsável por transmitir os sinais da botoeira pendente ou do rádio controle para o painel de automação do equipamento. Estes cabos são multiveiculares, com condutores de menor bitola, e devem possuir blindagem para proteger os sinais de controle contra interferências eletromagnéticas (EMI) geradas pelos cabos de potência e motores, garantindo assim uma operação livre de falhas e comandos imprecisos.

 

Normas aplicáveis ao cabo para guindastes elétrico

 

Para os cabos elétricos, diversas normas asseguram sua qualidade e segurança. A NBR NM 247-3 rege os cabos isolados em PVC para tensões até 750V, enquanto normas internacionais como a série IEC 60228 e as alemãs DIN VDE, como a VDE 0250, são frequentemente referenciadas para cabos de aplicações especiais e móveis. Um cabo para guindastes elétrico de qualidade deve ser retardante de chama (NBR IEC 60332-1) e possuir isolação e cobertura adequadas ao ambiente operacional.

 

O revestimento ideal para o cabo para guindastes elétrico

 

O material de revestimento externo (cobertura) de um cabo para guindastes elétrico é crucial para sua durabilidade. O PVC é uma opção econômica para aplicações internas e menos exigentes. Contudo, para ambientes agressivos, com presença de óleos, graxas e alta abrasão, ou para aplicações em enroladores de cabo, os revestimentos em Poliuretano (PUR) são superiores. O PUR oferece excelente resistência mecânica e química. Em aplicações de altíssima responsabilidade, compostos de borracha como o Neoprene (PCP) também são utilizados.

 

O específico cabo para guindastes de botoeira pendente

 

O comando manual de pontes rolantes e guindastes é feito por meio de botoeiras pendentes, que exigem um cabo para guindastes específico. Este cabo, além dos condutores elétricos de comando, possui uma característica fundamental: um ou dois fiadores de aço incorporados em sua construção. Estes elementos de sustentação, e não os condutores de cobre, são responsáveis por suportar o peso da botoeira e o esforço de tração do operador, prevenindo o alongamento e a ruptura dos condutores elétricos.

 

A tecnologia do cabo para guindastes em sistemas Festoon

 

Sistemas de eletrificação do tipo “Festoon” (ou cortina) são comuns em pontes rolantes e pórticos. Eles utilizam um cabo para guindastes de formato chato (flat cable) ou redondo, que é suspenso por carrinhos que se movem ao longo de um trilho. Este arranjo permite que o cabo se dobre de forma controlada, sem sofrer torção. Os cabos para Festoon são projetados para um número extremamente alto de ciclos de flexão e devem ter uma cobertura resistente para suportar o atrito entre os laços de cabo.

 

A aplicação do cabo para guindastes em enroladores motorizados

 

Para guindastes com longos percursos, como os de pátio (RTG/RMG) e portuários (STS), os enroladores de cabo motorizados (cable reels) são a solução ideal. O cabo para guindastes utilizado nestes sistemas é especialmente projetado para suportar altíssimas tensões de tração e torção durante o enrolamento e desenrolamento, muitas vezes em alta velocidade. Sua construção interna é robusta, com elementos centrais de reforço e condutores trançados de forma a minimizar o estresse interno.

 

A modernidade do cabo para guindastes com fibra óptica

 

A automação crescente em portos e centros de logística exige uma transmissão de dados rápida e confiável. Por isso, o cabo para guindastes híbrido, que combina condutores de potência com elementos de fibra óptica, está se tornando um padrão. A fibra óptica é imune a interferências eletromagnéticas, permitindo a transmissão de grandes volumes de dados de controle e vídeo em tempo real, sem erros. A construção destes cabos protege as delicadas fibras contra as severas tensões mecânicas da operação do guindaste.

 

O uso do cabo para guindastes em ambientes agressivos

 

Operações em siderúrgicas, galvanoplastias ou áreas com alta salinidade exigem um cabo para guindastes com proteção superior. Para cabos de aço, a galvanização pesada ou o uso de aço inoxidável são mandatórios. Para os cabos elétricos, coberturas em PUR ou borracha especial são necessárias para resistir ao ataque químico. Adicionalmente, a construção interna deve ser selada para impedir a entrada de umidade e agentes corrosivos, garantindo a integridade elétrica e mecânica a longo prazo.

 

Flexibilidade como diferencial no cabo para guindastes

 

A flexibilidade é uma característica primordial para qualquer cabo para guindastes em aplicação móvel. Nos cabos de aço, a flexibilidade é ditada pela sua construção (número de arames por perna). Nos cabos elétricos, ela é determinada pela utilização de condutores de cobre com múltiplos fios finos (encordoamento classe 5 ou 6). Um cabo mais flexível acomoda-se melhor em polias e tambores, distribui melhor os esforços de flexão e, consequentemente, apresenta uma vida útil superior em serviço.

 

A relação entre diâmetro de polias e o cabo para guindastes

 

Existe uma relação direta e crítica entre o diâmetro das polias e do tambor e a vida útil de um cabo para guindastes de aço. Polias muito pequenas forçam o cabo a uma curvatura acentuada, gerando fadiga prematura nos arames. As normas de projeto de equipamentos de elevação, como a ISO 4301-1, especificam diâmetros mínimos para polias e tambores, geralmente expressos como um múltiplo do diâmetro do cabo (por exemplo, 20:1). Respeitar essa proporção é vital para maximizar a durabilidade do cabo.

 

Lubrificação: a manutenção essencial do cabo para guindastes

 

A lubrificação adequada é um procedimento de manutenção que não pode ser negligenciado para o cabo para guindastes de aço. O lubrificante aplicado em campo penetra até a alma do cabo, reduzindo o atrito interno entre os arames e as pernas durante a flexão. Além disso, ele cria uma barreira protetora contra a umidade e a corrosão. O uso de lubrificantes específicos, que não atraem poeira e que possuem alta capacidade de penetração, é recomendado para estender significativamente a vida em serviço do cabo.

 

O futuro e a inovação no cabo para guindastes

 

A indústria de movimentação de cargas continua a evoluir, e com ela, a tecnologia do cabo para guindastes. A pesquisa foca em materiais mais leves e resistentes, como as fibras sintéticas de alto desempenho (HMPE), que oferecem resistência comparável ao aço com uma fração do peso. Nos cabos elétricos, o desenvolvimento de compostos mais duráveis e “inteligentes”, com sensores integrados para monitoramento de condição em tempo real, promete revolucionar a manutenção e a segurança das operações com guindastes no futuro.

CENTROS DE PESQUISA E DO CONHECIMENTO

Com o objetivo de se destacar e liderar através da pesquisa de ponta, a Innovcable acompanha de perto os avanços e as inovações desenvolvidas por importantes centros de excelência e pesquisa no setor elétrico, com especial atenção à área de cabos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

A seguir, apresentamos alguns dos principais polos de conhecimento que são referência para o nosso trabalho:

 Bases de Conhecimento da Innovcable

Bases de Dados e Mecanismos de Busca Acadêmica

 

Periódicos e Revistas Científicas de Destaque

  • IEEE Transactions on Power Systems: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Power Delivery: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Communications: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • Revista Telecomunicações (Inatel): INATEL
  • Revista Controle & Automação (SBA): SBA
  • Directory of Open Access Journals (DOAJ): DOAJ

 

Repositórios Institucionais e Grupos de Pesquisa

  • Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD): BDTD
  • GEPOC – Grupo de Eletrônica de Potência e Controle (UFSM): GEPOC

 

Entidades de Normas Técnicas

Estas organizações são responsáveis por desenvolver e publicar as normas que garantem a segurança, qualidade e interoperabilidade de cabos elétricos e de comunicação.

  • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): É o Foro Nacional de Normalização no Brasil. As normas ABNT, como a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão), são fundamentais para qualquer projeto no país.
  • IEC (International Electrotechnical Commission): A Comissão Eletrotécnica Internacional é a organização líder mundial na elaboração e publicação de normas internacionais para todas as tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. Muitas normas ABNT são baseadas nas normas IEC.
  • ISO (International Organization for Standardization): Embora seja uma organização de padronização para uma vasta gama de indústrias, a ISO também publica normas relevantes para o setor de cabos, especialmente relacionadas a sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001).
  • UL (Underwriters Laboratories): Uma organização global de ciência da segurança, muito conhecida por suas certificações de produtos. As normas UL são uma referência importante de segurança, especialmente para produtos destinados ao mercado norte-americano.
  • TIA (Telecommunications Industry Association): Principal associação para a indústria de tecnologias da informação e comunicação (TIC). Desenvolve normas para cabeamento estruturado, como as da série ANSI/TIA-568, que são referência mundial para redes de comunicação.

 

Associações, Sindicatos e Entidades Reguladoras

Estas organizações representam os interesses da indústria, promovem a qualidade e regulamentam o setor.

  • ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações): É o órgão regulador do setor de telecomunicações no Brasil. A Anatel é responsável pela homologação e certificação de produtos de telecomunicações, incluindo cabos de rede e fibra óptica.
  • Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais não Ferrosos do Estado de São Paulo): Representa as indústrias do setor, atuando na defesa de seus interesses e na promoção de ações de combate ao mercado ilegal de cabos.
  • Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos): Entidade que monitora a qualidade dos fios e cabos elétricos comercializados no Brasil, mantendo uma lista de fabricantes aprovados e não conformes.
  • Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica): Representa nacionalmente os setores elétrico e eletrônico, atuando em diversas frentes, incluindo questões de normalização e regulamentação.
  • BICSI: Uma associação profissional global que apoia a comunidade da tecnologia da informação e comunicação (TIC). Oferece educação, certificações e publicações de padrões para projeto e instalação de sistemas de cabeamento.
  • International Cablemakers Federation (ICF): Fórum global que reúne os CEOs das principais empresas produtoras de fios e cabos do mundo para discutir tendências e desafios do setor.

 

Gigantes da Pesquisa: As Universidades de Ponta no Brasil na Área de Cabos Elétricos e de Comunicação

O Brasil possui um ecossistema robusto de universidades públicas que são verdadeiras referências em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de engenharia elétrica e de comunicação. Diversas delas abrigam laboratórios de ponta e grupos de pesquisa com reconhecimento internacional que atuam diretamente com os temas de cabos de potência, fibras ópticas, materiais dielétricos e sistemas de comunicação.

A seguir, destacamos algumas das principais universidades de primeira linha e seus respectivos centros de excelência no assunto:


1. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Foco principal: Comunicações Ópticas e Fotônica

Considerada um dos maiores polos de inovação em telecomunicações da América Latina, a Unicamp, especialmente através da sua Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), é líder absoluta em pesquisa de fibras ópticas e sistemas de comunicação. A proximidade e colaboração histórica com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) solidifica sua posição.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Comunicações Ópticas e em Micro-ondas (LAPCOM): Focado em pesquisa de amplificadores ópticos, fibras dopadas e propagação de ondas eletromagnéticas.
    • Laboratório Integrado de Fotônica (LIF): Reúne diversos laboratórios e pesquisadores para o desenvolvimento de dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de comunicação.
    • Grupo de Fenômenos Ultrarrápidos e Comunicações Ópticas (GFURCO): Realiza estudos avançados sobre fibras ópticas, dispositivos e fenômenos em altíssimas velocidades de transmissão.

 

2. Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)

Foco principal: Sistemas de Potência e Alta Tensão

A UNIFEI é uma referência histórica e de grande prestígio em sistemas elétricos de potência no Brasil. Seu Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) é um dos mais importantes do país, com forte atuação em estudos que envolvem cabos de potência, isolamento elétrico e transmissão de energia.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
    • Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE): Congrega diversos laboratórios e grupos de pesquisa em áreas como proteção de sistemas, qualidade de energia e automação, todas intrinsecamente ligadas ao desempenho e à aplicação de cabos elétricos.

 

3. Universidade de São Paulo (USP)

Foco principal: Sistemas de Potência, Eletrônica de Potência e Telecomunicações

A USP, com seus múltiplos campi, possui uma pesquisa extremamente forte e diversificada. Tanto a Escola Politécnica (Poli-USP) em São Paulo quanto a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) contam com laboratórios de excelência e grupos de pesquisa que atuam em temas correlatos a cabos.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
    • Laboratório de Pesquisa em Proteção e Automação de Sistemas Elétricos (Poli-USP): Desenvolve pesquisas em proteção de sistemas elétricos, onde a modelagem e o comportamento de cabos em faltas são essenciais.
    • Laboratório de Telecomunicações (EESC-USP): Com grupos dedicados a micro-ondas e óptica, desenvolve pesquisas relevantes para a área de cabos de comunicação.

 

4. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Foco principal: Eletrônica de Potência e Sistemas de Energia

A UFSC é um polo de excelência reconhecido mundialmente em eletrônica de potência. As pesquisas desenvolvidas são cruciais para a aplicação de cabos em sistemas de conversão de energia, acionamento de motores e conexão de fontes renováveis.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Instituto de Eletrônica de Potência (INEP): Um dos grupos de pesquisa mais produtivos do mundo na área. Desenvolve tecnologia de ponta para conversores e inversores de energia, que se conectam através de cabos a diversas cargas e fontes.

 

5. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Foco principal: Telecomunicações e Eletromagnetismo Aplicado

A UFMG possui um programa de pós-graduação consolidado em Engenharia Elétrica, com grupos de pesquisa relevantes para a área de comunicação e eletromagnetismo, que dão a base teórica e aplicada para o desenvolvimento de tecnologias de cabos e guias de onda.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Departamento de Engenharia Eletrônica (DELT): Possui laboratórios de pesquisa em telecomunicações e redes, onde se estuda desde a comunicação por fibra óptica até sistemas de comunicação sem fio, que muitas vezes dependem de uma infraestrutura cabeada robusta.

 


 

Institutos de Pesquisa

Cenário Nacional

 

1. CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) – Brasil

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)

Com sede aqui em Campinas, o CPQD é o maior instituto de pesquisa em TIC da América Latina e uma peça-chave na história das telecomunicações brasileiras. Ele desenvolve desde a tecnologia de componentes ópticos até plataformas completas de software e hardware para redes 5G/6G, IoT e segurança cibernética. Para um engenheiro de comunicação, é uma referência obrigatória.

  • Áreas e Plataformas Relevantes:
    • Comunicações Ópticas: Pesquisa de ponta em dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de transmissão de altíssima capacidade.
    • Conectividade sem Fio: Desenvolvimento e testes de sistemas para 5G, 6G e Open RAN.
    • Validação e Ensaios: Laboratórios acreditados para ensaios e certificação de equipamentos, incluindo cabos e componentes, para conformidade com normas da ANATEL.

 

2. CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) – Brasil

Foco principal: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

O CEPEL é o braço de pesquisa do Grupo Eletrobras e o maior instituto de pesquisa em energia elétrica do hemisfério sul. Sua atuação é vital para a segurança e a evolução do Sistema Interligado Nacional (SIN). As pesquisas do CEPEL em equipamentos, materiais e sistemas de alta tensão têm impacto direto nas especificações e na operação de cabos de potência.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
    • Tecnologias de Transmissão: Pesquisas aplicadas em linhas de transmissão, subestações e equipamentos de alta tensão, incluindo o comportamento de cabos em condições extremas.

 

3. INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – Brasil

Foco principal: Metrologia Científica e Industrial, Avaliação da Conformidade

Embora seja primeiramente uma entidade reguladora e de metrologia, o INMETRO possui laboratórios de altíssimo nível que realizam pesquisa para estabelecer os padrões de medição do país. Sua Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia é fundamental para garantir que os ensaios em cabos e outros produtos sejam precisos e confiáveis em todo o Brasil.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.

 

Cenário Internacional

 

1. Fraunhofer-Gesellschaft – Alemanha

Foco principal: Pesquisa Aplicada em Múltiplas Áreas da Engenharia

A Sociedade Fraunhofer é a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, com 76 institutos espalhados pela Alemanha. Cada instituto tem um foco específico, e vários são referências mundiais nas áreas de comunicação e energia.

  • Institutos de Destaque:
    • Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
    • Fraunhofer Institute for Energy Economics and Energy System Technology (IEE): Focado na transição energética, desenvolve tecnologia para integração de renováveis, redes inteligentes e estabilidade de sistemas de potência.

 

2. NIST (National Institute of Standards and Technology) – EUA

Foco principal: Ciência da Medição, Padrões e Tecnologia

Equivalente norte-americano do INMETRO, mas com uma atuação ainda mais abrangente em pesquisa fundamental e aplicada. O NIST é crucial para o desenvolvimento tecnológico dos EUA, criando os padrões e as tecnologias de medição que permitem a inovação em toda a indústria.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Communications Technology Laboratory (CTL): Desenvolve pesquisa fundamental em metrologia para redes 5G/6G, resiliência de redes e comunicação quântica.
    • Material Measurement Laboratory (MML): Conduz pesquisa sobre as propriedades de materiais, incluindo polímeros usados em isolamento de cabos e materiais para eletrônica avançada.

 

3. NICT (National Institute of Information and Communications Technology) – Japão

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação

O NICT é o principal instituto de pesquisa pública do Japão na área de TIC. É conhecido por suas contribuições recordistas em transmissão por fibra óptica, tendo demonstrado as maiores taxas de transmissão do mundo em diversas ocasiões, além de forte pesquisa em redes quânticas e segurança.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Photonic Network System Laboratory: Pesquisa sistemas de transmissão óptica de ultra-alta capacidade, ultrapassando os limites do que é possível em um único cabo de fibra óptica.

4. CEA-Leti (Laboratoire d’électronique des technologies de l’information) – França

Foco principal: Microeletrônica, Nanotecnologia e Fotônica em Silício

Leti é um instituto do Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) da França e um líder global em miniaturização de tecnologias. Eles são pioneiros em “fotônica em silício”, que busca integrar componentes ópticos diretamente em chips de silício, uma revolução para as comunicações de curta e média distância.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Optics and Photonics Division: Desenvolve desde sensores de imagem até sistemas de comunicação óptica e LiDAR integrados em chips, impactando o futuro dos cabos de comunicação em data centers e computação de alta performance.

Essas instituições representam a vanguarda da pesquisa acadêmica no setor, formando profissionais altamente qualificados e desenvolvendo tecnologia que impulsiona toda a indústria de cabos.

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