Cabo Para Automação: O Que Você Precisa Saber

COMO É? PARA QUE SERVE UM CABO PARA AUTOMAÇÃO?

COMO É UM CABO PARA AUTOMAÇÃO?

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A Excelência do Cabo para Automação: Um Guia Técnico Completo

 

O universo da automação industrial e predial depende intrinsecamente da qualidade e da correta especificação de seus componentes. Dentre eles, o cabo para automação assume um papel de espinha dorsal, sendo o responsável pela transmissão confiável de dados e energia que comanda processos e garante a segurança e eficiência de plantas industriais, edifícios inteligentes e sistemas residenciais. A escolha criteriosa deste componente é, portanto, um fator decisivo para o sucesso de qualquer projeto de automação, impactando diretamente na sua performance, durabilidade e conformidade com as mais rigorosas normas técnicas. Este artigo técnico visa aprofundar o conhecimento de engenheiros, instaladores e estudantes sobre as nuances que envolvem o cabo para automação.

 

A Importância Crítica do Cabo para Automação em Sistemas Modernos

 

Em um cenário de Indústria 4.0 e edifícios inteligentes, a comunicação entre sensores, atuadores, Controladores Lógicos Programáveis (CLPs) e Interfaces Homem-Máquina (IHMs) deve ser isenta de falhas. Por conseguinte, o cabo para automação é mais do que um simples condutor; ele é um elemento ativo na garantia da integridade dos sinais. Uma especificação incorreta pode, por exemplo, resultar em perdas de dados, paradas de produção e até mesmo riscos à segurança. Portanto, compreender suas características construtivas e elétricas é fundamental para a engenharia de qualquer sistema automatizado.

 

Normas Essenciais para o Cabo para Automação

 

A conformidade normativa é um pilar para a segurança e interoperabilidade. Para o cabo para automação, normas como a ABNT NBR 10300, que trata de cabos de instrumentação, são cruciais, pois estabelecem os requisitos de construção e desempenho. Adicionalmente, a ABNT NBR 5410, que rege as instalações elétricas de baixa tensão, deve ser rigorosamente seguida para garantir a segurança da instalação como um todo. A escolha de um cabo certificado assegura, assim, que o produto foi testado e aprovado para a aplicação a que se destina.

 

A Estrutura Construtiva de um Cabo para Automação de Alta Performance

 

A constituição de um cabo para automação é projetada para ambientes agressivos. Seus condutores são geralmente de cobre eletrolítico, com encordoamento de classes 4, 5 ou 6, o que lhes confere alta flexibilidade, facilitando a instalação em eletrocalhas e painéis. Além disso, a isolação das vias, comumente em PVC para 70°C ou 105°C, ou em polietileno (PE), é vital para suportar as condições de temperatura do ambiente industrial e proteger contra curtos-circuitos, garantindo uma operação contínua e segura para os equipamentos conectados.

 

A Função da Blindagem no Cabo para Automação

 

A proteção contra interferências eletromagnéticas (EMI) e de radiofrequência (RFI) é talvez uma das características mais importantes. Por isso, um cabo para automação de qualidade possui blindagem, que pode ser em fita de poliéster aluminizada ou em malha de cobre. A fita oferece excelente proteção contra altas frequências, enquanto a malha proporciona maior resistência mecânica e eficiência em baixas frequências. Frequentemente, uma combinação de ambas as blindagens é utilizada para garantir a máxima integridade do sinal em ambientes com alto ruído elétrico.

 

Entendendo a Blindagem Individual e Total do Cabo para Automação

 

Em cabos multipares, a proteção pode ser aplicada de duas formas. A blindagem individual envolve a aplicação de uma camada de blindagem em cada par de condutores, o que consequentemente minimiza a diafonia (crosstalk) entre os pares. Já a blindagem total, ou coletiva, envolve todos os condutores do cabo em uma única proteção. A escolha do tipo de cabo para automação com a blindagem adequada depende diretamente do nível de ruído eletromagnético esperado no local da instalação e da sensibilidade dos sinais transmitidos.

 

O Papel do Condutor Dreno no Cabo para Automação

 

Juntamente com a blindagem, o condutor dreno, um fio de cobre estanhado em contato contínuo com a face metálica da blindagem, desempenha um papel vital. Sua função é facilitar uma conexão de aterramento eficiente e de baixa impedância, drenando os ruídos captados pela blindagem para a terra. Desse modo, um bom aterramento do cabo para automação é indispensável para que o sistema de proteção contra interferências funcione conforme o projetado, garantindo um sinal limpo e estável.

 

Aplicações Industriais do Cabo para Automação

 

Na indústria, o cabo para automação é onipresente, sendo utilizado em redes de comunicação industrial como Profibus DP/PA, DeviceNet e Modbus. Ele conecta sensores de pressão, temperatura e vazão a sistemas de controle, aciona motores através de inversores de frequência e permite a operação de robôs industriais com precisão. Em virtude de sua robustez, este cabo é essencial em setores como o automobilístico, de alimentos e bebidas, químico e petroquímico, onde a confiabilidade é um requisito não negociável.

 

O Uso do Cabo para Automação em Protocolo Profibus

 

Para redes baseadas no protocolo Profibus, é necessário um cabo para automação específico, que atenda a requisitos rigorosos de impedância (tipicamente 150 ohms) e características de transmissão. Geralmente com um par de vias trançado e blindado, ele garante a comunicação em alta velocidade entre mestres e escravos da rede. A cor violeta da cobertura externa é uma padronização comum para os cabos Profibus DP, facilitando sua identificação no campo.

 

Especificidades do Cabo para Automação em Redes Profinet

 

As redes Profinet, baseadas em Ethernet industrial, exigem um cabo para automação com características de Categoria 5e ou superior, geralmente com quatro pares de condutores trançados. Devido à sua maior largura de banda, ele suporta um volume de dados muito maior. A construção robusta, com proteção extra contra óleos e abrasão, e a blindagem eficaz são fundamentais para garantir a performance em tempo real que aplicações de controle de movimento e alta demanda exigem. A cor verde é frequentemente associada a este tipo de cabo.

 

O Versátil Cabo para Automação Padrão RS-485

 

O protocolo de comunicação serial RS-485 é amplamente utilizado em automação devido à sua robustez e capacidade de comunicação a longas distâncias em ambientes com ruído. O cabo para automação para RS-485 é tipicamente um par trançado e blindado, com uma impedância característica de 120 ohms. Esta configuração é crucial para manter a integridade do sinal diferencial, minimizando os efeitos de ruídos externos e garantindo uma comunicação confiável entre múltiplos dispositivos na mesma rede.

 

O Avanço do Cabo para Automação Predial

 

Em edifícios comerciais e residenciais de alto padrão, a automação de sistemas de iluminação, climatização (HVAC), segurança e persianas depende de um cabo para automação confiável. Protocolos como o KNX possuem cabos específicos, geralmente com dois pares trançados, que permitem a comunicação entre todos os dispositivos do sistema. A instalação correta desses cabos é, portanto, a base para a criação de ambientes verdadeiramente inteligentes, eficientes e confortáveis.

 

A Escolha do Cabo para Automação Residencial

 

A automação residencial, ou domótica, também se beneficia do uso de um cabo para automação dedicado. Embora em alguns casos cabos de rede (UTP) possam ser utilizados, sistemas mais complexos e robustos, especialmente aqueles que integram áudio, vídeo e controle, exigem cabos com blindagem e vias de alimentação adequadas. Isso garante que a crescente quantidade de dispositivos inteligentes em uma casa funcione de maneira integrada e sem interferências, proporcionando uma experiência superior ao usuário.

 

Diferenciando o Cabo para Automação do Cabo de Controle

 

Embora os termos sejam por vezes usados de forma intercambiável, há uma distinção técnica. O cabo de controle é geralmente focado na transmissão de sinais de comando (liga/desliga, por exemplo) e possui múltiplas vias de menor bitola. Por outro lado, o cabo para automação é frequentemente projetado para a transmissão de dados seriais ou de redes industriais, com características de impedância controlada e blindagem superior para proteger sinais analógicos ou digitais de alta frequência.

 

Flexibilidade e sua Importância na Instalação do Cabo para Automação

 

A classe de encordoamento do condutor define a flexibilidade do cabo. Um cabo para automação com alta flexibilidade (Classe 5 ou 6) é significativamente mais fácil de manusear e instalar em espaços confinados, como painéis elétricos e esteiras porta-cabos de máquinas móveis. Esta característica não apenas economiza tempo de instalação, mas também reduz o risco de danos ao cabo devido a raios de curvatura muito apertados, garantindo a longevidade da conexão elétrica.

 

Resistência a Agentes Químicos e Mecânicos do Cabo para Automação

 

O ambiente industrial expõe os cabos a diversos desafios. A cobertura externa do cabo para automação, frequentemente feita de compostos como PVC ou Poliuretano (PU), deve ser resistente a óleos, graxas e outros produtos químicos. Adicionalmente, em aplicações de robótica ou em máquinas com movimento constante, a resistência à abrasão, torção e flexões repetitivas é um critério de seleção primordial para evitar falhas prematuras e garantir a continuidade da produção.

 

Instalação Correta: Segregando o Cabo para Automação

 

Uma das melhores práticas na instalação é a segregação. O cabo para automação, especialmente aquele que transmite sinais de baixo nível, nunca deve ser instalado na mesma eletrocalha que cabos de potência (motores, por exemplo). A separação física evita a indução de ruídos elétricos que podem corromper os dados. Normas de instalação fornecem diretrizes claras sobre as distâncias mínimas que devem ser respeitadas, sendo uma regra de ouro para o sucesso do projeto.

 

Aterramento: Maximizando a Eficiência do Cabo para Automação

 

Como mencionado, o sistema de blindagem só é eficaz se for corretamente aterrado. O condutor dreno do cabo para automação deve ser conectado ao ponto de aterramento do painel ou do sistema em apenas uma das extremidades do cabo. Esta prática evita a criação de loops de terra, que, ao contrário do desejado, podem acabar introduzindo ruídos no sistema. Um aterramento adequado é, portanto, um passo crítico durante a fase de comissionamento.

 

Manutenção Preditiva e o Cabo para Automação

 

A verificação periódica da integridade do cabo para automação faz parte de uma boa estratégia de manutenção. Inspeções visuais em busca de danos na cobertura externa, medições de resistência de isolação e testes de continuidade podem identificar problemas potenciais antes que eles causem uma falha catastrófica. Em sistemas críticos, o monitoramento contínuo da comunicação da rede pode, igualmente, indicar uma degradação na performance do cabo, permitindo uma substituição planejada.

 

O Futuro e a Inovação no Cabo para Automação

 

A evolução não para. As demandas por maiores velocidades de transmissão e miniaturização impulsionam o desenvolvimento de novos tipos de cabo para automação. Materiais de isolação mais avançados, designs de cabos híbridos (combinando fibra óptica e condutores de cobre) e soluções para Ethernet de Par Único (Single Pair Ethernet – SPE) estão na vanguarda. Essas inovações prometem simplificar as instalações, reduzir custos e habilitar um novo patamar de conectividade para a automação industrial e predial.

CENTROS DE PESQUISA E DO CONHECIMENTO

Com o objetivo de se destacar e liderar através da pesquisa de ponta, a Innovcable acompanha de perto os avanços e as inovações desenvolvidas por importantes centros de excelência e pesquisa no setor elétrico, com especial atenção à área de cabos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

A seguir, apresentamos alguns dos principais polos de conhecimento que são referência para o nosso trabalho:

 Bases de Conhecimento da Innovcable

Bases de Dados e Mecanismos de Busca Acadêmica

 

Periódicos e Revistas Científicas de Destaque

  • IEEE Transactions on Power Systems: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Power Delivery: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Communications: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • Revista Telecomunicações (Inatel): INATEL
  • Revista Controle & Automação (SBA): SBA
  • Directory of Open Access Journals (DOAJ): DOAJ

 

Repositórios Institucionais e Grupos de Pesquisa

  • Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD): BDTD
  • GEPOC – Grupo de Eletrônica de Potência e Controle (UFSM): GEPOC

 

Entidades de Normas Técnicas

Estas organizações são responsáveis por desenvolver e publicar as normas que garantem a segurança, qualidade e interoperabilidade de cabos elétricos e de comunicação.

  • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): É o Foro Nacional de Normalização no Brasil. As normas ABNT, como a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão), são fundamentais para qualquer projeto no país.
  • IEC (International Electrotechnical Commission): A Comissão Eletrotécnica Internacional é a organização líder mundial na elaboração e publicação de normas internacionais para todas as tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. Muitas normas ABNT são baseadas nas normas IEC.
  • ISO (International Organization for Standardization): Embora seja uma organização de padronização para uma vasta gama de indústrias, a ISO também publica normas relevantes para o setor de cabos, especialmente relacionadas a sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001).
  • UL (Underwriters Laboratories): Uma organização global de ciência da segurança, muito conhecida por suas certificações de produtos. As normas UL são uma referência importante de segurança, especialmente para produtos destinados ao mercado norte-americano.
  • TIA (Telecommunications Industry Association): Principal associação para a indústria de tecnologias da informação e comunicação (TIC). Desenvolve normas para cabeamento estruturado, como as da série ANSI/TIA-568, que são referência mundial para redes de comunicação.

 

Associações, Sindicatos e Entidades Reguladoras

Estas organizações representam os interesses da indústria, promovem a qualidade e regulamentam o setor.

  • ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações): É o órgão regulador do setor de telecomunicações no Brasil. A Anatel é responsável pela homologação e certificação de produtos de telecomunicações, incluindo cabos de rede e fibra óptica.
  • Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais não Ferrosos do Estado de São Paulo): Representa as indústrias do setor, atuando na defesa de seus interesses e na promoção de ações de combate ao mercado ilegal de cabos.
  • Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos): Entidade que monitora a qualidade dos fios e cabos elétricos comercializados no Brasil, mantendo uma lista de fabricantes aprovados e não conformes.
  • Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica): Representa nacionalmente os setores elétrico e eletrônico, atuando em diversas frentes, incluindo questões de normalização e regulamentação.
  • BICSI: Uma associação profissional global que apoia a comunidade da tecnologia da informação e comunicação (TIC). Oferece educação, certificações e publicações de padrões para projeto e instalação de sistemas de cabeamento.
  • International Cablemakers Federation (ICF): Fórum global que reúne os CEOs das principais empresas produtoras de fios e cabos do mundo para discutir tendências e desafios do setor.

 

Gigantes da Pesquisa: As Universidades de Ponta no Brasil na Área de Cabos Elétricos e de Comunicação

O Brasil possui um ecossistema robusto de universidades públicas que são verdadeiras referências em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de engenharia elétrica e de comunicação. Diversas delas abrigam laboratórios de ponta e grupos de pesquisa com reconhecimento internacional que atuam diretamente com os temas de cabos de potência, fibras ópticas, materiais dielétricos e sistemas de comunicação.

A seguir, destacamos algumas das principais universidades de primeira linha e seus respectivos centros de excelência no assunto:


1. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Foco principal: Comunicações Ópticas e Fotônica

Considerada um dos maiores polos de inovação em telecomunicações da América Latina, a Unicamp, especialmente através da sua Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), é líder absoluta em pesquisa de fibras ópticas e sistemas de comunicação. A proximidade e colaboração histórica com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) solidifica sua posição.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Comunicações Ópticas e em Micro-ondas (LAPCOM): Focado em pesquisa de amplificadores ópticos, fibras dopadas e propagação de ondas eletromagnéticas.
    • Laboratório Integrado de Fotônica (LIF): Reúne diversos laboratórios e pesquisadores para o desenvolvimento de dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de comunicação.
    • Grupo de Fenômenos Ultrarrápidos e Comunicações Ópticas (GFURCO): Realiza estudos avançados sobre fibras ópticas, dispositivos e fenômenos em altíssimas velocidades de transmissão.

 

2. Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)

Foco principal: Sistemas de Potência e Alta Tensão

A UNIFEI é uma referência histórica e de grande prestígio em sistemas elétricos de potência no Brasil. Seu Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) é um dos mais importantes do país, com forte atuação em estudos que envolvem cabos de potência, isolamento elétrico e transmissão de energia.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
    • Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE): Congrega diversos laboratórios e grupos de pesquisa em áreas como proteção de sistemas, qualidade de energia e automação, todas intrinsecamente ligadas ao desempenho e à aplicação de cabos elétricos.

 

3. Universidade de São Paulo (USP)

Foco principal: Sistemas de Potência, Eletrônica de Potência e Telecomunicações

A USP, com seus múltiplos campi, possui uma pesquisa extremamente forte e diversificada. Tanto a Escola Politécnica (Poli-USP) em São Paulo quanto a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) contam com laboratórios de excelência e grupos de pesquisa que atuam em temas correlatos a cabos.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
    • Laboratório de Pesquisa em Proteção e Automação de Sistemas Elétricos (Poli-USP): Desenvolve pesquisas em proteção de sistemas elétricos, onde a modelagem e o comportamento de cabos em faltas são essenciais.
    • Laboratório de Telecomunicações (EESC-USP): Com grupos dedicados a micro-ondas e óptica, desenvolve pesquisas relevantes para a área de cabos de comunicação.

 

4. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Foco principal: Eletrônica de Potência e Sistemas de Energia

A UFSC é um polo de excelência reconhecido mundialmente em eletrônica de potência. As pesquisas desenvolvidas são cruciais para a aplicação de cabos em sistemas de conversão de energia, acionamento de motores e conexão de fontes renováveis.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Instituto de Eletrônica de Potência (INEP): Um dos grupos de pesquisa mais produtivos do mundo na área. Desenvolve tecnologia de ponta para conversores e inversores de energia, que se conectam através de cabos a diversas cargas e fontes.

 

5. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Foco principal: Telecomunicações e Eletromagnetismo Aplicado

A UFMG possui um programa de pós-graduação consolidado em Engenharia Elétrica, com grupos de pesquisa relevantes para a área de comunicação e eletromagnetismo, que dão a base teórica e aplicada para o desenvolvimento de tecnologias de cabos e guias de onda.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Departamento de Engenharia Eletrônica (DELT): Possui laboratórios de pesquisa em telecomunicações e redes, onde se estuda desde a comunicação por fibra óptica até sistemas de comunicação sem fio, que muitas vezes dependem de uma infraestrutura cabeada robusta.

 


 

Institutos de Pesquisa

Cenário Nacional

 

1. CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) – Brasil

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)

Com sede aqui em Campinas, o CPQD é o maior instituto de pesquisa em TIC da América Latina e uma peça-chave na história das telecomunicações brasileiras. Ele desenvolve desde a tecnologia de componentes ópticos até plataformas completas de software e hardware para redes 5G/6G, IoT e segurança cibernética. Para um engenheiro de comunicação, é uma referência obrigatória.

  • Áreas e Plataformas Relevantes:
    • Comunicações Ópticas: Pesquisa de ponta em dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de transmissão de altíssima capacidade.
    • Conectividade sem Fio: Desenvolvimento e testes de sistemas para 5G, 6G e Open RAN.
    • Validação e Ensaios: Laboratórios acreditados para ensaios e certificação de equipamentos, incluindo cabos e componentes, para conformidade com normas da ANATEL.

 

2. CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) – Brasil

Foco principal: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

O CEPEL é o braço de pesquisa do Grupo Eletrobras e o maior instituto de pesquisa em energia elétrica do hemisfério sul. Sua atuação é vital para a segurança e a evolução do Sistema Interligado Nacional (SIN). As pesquisas do CEPEL em equipamentos, materiais e sistemas de alta tensão têm impacto direto nas especificações e na operação de cabos de potência.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
    • Tecnologias de Transmissão: Pesquisas aplicadas em linhas de transmissão, subestações e equipamentos de alta tensão, incluindo o comportamento de cabos em condições extremas.

 

3. INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – Brasil

Foco principal: Metrologia Científica e Industrial, Avaliação da Conformidade

Embora seja primeiramente uma entidade reguladora e de metrologia, o INMETRO possui laboratórios de altíssimo nível que realizam pesquisa para estabelecer os padrões de medição do país. Sua Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia é fundamental para garantir que os ensaios em cabos e outros produtos sejam precisos e confiáveis em todo o Brasil.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.

 

Cenário Internacional

 

1. Fraunhofer-Gesellschaft – Alemanha

Foco principal: Pesquisa Aplicada em Múltiplas Áreas da Engenharia

A Sociedade Fraunhofer é a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, com 76 institutos espalhados pela Alemanha. Cada instituto tem um foco específico, e vários são referências mundiais nas áreas de comunicação e energia.

  • Institutos de Destaque:
    • Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
    • Fraunhofer Institute for Energy Economics and Energy System Technology (IEE): Focado na transição energética, desenvolve tecnologia para integração de renováveis, redes inteligentes e estabilidade de sistemas de potência.

 

2. NIST (National Institute of Standards and Technology) – EUA

Foco principal: Ciência da Medição, Padrões e Tecnologia

Equivalente norte-americano do INMETRO, mas com uma atuação ainda mais abrangente em pesquisa fundamental e aplicada. O NIST é crucial para o desenvolvimento tecnológico dos EUA, criando os padrões e as tecnologias de medição que permitem a inovação em toda a indústria.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Communications Technology Laboratory (CTL): Desenvolve pesquisa fundamental em metrologia para redes 5G/6G, resiliência de redes e comunicação quântica.
    • Material Measurement Laboratory (MML): Conduz pesquisa sobre as propriedades de materiais, incluindo polímeros usados em isolamento de cabos e materiais para eletrônica avançada.

 

3. NICT (National Institute of Information and Communications Technology) – Japão

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação

O NICT é o principal instituto de pesquisa pública do Japão na área de TIC. É conhecido por suas contribuições recordistas em transmissão por fibra óptica, tendo demonstrado as maiores taxas de transmissão do mundo em diversas ocasiões, além de forte pesquisa em redes quânticas e segurança.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Photonic Network System Laboratory: Pesquisa sistemas de transmissão óptica de ultra-alta capacidade, ultrapassando os limites do que é possível em um único cabo de fibra óptica.

4. CEA-Leti (Laboratoire d’électronique des technologies de l’information) – França

Foco principal: Microeletrônica, Nanotecnologia e Fotônica em Silício

Leti é um instituto do Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) da França e um líder global em miniaturização de tecnologias. Eles são pioneiros em “fotônica em silício”, que busca integrar componentes ópticos diretamente em chips de silício, uma revolução para as comunicações de curta e média distância.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Optics and Photonics Division: Desenvolve desde sensores de imagem até sistemas de comunicação óptica e LiDAR integrados em chips, impactando o futuro dos cabos de comunicação em data centers e computação de alta performance.

Essas instituições representam a vanguarda da pesquisa acadêmica no setor, formando profissionais altamente qualificados e desenvolvendo tecnologia que impulsiona toda a indústria de cabos.

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