Cabos para Uso Móvel: O Que Você Precisa Saber
COMO É? PARA QUE SERVE UM CABOS PARA USO MÓVEL?
COMO É UM CABO CHATO CABOS PARA USO MÓVEL?
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Guia Técnico Completo sobre Cabos para Uso Móvel
Os cabos para uso móvel são componentes essenciais em uma vasta gama de aplicações industriais e comerciais, projetados especificamente para suportar as rigorosas demandas de movimentação constante, flexão e torção. Diferentemente dos cabos para instalações fixas, estes produtos possuem características construtivas únicas que garantem a integridade elétrica e mecânica em equipamentos dinâmicos. Este guia aprofundado, destinado a engenheiros, instaladores e estudantes, explora as normas, aplicações e especificações técnicas que regem o universo dos cabos para uso móvel, fornecendo informações cruciais para a seleção e utilização correta destes importantes componentes.
A Essencial Flexibilidade dos Cabos para Uso Móvel
A principal característica que define os cabos para uso móvel é, sem dúvida, sua elevada flexibilidade. Consequentemente, para alcançar essa propriedade, os condutores são fabricados com múltiplos fios de cobre nu ou estanhado de diâmetro reduzido, resultando em classes de encordoamento mais altas, como a classe 5 ou 6. Essa construção permite que o cabo suporte milhares de ciclos de dobra sem que ocorra a ruptura dos filamentos de cobre. Além disso, a escolha dos materiais isolantes e de cobertura também influencia diretamente na flexibilidade, sendo polímeros como a borracha e o poliuretano frequentemente empregados por suas excelentes propriedades elásticas.
Normas Técnicas para Cabos para Uso Móvel
A segurança e a performance dos cabos para uso móvel são asseguradas por um conjunto de normas técnicas rigorosas. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece os requisitos mínimos através de diversas publicações. Por exemplo, a norma ABNT NBR 9372 especifica os requisitos para cabos de controle flexíveis com isolação em borracha etileno-propileno (EPR) para tensões de até 750 V. Similarmente, a ABNT NBR 9655 aborda os cabos para equipamentos pesados, como os utilizados em mineração, garantindo assim que os produtos atendam a critérios de resistência e durabilidade.
A Construção dos Cabos para Uso Móvel
A estrutura de um cabo para uso móvel é pensada para maximizar a sua vida útil em condições severas. Geralmente, além do condutor flexível, estes cabos podem apresentar um separador têxtil que facilita o movimento relativo entre as veias e a cobertura. Adicionalmente, alguns modelos incorporam reforços têxteis ou tranças de nylon para aumentar a resistência à tração e ao rasgo. A cobertura externa, por sua vez, é a primeira linha de defesa contra agressões mecânicas e químicas, sendo crucial para a durabilidade geral do conjunto.
Isolação e Cobertura nos Cabos para Uso Móvel
A escolha do material de isolação e cobertura é determinante para o desempenho dos cabos para uso móvel. Compostos termofixos como a borracha de etileno-propileno (EPR) e o policloropreno (PCP) são amplamente utilizados devido à sua excelente flexibilidade e resistência a variações de temperatura, óleos e intempéries. Em contrapartida, para aplicações que exigem altíssima resistência à abrasão e ao corte, o poliuretano (TPU) surge como uma alternativa superior, embora com um custo mais elevado. Portanto, a seleção do composto ideal depende diretamente do ambiente de operação.
Aplicações Industriais dos Cabos para Uso Móvel
O campo de aplicação para os cabos para uso móvel é extremamente vasto e diversificado. Eles são indispensáveis na alimentação e controle de pontes rolantes, guindastes e pórticos em portos e estaleiros. Além disso, em ambientes de manufatura automatizada, são utilizados em esteiras porta-cabos que energizam e comunicam com robôs industriais e outras máquinas de movimentação. A sua robustez os torna ideais para garantir a continuidade operacional em processos críticos onde falhas não são uma opção.
Cabos para Uso Móvel na Mineração
A indústria de mineração apresenta um dos ambientes mais hostis para qualquer componente elétrico. Por isso, os cabos para uso móvel destinados a este setor são projetados para resistir a condições extremas de abrasão, impacto, umidade e presença de produtos químicos. Equipamentos de grande porte, como escavadeiras, perfuratrizes e recuperadoras de minério, dependem desses cabos para sua alimentação e controle, exigindo especificações que atendam a normas como a NBR 9655 para garantir a segurança e a eficiência da operação em minas a céu aberto ou subterrâneas.
Cabos para Uso Móvel em Equipamentos de Elevação
Sistemas de elevação de carga, como guindastes, talhas e elevadores de obra, dependem criticamente da confiabilidade dos cabos para uso móvel. Nesses equipamentos, os cabos são frequentemente enrolados em tambores ou operam em sistemas de festoon, submetendo-os a constantes esforços de tração e flexão. Desse modo, a construção desses cabos deve prever não apenas alta flexibilidade, mas também uma elevada resistência mecânica para suportar o próprio peso em longos vãos e o estresse dinâmico do movimento contínuo.
A importância dos Cabos para Uso Móvel em Robótica
A automação industrial moderna é amplamente baseada no uso de robôs, cujos braços articulados realizam movimentos complexos e repetitivos em alta velocidade. Para alimentar e transmitir dados a esses robôs, são necessários cabos para uso móvel projetados para suportar milhões de ciclos de torção e flexão em raios de curvatura apertados. Consequentemente, cabos para robótica possuem uma construção especial, muitas vezes com elementos de deslizamento internos e compostos de cobertura de alta performance para evitar o desgaste prematuro e falhas de comunicação.
Cabos Chatostos para Sistemas Festoon
Em aplicações como pontes rolantes e sistemas de transporte, os cabos para uso móvel do tipo chato oferecem uma solução otimizada. Sua geometria achatada permite que sejam empilhados de forma organizada em sistemas de festoon, economizando espaço e evitando o emaranhamento que pode ocorrer com cabos de seção circular. Essa configuração, aliás, também contribui para uma melhor dissipação de calor quando os cabos estão agrupados, sendo uma escolha inteligente para a alimentação de múltiplos motores e dispositivos.
Tensão Nominal e Temperatura de Operação dos Cabos para Uso Móvel
Ao especificar cabos para uso móvel, é fundamental considerar a tensão nominal e a faixa de temperatura de operação. As tensões nominais mais comuns variam de 750 V a 1 kV, mas existem projetos especiais para média tensão. A temperatura de operação, por sua vez, é ditada pelos compostos de isolação e cobertura. Materiais como o EPR permitem que o condutor opere em regime permanente a 90 °C, o que é crucial em aplicações com altas correntes ou em ambientes com temperatura elevada.
Resistência a Óleos e Produtos Químicos
Em muitos ambientes industriais, os cabos para uso móvel estão expostos a óleos, graxas, solventes e outros produtos químicos agressivos. Essa exposição pode degradar rapidamente materiais de isolação e cobertura inadequados, comprometendo a segurança e a vida útil do cabo. Por conseguinte, compostos como o policloropreno (PCP) e o poliuretano (TPU) são frequentemente selecionados para a cobertura externa devido à sua notável resistência química, garantindo a integridade do cabo mesmo em condições adversas.
Proteção Contra Abrasão e Rasgo
A movimentação constante inerente às aplicações de cabos para uso móvel gera um desgaste significativo por abrasão e aumenta o risco de danos por rasgo ou corte. A cobertura externa é o elemento chave para proteger os componentes internos contra esses danos mecânicos. Materiais de alta durabilidade e, em alguns casos, a inclusão de tranças de reforço, são essenciais para assegurar que o cabo possa suportar o arrasto sobre superfícies ásperas, o impacto de objetos e outros abusos mecânicos típicos do ambiente industrial.
O Papel do Raio Mínimo de Curvatura
Todo cabo para uso móvel possui uma especificação de raio mínimo de curvatura, que deve ser rigorosamente respeitada durante a instalação e a operação. Violar esse parâmetro, forçando o cabo a dobrar em um raio menor que o recomendado, pode causar danos permanentes aos condutores e à isolação, levando a falhas prematuras. Portanto, o projeto do sistema de movimentação, seja uma esteira porta-cabos ou um enrolador de tambor, deve sempre levar em conta essa especificação crítica do fabricante.
A Diferença Fundamental entre Cabos para Uso Fixo e Cabos para Uso Móvel
É crucial para engenheiros e instaladores entenderem a distinção entre cabos para instalações fixas e cabos para uso móvel. Enquanto os primeiros são projetados para serem instalados em eletrodutos, bandejas ou enterrados, sem previsão de movimento, os segundos são construídos para a dinâmica. Usar um cabo de uso fixo em uma aplicação móvel resultará, inevitavelmente, em falha rápida devido à fadiga do condutor e à degradação da isolação, que não foram projetados para flexão repetitiva.
Inspeção e Manutenção de Cabos para Uso Móvel
Para garantir a máxima segurança e disponibilidade dos equipamentos, um programa de inspeção e manutenção para os cabos para uso móvel é altamente recomendável. As inspeções visuais devem procurar por sinais de desgaste da cobertura, como cortes, trincas ou abrasão excessiva. Além disso, verificações periódicas da resistência de isolamento podem ajudar a identificar a degradação incipiente antes que ela evolua para uma falha catastrófica. A substituição preventiva baseada na vida útil esperada do cabo é uma prática prudente em aplicações críticas.
Cabos para Uso Móvel em Eventos e Palcos
O setor de entretenimento, incluindo shows, teatros e produções televisivas, também faz uso intensivo de cabos para uso móvel. Eles são utilizados para alimentar equipamentos de iluminação, sistemas de som e estruturas móveis de palco. Nesses ambientes, além da flexibilidade e da robustez, a segurança é primordial. Por isso, cabos com características de não propagação de chama e baixa emissão de fumaça e gases tóxicos são frequentemente exigidos para proteger o público e os profissionais em caso de incêndio.
A Influência do Encordoamento nos Cabos para Uso Móvel
A classe de encordoamento, conforme definido pela ABNT NBR NM 280, é um indicador direto da flexibilidade de um condutor. Os cabos para uso móvel utilizam condutores de classe 5 ou 6, que são compostos por um número muito maior de fios finos em comparação com os condutores de classe 1 (fio sólido) ou classe 2 (encordoado para uso fixo). Essa construção, como resultado, distribui o estresse da flexão por múltiplos filamentos, aumentando drasticamente a resistência à fadiga mecânica.
Inovações em Materiais para Cabos para Uso Móvel
A pesquisa e o desenvolvimento de novos polímeros continuam a impulsionar a performance dos cabos para uso móvel. Materiais inovadores buscam combinar extrema flexibilidade com maior resistência a temperaturas elevadas, melhor comportamento em chama e menor impacto ambiental. Compostos livres de halogênio, por exemplo, estão se tornando cada vez mais comuns em aplicações onde a segurança humana é uma prioridade, como em túneis e locais de grande afluência de público, demonstrando a evolução contínua deste setor.
A Seleção Correta dos Cabos para Uso Móvel
Em suma, a seleção correta de cabos para uso móvel é um processo técnico que exige a análise cuidadosa do ambiente de aplicação e dos requisitos de performance. Fatores como a distância do movimento, a velocidade, a aceleração, o raio de curvatura, a presença de agentes químicos e a temperatura ambiente devem ser ponderados. Consultar os catálogos técnicos dos fabricantes e, quando necessário, o suporte de engenharia especializado, é a forma mais segura de garantir uma especificação que entregue desempenho, durabilidade e segurança.
CENTROS DE PESQUISA E DO CONHECIMENTO
Com o objetivo de se destacar e liderar através da pesquisa de ponta, a Innovcable acompanha de perto os avanços e as inovações desenvolvidas por importantes centros de excelência e pesquisa no setor elétrico, com especial atenção à área de cabos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.
A seguir, apresentamos alguns dos principais polos de conhecimento que são referência para o nosso trabalho:
Bases de Conhecimento da Innovcable
- ACADEMIA DO CONHECIMENTO:APLICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE CABOS MOVEIS – PONTE ROLANTE, GUINDASTES, FESTOONS, ELEVADORES, ESTEIRAS DE GUINDASTES…
- GUIA DE CABOS MÓVEIS INNOVCABLE:QUAIS CABOS MÓVEIS UTILIZAR?
- PORQUE USAR CABOS MÓVEIS INNOVCABLE:CONSIDERAÇÕES DO PORQUE UTLIZAR CABOS MÓVEIS
- ORIENTAÇÕES DE ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE CABOS
- GLOSSÁRIO:TERMOS TÉCNICOS EM INGLÊS
- TABELAS DE CÓDIGO DE CORES:CONFORME DIM47100, BS4737, BS5308
- COEFICIENTES DE TEMPERATURA DO COBRE: Constantes para converter resistência em várias temperaturas para a temperatura de referência padrão de 20°c e recíprocos das constantes para converter resistência a 20°c a outras temperaturas.
- DADOS DIVERSOS DE METAIS
- TABELAS: CENELEC – VDE
- TABELAS DE DIMENSIONAMENTO: Cabos de energia – NBR 5410
- TABELAS DE CABOS E FIOS TERMOPAR DE COMPENSAÇÃO E EXTENSÃO
- CLASSE DO CONDUTOR: mm² X AWG
- INFORMAÇÕES TÉCNICAS DIVERSAS
- CÓDIGOS E NOMENCLATURAS CABOS NAVAIS CONFORME NEK606
- CAPAS SHF1 E SHF2 DE ACORDO COM A NEK-606
- RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS DE ISOLAMENTO E CAPA, COMPARATIVO DAS PROPRIEDADES
- RESISTÊNCIA DA ARMAÇÃO / ARMOUR RESISTANCE
- CLASSIFICAÇÕES DE CORRENTE E QUEDA DE TENSÃO VOL 1 – IEE
- CLASSIFICAÇÕES DE CORRENTE E QUEDA DE TENSÃO VOL 2 – IEE
- NORMAS DE DESEMPENHO NO FOGO: Fire Performance Cable Standards
- RAIO DE CURVATURA MÍNIMA PERMITIDA: DE ACORDO COM A DIN VDE 0298 parte 3
- STANDARDS
- CÁLCULOS DE QUEDA DE TENSÃO: Voltage Drop Calculations
Bases de Dados e Mecanismos de Busca Acadêmica
- IEEE Xplore Digital Library: IEEE
- ACM Digital Library: ACM
- ScienceDirect: SCIENCE DIRECT
- Scopus: SCOPUS
- Portal de Periódicos da CAPES: CAPES
- Google Scholar (Google Acadêmico): GOOGLE ACADÊMICO
Periódicos e Revistas Científicas de Destaque
- IEEE Transactions on Power Systems: (Disponível através do IEEE Xplore)
- IEEE Transactions on Power Delivery: (Disponível através do IEEE Xplore)
- IEEE Transactions on Communications: (Disponível através do IEEE Xplore)
- Revista Telecomunicações (Inatel): INATEL
- Revista Controle & Automação (SBA): SBA
- Directory of Open Access Journals (DOAJ): DOAJ
Repositórios Institucionais e Grupos de Pesquisa
- Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD): BDTD
- GEPOC – Grupo de Eletrônica de Potência e Controle (UFSM): GEPOC
Entidades de Normas Técnicas
Estas organizações são responsáveis por desenvolver e publicar as normas que garantem a segurança, qualidade e interoperabilidade de cabos elétricos e de comunicação.
- ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): É o Foro Nacional de Normalização no Brasil. As normas ABNT, como a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão), são fundamentais para qualquer projeto no país.
- ABNT
- Para consulta ao acervo: ABNT COLEÇÃO
- IEC (International Electrotechnical Commission): A Comissão Eletrotécnica Internacional é a organização líder mundial na elaboração e publicação de normas internacionais para todas as tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. Muitas normas ABNT são baseadas nas normas IEC.
- ISO (International Organization for Standardization): Embora seja uma organização de padronização para uma vasta gama de indústrias, a ISO também publica normas relevantes para o setor de cabos, especialmente relacionadas a sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001).
- UL (Underwriters Laboratories): Uma organização global de ciência da segurança, muito conhecida por suas certificações de produtos. As normas UL são uma referência importante de segurança, especialmente para produtos destinados ao mercado norte-americano.
- TIA (Telecommunications Industry Association): Principal associação para a indústria de tecnologias da informação e comunicação (TIC). Desenvolve normas para cabeamento estruturado, como as da série ANSI/TIA-568, que são referência mundial para redes de comunicação.
Associações, Sindicatos e Entidades Reguladoras
Estas organizações representam os interesses da indústria, promovem a qualidade e regulamentam o setor.
- ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações): É o órgão regulador do setor de telecomunicações no Brasil. A Anatel é responsável pela homologação e certificação de produtos de telecomunicações, incluindo cabos de rede e fibra óptica.
- Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais não Ferrosos do Estado de São Paulo): Representa as indústrias do setor, atuando na defesa de seus interesses e na promoção de ações de combate ao mercado ilegal de cabos.
- Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos): Entidade que monitora a qualidade dos fios e cabos elétricos comercializados no Brasil, mantendo uma lista de fabricantes aprovados e não conformes.
- Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica): Representa nacionalmente os setores elétrico e eletrônico, atuando em diversas frentes, incluindo questões de normalização e regulamentação.
- BICSI: Uma associação profissional global que apoia a comunidade da tecnologia da informação e comunicação (TIC). Oferece educação, certificações e publicações de padrões para projeto e instalação de sistemas de cabeamento.
- International Cablemakers Federation (ICF): Fórum global que reúne os CEOs das principais empresas produtoras de fios e cabos do mundo para discutir tendências e desafios do setor.
Gigantes da Pesquisa: As Universidades de Ponta no Brasil na Área de Cabos Elétricos e de Comunicação
O Brasil possui um ecossistema robusto de universidades públicas que são verdadeiras referências em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de engenharia elétrica e de comunicação. Diversas delas abrigam laboratórios de ponta e grupos de pesquisa com reconhecimento internacional que atuam diretamente com os temas de cabos de potência, fibras ópticas, materiais dielétricos e sistemas de comunicação.
A seguir, destacamos algumas das principais universidades de primeira linha e seus respectivos centros de excelência no assunto:
1. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Foco principal: Comunicações Ópticas e Fotônica
Considerada um dos maiores polos de inovação em telecomunicações da América Latina, a Unicamp, especialmente através da sua Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), é líder absoluta em pesquisa de fibras ópticas e sistemas de comunicação. A proximidade e colaboração histórica com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) solidifica sua posição.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Comunicações Ópticas e em Micro-ondas (LAPCOM): Focado em pesquisa de amplificadores ópticos, fibras dopadas e propagação de ondas eletromagnéticas.
- Laboratório Integrado de Fotônica (LIF): Reúne diversos laboratórios e pesquisadores para o desenvolvimento de dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de comunicação.
- Grupo de Fenômenos Ultrarrápidos e Comunicações Ópticas (GFURCO): Realiza estudos avançados sobre fibras ópticas, dispositivos e fenômenos em altíssimas velocidades de transmissão.
2. Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
Foco principal: Sistemas de Potência e Alta Tensão
A UNIFEI é uma referência histórica e de grande prestígio em sistemas elétricos de potência no Brasil. Seu Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) é um dos mais importantes do país, com forte atuação em estudos que envolvem cabos de potência, isolamento elétrico e transmissão de energia.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
- Link: LAT-EFEI
- Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE): Congrega diversos laboratórios e grupos de pesquisa em áreas como proteção de sistemas, qualidade de energia e automação, todas intrinsecamente ligadas ao desempenho e à aplicação de cabos elétricos.
- Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
3. Universidade de São Paulo (USP)
Foco principal: Sistemas de Potência, Eletrônica de Potência e Telecomunicações
A USP, com seus múltiplos campi, possui uma pesquisa extremamente forte e diversificada. Tanto a Escola Politécnica (Poli-USP) em São Paulo quanto a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) contam com laboratórios de excelência e grupos de pesquisa que atuam em temas correlatos a cabos.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
- EESC-USP (Ver LAT na lista)
- Laboratório de Pesquisa em Proteção e Automação de Sistemas Elétricos (Poli-USP): Desenvolve pesquisas em proteção de sistemas elétricos, onde a modelagem e o comportamento de cabos em faltas são essenciais.
- Laboratório de Telecomunicações (EESC-USP): Com grupos dedicados a micro-ondas e óptica, desenvolve pesquisas relevantes para a área de cabos de comunicação.
- EESC-USP (Ver TELECOM na lista)
- Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
4. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Foco principal: Eletrônica de Potência e Sistemas de Energia
A UFSC é um polo de excelência reconhecido mundialmente em eletrônica de potência. As pesquisas desenvolvidas são cruciais para a aplicação de cabos em sistemas de conversão de energia, acionamento de motores e conexão de fontes renováveis.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Instituto de Eletrônica de Potência (INEP): Um dos grupos de pesquisa mais produtivos do mundo na área. Desenvolve tecnologia de ponta para conversores e inversores de energia, que se conectam através de cabos a diversas cargas e fontes.
5. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Foco principal: Telecomunicações e Eletromagnetismo Aplicado
A UFMG possui um programa de pós-graduação consolidado em Engenharia Elétrica, com grupos de pesquisa relevantes para a área de comunicação e eletromagnetismo, que dão a base teórica e aplicada para o desenvolvimento de tecnologias de cabos e guias de onda.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Departamento de Engenharia Eletrônica (DELT): Possui laboratórios de pesquisa em telecomunicações e redes, onde se estuda desde a comunicação por fibra óptica até sistemas de comunicação sem fio, que muitas vezes dependem de uma infraestrutura cabeada robusta.
Institutos de Pesquisa
Cenário Nacional
1. CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) – Brasil
Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
Com sede aqui em Campinas, o CPQD é o maior instituto de pesquisa em TIC da América Latina e uma peça-chave na história das telecomunicações brasileiras. Ele desenvolve desde a tecnologia de componentes ópticos até plataformas completas de software e hardware para redes 5G/6G, IoT e segurança cibernética. Para um engenheiro de comunicação, é uma referência obrigatória.
- Áreas e Plataformas Relevantes:
- Comunicações Ópticas: Pesquisa de ponta em dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de transmissão de altíssima capacidade.
- Conectividade sem Fio: Desenvolvimento e testes de sistemas para 5G, 6G e Open RAN.
- Validação e Ensaios: Laboratórios acreditados para ensaios e certificação de equipamentos, incluindo cabos e componentes, para conformidade com normas da ANATEL.
2. CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) – Brasil
Foco principal: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
O CEPEL é o braço de pesquisa do Grupo Eletrobras e o maior instituto de pesquisa em energia elétrica do hemisfério sul. Sua atuação é vital para a segurança e a evolução do Sistema Interligado Nacional (SIN). As pesquisas do CEPEL em equipamentos, materiais e sistemas de alta tensão têm impacto direto nas especificações e na operação de cabos de potência.
- Áreas e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
- Link: CEPEL LEM
- Tecnologias de Transmissão: Pesquisas aplicadas em linhas de transmissão, subestações e equipamentos de alta tensão, incluindo o comportamento de cabos em condições extremas.
- Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
3. INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – Brasil
Foco principal: Metrologia Científica e Industrial, Avaliação da Conformidade
Embora seja primeiramente uma entidade reguladora e de metrologia, o INMETRO possui laboratórios de altíssimo nível que realizam pesquisa para estabelecer os padrões de medição do país. Sua Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia é fundamental para garantir que os ensaios em cabos e outros produtos sejam precisos e confiáveis em todo o Brasil.
- Áreas e Grupos de Destaque:
- Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.
- Link: INMETRO LABEL
- Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.
Cenário Internacional
1. Fraunhofer-Gesellschaft – Alemanha
Foco principal: Pesquisa Aplicada em Múltiplas Áreas da Engenharia
A Sociedade Fraunhofer é a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, com 76 institutos espalhados pela Alemanha. Cada instituto tem um foco específico, e vários são referências mundiais nas áreas de comunicação e energia.
- Institutos de Destaque:
- Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
- Link: HHI FRAUNHOFER
- Fraunhofer Institute for Energy Economics and Energy System Technology (IEE): Focado na transição energética, desenvolve tecnologia para integração de renováveis, redes inteligentes e estabilidade de sistemas de potência.
- Link: IEE FRAUNHOFER
- Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
2. NIST (National Institute of Standards and Technology) – EUA
Foco principal: Ciência da Medição, Padrões e Tecnologia
Equivalente norte-americano do INMETRO, mas com uma atuação ainda mais abrangente em pesquisa fundamental e aplicada. O NIST é crucial para o desenvolvimento tecnológico dos EUA, criando os padrões e as tecnologias de medição que permitem a inovação em toda a indústria.
- Laboratórios e Grupos de Destaque:
- Communications Technology Laboratory (CTL): Desenvolve pesquisa fundamental em metrologia para redes 5G/6G, resiliência de redes e comunicação quântica.
- Material Measurement Laboratory (MML): Conduz pesquisa sobre as propriedades de materiais, incluindo polímeros usados em isolamento de cabos e materiais para eletrônica avançada.
3. NICT (National Institute of Information and Communications Technology) – Japão
Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação
O NICT é o principal instituto de pesquisa pública do Japão na área de TIC. É conhecido por suas contribuições recordistas em transmissão por fibra óptica, tendo demonstrado as maiores taxas de transmissão do mundo em diversas ocasiões, além de forte pesquisa em redes quânticas e segurança.
- Grupos e Iniciativas de Destaque:
- Photonic Network System Laboratory: Pesquisa sistemas de transmissão óptica de ultra-alta capacidade, ultrapassando os limites do que é possível em um único cabo de fibra óptica.
4. CEA-Leti (Laboratoire d’électronique des technologies de l’information) – França
Foco principal: Microeletrônica, Nanotecnologia e Fotônica em Silício
Leti é um instituto do Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) da França e um líder global em miniaturização de tecnologias. Eles são pioneiros em “fotônica em silício”, que busca integrar componentes ópticos diretamente em chips de silício, uma revolução para as comunicações de curta e média distância.
- Grupos e Iniciativas de Destaque:
- Optics and Photonics Division: Desenvolve desde sensores de imagem até sistemas de comunicação óptica e LiDAR integrados em chips, impactando o futuro dos cabos de comunicação em data centers e computação de alta performance.
Essas instituições representam a vanguarda da pesquisa acadêmica no setor, formando profissionais altamente qualificados e desenvolvendo tecnologia que impulsiona toda a indústria de cabos.






