CABO RS232: Como funciona e onde usar

COMO É? PARA QUE SERVE UM CABO RS232?

COMO É UM CABO RS232?

Cabo RS232Cabo RS232Cabo RS232

 

A Excelência e Versatilidade do CABO RS232 na Comunicação de Dados

 

O CABO RS232 representa um dos padrões mais estabelecidos e confiáveis para a comunicação serial de dados. Embora seja uma tecnologia com décadas de existência, sua robustez e simplicidade garantem sua contínua relevância em uma vasta gama de aplicações industriais, comerciais e de automação. Este artigo técnico visa explorar as profundezas do padrão, fornecendo informações cruciais para engenheiros, instaladores e estudantes que buscam compreender e aplicar esta solução de conectividade de forma eficaz e em conformidade com as normas vigentes. Consequentemente, abordaremos desde seus fundamentos técnicos até suas mais complexas aplicações, destacando a importância de um CABO RS232 de qualidade.

 

Fundamentos Essenciais do CABO RS232

 

O padrão RS232, ou Recommended Standard 232, define as características elétricas e funcionais para a troca de dados binários entre um Equipamento Terminal de Dados (DTE), como um computador, e um Equipamento de Comunicação de Dados (DCE), como um modem. Primeiramente, ele opera com níveis de tensão específicos, onde um “1” lógico é representado por uma tensão negativa (entre -3V e -25V) e um “0” lógico por uma positiva (entre +3V e +25V). Em virtude disso, essa característica aumenta a imunidade a ruídos em comparação com níveis de sinal TTL, tornando o CABO RS232 ideal para ambientes desafiadores.

 

A Relevância da Norma EIA/TIA-232 para o CABO RS232

 

A padronização é fundamental para a interoperabilidade, e para o CABO RS232, a norma de referência é a EIA/TIA-232. Esta norma, mantida pela Electronic Industries Alliance e pela Telecommunications Industry Association, especifica não apenas os níveis de tensão, mas também a pinagem dos conectores, as taxas de transmissão (baud rate) e as funções de cada pino. Portanto, ao projetar ou implementar uma solução de comunicação, seguir a norma EIA/TIA-232 garante que dispositivos de diferentes fabricantes possam se comunicar de maneira transparente e eficiente, utilizando um CABO RS232 compatível.

 

A Norma Brasileira para o CABO RS232

 

No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também estabelece diretrizes para a utilização de tecnologias de comunicação. Embora a norma EIA/TIA-232 seja a referência global, é importante que profissionais consultem as publicações pertinentes da ABNT, como a NBR 14522, que pode referenciar ou complementar padrões internacionais para aplicações específicas no território nacional. Desse modo, a conformidade com as normas locais assegura a qualidade e a segurança das instalações que empregam o CABO RS232, especialmente em projetos de grande porte e em ambientes regulamentados.

 

Conectores Padrão do CABO RS232: DB9 e DB25

 

A conexão física de um CABO RS232 é mais comumente realizada através de conectores do tipo D-subminiature, sendo o DB9 e o DB25 os mais prevalentes. O conector DB9, com seus 9 pinos, é a versão mais compacta e popular atualmente, contendo todos os sinais essenciais para a maioria das aplicações. Por outro lado, o conector DB25, com 25 pinos, foi o padrão original e inclui diversos sinais de controle secundários. A escolha entre eles, portanto, depende diretamente da complexidade da comunicação e dos requisitos do equipamento a ser conectado.

 

A Pinagem Essencial do CABO RS232 DB9

 

Para uma comunicação funcional, o CABO RS232 com conector DB9 utiliza um conjunto mínimo de pinos. Essencialmente, o pino 2 (RXD – Receive Data) e o pino 3 (TXD – Transmit Data) são responsáveis pela recepção e transmissão de dados, respectivamente, enquanto o pino 5 (GND – Ground) serve como referência de sinal comum. Adicionalmente, pinos como DTR (Data Terminal Ready), DSR (Data Set Ready), RTS (Request to Send) e CTS (Clear to Send) são utilizados para o controle de fluxo de hardware (handshaking), garantindo uma comunicação mais estável.

 

Entendendo a Pinagem do CABO RS232 DB25

 

O conector DB25, embora menos comum hoje em dia, oferece uma gama expandida de sinais de controle para o CABO RS232. Além dos pinos de transmissão (pino 2), recepção (pino 3) e terra (pino 7), ele dispõe de linhas secundárias para transmissão e recepção, bem como múltiplos sinais de temporização e status. Por conseguinte, em aplicações legadas ou em equipamentos de telecomunicações específicos que requerem um controle de comunicação mais granular, a pinagem completa do DB25 se torna indispensável para o correto funcionamento do sistema.

 

Aplicações do CABO RS232 em Automação Industrial

 

Na automação industrial, a robustez do CABO RS232 é um diferencial significativo. Ele é frequentemente utilizado para conectar Controladores Lógicos Programáveis (CLPs), Interfaces Homem-Máquina (IHMs) e diversos sensores e atuadores a um computador central ou a outros dispositivos de controle. Visto que muitos equipamentos industriais ainda possuem portas seriais como padrão de fábrica, o uso de um CABO RS232 de alta qualidade é crucial para garantir a integridade dos dados e a confiabilidade dos processos produtivos, minimizando paradas e falhas.

 

O Uso Crítico do CABO RS232 em Equipamentos Médicos

 

A precisão e a confiabilidade são vitais no setor médico, e o CABO RS232 desempenha um papel importante na comunicação entre equipamentos de diagnóstico, monitores de pacientes e sistemas de registro de dados. Por exemplo, ventiladores, bombas de infusão e analisadores de sangue frequentemente utilizam a interface serial para transmitir informações vitais de forma segura. Assim sendo, a simplicidade do protocolo e sua imunidade a certas interferências o tornam uma escolha segura para aplicações onde a falha de comunicação não é uma opção.

 

A Função do CABO RS232 em Impressoras e Terminais Fiscais

 

Em ambientes comerciais, o CABO RS232 é a espinha dorsal da comunicação com impressoras fiscais e terminais de ponto de venda (PDV). A legislação fiscal em muitos países exige uma conexão direta e confiável para a emissão de cupons e relatórios, e a interface serial oferece essa segurança. Além disso, leitores de código de barras, balanças e outros periféricos comerciais frequentemente se conectam ao sistema principal através de um CABO RS232, consolidando-o como uma solução de conectividade essencial para o varejo.

 

Velocidade de Transmissão e o Comprimento do CABO RS232

 

Um fator limitante do CABO RS232 é a relação inversa entre a velocidade de transmissão (baud rate) и o comprimento máximo do cabo. Geralmente, para taxas de até 19200 bps, o comprimento recomendado não deve exceder 15 metros. À medida que a velocidade aumenta, a distância máxima diminui para evitar a degradação do sinal e erros de dados. Contudo, para distâncias maiores, é possível utilizar repetidores de sinal ou conversores para outros padrões, como o RS485, que permitem alcançar centenas de metros.

 

Vantagens Notáveis do CABO RS232

 

Apesar da existência de tecnologias mais modernas como o USB e o Ethernet, o CABO RS232 mantém vantagens importantes. Primeiramente, seu baixo custo de implementação e a simplicidade do protocolo o tornam muito acessível. Além disso, a sua alta imunidade a ruídos eletromagnéticos, devido aos níveis de tensão mais elevados, é uma característica fundamental para ambientes industriais. A programação da comunicação serial também é direta, facilitando o desenvolvimento de software e a integração de sistemas.

 

Limitações e Desvantagens do CABO RS232

 

É igualmente importante reconhecer as desvantagens do padrão. A principal limitação do CABO RS232 é sua baixa velocidade de transmissão em comparação com interfaces modernas. Além disso, ele é inerentemente um padrão ponto a ponto, o que significa que não suporta múltiplos dispositivos em um único barramento sem o uso de hardware adicional. A necessidade de fontes de alimentação simétricas (+V e -V) para os circuitos de driver também pode adicionar complexidade ao projeto de hardware.

 

CABO RS232 Null Modem para Comunicação DTE-DTE

 

Uma aplicação especial é a conexão direta entre dois dispositivos DTE, como dois computadores, sem a necessidade de um modem. Para isso, utiliza-se um CABO RS232 do tipo Null Modem. Este cabo possui uma pinagem cruzada, onde os fios de transmissão (TXD) de um conector são ligados aos de recepção (RXD) do outro, e vice-versa. Similarmente, os sinais de handshaking também são cruzados, simulando a presença de um DCE e permitindo que os dois terminais se comuniquem diretamente de forma eficaz.

 

Diferenças Cruciais: CABO RS232 vs. RS485

 

Ao comparar o CABO RS232 com o padrão RS485, as diferenças são marcantes. Enquanto o RS232 é ponto a ponto e full-duplex (comunicação simultânea nos dois sentidos), o RS485 permite a comunicação multiponto, com até 32 dispositivos em um mesmo barramento, operando em modo half-duplex. Adicionalmente, o RS485 utiliza um sinal diferencial, o que lhe confere uma imunidade a ruído muito superior e permite alcançar distâncias de até 1200 metros, superando em muito a limitação do RS232.

 

A Evolução para Conversores USB para CABO RS232

 

Com a predominância das portas USB nos computadores modernos, a necessidade de conectar dispositivos seriais legados se tornou um desafio comum. A solução elegante para este problema são os conversores de USB para CABO RS232. Esses adaptadores contêm um chip que emula uma porta COM virtual no sistema operacional, permitindo que softwares antigos e equipamentos industriais se comuniquem perfeitamente com os PCs atuais. Consequentemente, isso prolonga a vida útil de equipamentos valiosos que ainda dependem da interface serial.

 

Solução de Problemas Comuns com o CABO RS232

 

Quando uma comunicação via CABO RS232 falha, a solução de problemas geralmente segue um roteiro lógico. Primeiramente, é essencial verificar a integridade física do cabo e dos conectores. Em seguida, deve-se confirmar se os parâmetros de comunicação – como baud rate, paridade, bits de dados e stop bits – estão configurados de forma idêntica em ambos os dispositivos. O uso de um breakout box ou de um software de monitoramento serial pode ser inestimável para analisar o tráfego de dados e diagnosticar problemas de handshaking.

 

Montagem e Customização de um CABO RS232

 

Para aplicações específicas, pode ser necessário montar um CABO RS232 customizado. Este processo envolve a soldagem dos fios do cabo nos pinos corretos de um conector DB9 ou DB25. É fundamental ter em mãos o diagrama de pinagem correto para a aplicação desejada, seja ela uma conexão direta (straight-through) ou cruzada (null modem). O uso de cabos com boa blindagem e a garantia de soldas firmes e bem isoladas são cruciais para a qualidade e a durabilidade da conexão, evitando interferências e mau contato.

 

Imunidade a Ruído no CABO RS232

 

A imunidade a ruído é um dos pontos fortes do CABO RS232, especialmente quando comparado a sinais lógicos de baixa tensão. Os níveis de tensão entre +3V e +25V e -3V e -25V criam uma “zona morta” em torno de 0V, onde flutuações de tensão induzidas por ruído são ignoradas. Portanto, em um ambiente industrial com motores e outras fontes de interferência eletromagnética, essa característica garante que os dados sejam transmitidos com maior fidelidade, contribuindo para a estabilidade geral do sistema de automação.

 

O Futuro e a Longevidade do CABO RS232

 

Embora novas tecnologias de comunicação continuem a surgir, o CABO RS232 está longe de se tornar obsoleto. Sua simplicidade, baixo custo e robustez garantem sua permanência em inúmeras aplicações legadas e em novos projetos onde a alta velocidade não é um requisito primordial. A vasta base instalada de equipamentos com portas seriais assegura que a demanda por cabos, conversores e expertise no padrão RS232 continuará por muitos anos, solidificando seu legado como uma das mais importantes interfaces de comunicação da história da tecnologia.


CENTROS DE PESQUISA E DO CONHECIMENTO

Com o objetivo de se destacar e liderar através da pesquisa de ponta, a Innovcable acompanha de perto os avanços e as inovações desenvolvidas por importantes centros de excelência e pesquisa no setor elétrico, com especial atenção à área de cabos, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

A seguir, apresentamos alguns dos principais polos de conhecimento que são referência para o nosso trabalho:

 Bases de Conhecimento da Innovcable

Bases de Dados e Mecanismos de Busca Acadêmica

 

Periódicos e Revistas Científicas de Destaque

  • IEEE Transactions on Power Systems: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Power Delivery: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • IEEE Transactions on Communications: (Disponível através do IEEE Xplore)
  • Revista Telecomunicações (Inatel): INATEL
  • Revista Controle & Automação (SBA): SBA
  • Directory of Open Access Journals (DOAJ): DOAJ

 

Repositórios Institucionais e Grupos de Pesquisa

  • Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD): BDTD
  • GEPOC – Grupo de Eletrônica de Potência e Controle (UFSM): GEPOC

 

Entidades de Normas Técnicas

Estas organizações são responsáveis por desenvolver e publicar as normas que garantem a segurança, qualidade e interoperabilidade de cabos elétricos e de comunicação.

  • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): É o Foro Nacional de Normalização no Brasil. As normas ABNT, como a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão), são fundamentais para qualquer projeto no país.
  • IEC (International Electrotechnical Commission): A Comissão Eletrotécnica Internacional é a organização líder mundial na elaboração e publicação de normas internacionais para todas as tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. Muitas normas ABNT são baseadas nas normas IEC.
  • ISO (International Organization for Standardization): Embora seja uma organização de padronização para uma vasta gama de indústrias, a ISO também publica normas relevantes para o setor de cabos, especialmente relacionadas a sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001).
  • UL (Underwriters Laboratories): Uma organização global de ciência da segurança, muito conhecida por suas certificações de produtos. As normas UL são uma referência importante de segurança, especialmente para produtos destinados ao mercado norte-americano.
  • TIA (Telecommunications Industry Association): Principal associação para a indústria de tecnologias da informação e comunicação (TIC). Desenvolve normas para cabeamento estruturado, como as da série ANSI/TIA-568, que são referência mundial para redes de comunicação.

 

Associações, Sindicatos e Entidades Reguladoras

Estas organizações representam os interesses da indústria, promovem a qualidade e regulamentam o setor.

  • ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações): É o órgão regulador do setor de telecomunicações no Brasil. A Anatel é responsável pela homologação e certificação de produtos de telecomunicações, incluindo cabos de rede e fibra óptica.
  • Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais não Ferrosos do Estado de São Paulo): Representa as indústrias do setor, atuando na defesa de seus interesses e na promoção de ações de combate ao mercado ilegal de cabos.
  • Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos): Entidade que monitora a qualidade dos fios e cabos elétricos comercializados no Brasil, mantendo uma lista de fabricantes aprovados e não conformes.
  • Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica): Representa nacionalmente os setores elétrico e eletrônico, atuando em diversas frentes, incluindo questões de normalização e regulamentação.
  • BICSI: Uma associação profissional global que apoia a comunidade da tecnologia da informação e comunicação (TIC). Oferece educação, certificações e publicações de padrões para projeto e instalação de sistemas de cabeamento.
  • International Cablemakers Federation (ICF): Fórum global que reúne os CEOs das principais empresas produtoras de fios e cabos do mundo para discutir tendências e desafios do setor.

 

Gigantes da Pesquisa: As Universidades de Ponta no Brasil na Área de Cabos Elétricos e de Comunicação

O Brasil possui um ecossistema robusto de universidades públicas que são verdadeiras referências em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de engenharia elétrica e de comunicação. Diversas delas abrigam laboratórios de ponta e grupos de pesquisa com reconhecimento internacional que atuam diretamente com os temas de cabos de potência, fibras ópticas, materiais dielétricos e sistemas de comunicação.

A seguir, destacamos algumas das principais universidades de primeira linha e seus respectivos centros de excelência no assunto:


1. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Foco principal: Comunicações Ópticas e Fotônica

Considerada um dos maiores polos de inovação em telecomunicações da América Latina, a Unicamp, especialmente através da sua Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), é líder absoluta em pesquisa de fibras ópticas e sistemas de comunicação. A proximidade e colaboração histórica com o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) solidifica sua posição.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Comunicações Ópticas e em Micro-ondas (LAPCOM): Focado em pesquisa de amplificadores ópticos, fibras dopadas e propagação de ondas eletromagnéticas.
    • Laboratório Integrado de Fotônica (LIF): Reúne diversos laboratórios e pesquisadores para o desenvolvimento de dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de comunicação.
    • Grupo de Fenômenos Ultrarrápidos e Comunicações Ópticas (GFURCO): Realiza estudos avançados sobre fibras ópticas, dispositivos e fenômenos em altíssimas velocidades de transmissão.

 

2. Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)

Foco principal: Sistemas de Potência e Alta Tensão

A UNIFEI é uma referência histórica e de grande prestígio em sistemas elétricos de potência no Brasil. Seu Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) é um dos mais importantes do país, com forte atuação em estudos que envolvem cabos de potência, isolamento elétrico e transmissão de energia.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (LAT-EFEI): Um dos mais renomados do país, realiza ensaios e testes em alta tensão em cabos, isoladores e outros equipamentos de sistemas elétricos. É pioneiro e fundamental para o desenvolvimento do setor elétrico nacional.
    • Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE): Congrega diversos laboratórios e grupos de pesquisa em áreas como proteção de sistemas, qualidade de energia e automação, todas intrinsecamente ligadas ao desempenho e à aplicação de cabos elétricos.

 

3. Universidade de São Paulo (USP)

Foco principal: Sistemas de Potência, Eletrônica de Potência e Telecomunicações

A USP, com seus múltiplos campi, possui uma pesquisa extremamente forte e diversificada. Tanto a Escola Politécnica (Poli-USP) em São Paulo quanto a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) contam com laboratórios de excelência e grupos de pesquisa que atuam em temas correlatos a cabos.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Alta Tensão (EESC-USP): Localizado em São Carlos, atua no estudo de fenômenos de alta tensão, materiais isolantes e descargas elétricas.
    • Laboratório de Pesquisa em Proteção e Automação de Sistemas Elétricos (Poli-USP): Desenvolve pesquisas em proteção de sistemas elétricos, onde a modelagem e o comportamento de cabos em faltas são essenciais.
    • Laboratório de Telecomunicações (EESC-USP): Com grupos dedicados a micro-ondas e óptica, desenvolve pesquisas relevantes para a área de cabos de comunicação.

 

4. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Foco principal: Eletrônica de Potência e Sistemas de Energia

A UFSC é um polo de excelência reconhecido mundialmente em eletrônica de potência. As pesquisas desenvolvidas são cruciais para a aplicação de cabos em sistemas de conversão de energia, acionamento de motores e conexão de fontes renováveis.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Instituto de Eletrônica de Potência (INEP): Um dos grupos de pesquisa mais produtivos do mundo na área. Desenvolve tecnologia de ponta para conversores e inversores de energia, que se conectam através de cabos a diversas cargas e fontes.

 

5. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Foco principal: Telecomunicações e Eletromagnetismo Aplicado

A UFMG possui um programa de pós-graduação consolidado em Engenharia Elétrica, com grupos de pesquisa relevantes para a área de comunicação e eletromagnetismo, que dão a base teórica e aplicada para o desenvolvimento de tecnologias de cabos e guias de onda.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Departamento de Engenharia Eletrônica (DELT): Possui laboratórios de pesquisa em telecomunicações e redes, onde se estuda desde a comunicação por fibra óptica até sistemas de comunicação sem fio, que muitas vezes dependem de uma infraestrutura cabeada robusta.

 


 

Institutos de Pesquisa

Cenário Nacional

 

1. CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) – Brasil

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)

Com sede aqui em Campinas, o CPQD é o maior instituto de pesquisa em TIC da América Latina e uma peça-chave na história das telecomunicações brasileiras. Ele desenvolve desde a tecnologia de componentes ópticos até plataformas completas de software e hardware para redes 5G/6G, IoT e segurança cibernética. Para um engenheiro de comunicação, é uma referência obrigatória.

  • Áreas e Plataformas Relevantes:
    • Comunicações Ópticas: Pesquisa de ponta em dispositivos fotônicos, fibras ópticas especiais e sistemas de transmissão de altíssima capacidade.
    • Conectividade sem Fio: Desenvolvimento e testes de sistemas para 5G, 6G e Open RAN.
    • Validação e Ensaios: Laboratórios acreditados para ensaios e certificação de equipamentos, incluindo cabos e componentes, para conformidade com normas da ANATEL.

 

2. CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) – Brasil

Foco principal: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

O CEPEL é o braço de pesquisa do Grupo Eletrobras e o maior instituto de pesquisa em energia elétrica do hemisfério sul. Sua atuação é vital para a segurança e a evolução do Sistema Interligado Nacional (SIN). As pesquisas do CEPEL em equipamentos, materiais e sistemas de alta tensão têm impacto direto nas especificações e na operação de cabos de potência.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Equipamentos e Materiais (LEM): Realiza ensaios de alta tensão e alta corrente em cabos, transformadores e outros ativos do sistema elétrico.
    • Tecnologias de Transmissão: Pesquisas aplicadas em linhas de transmissão, subestações e equipamentos de alta tensão, incluindo o comportamento de cabos em condições extremas.

 

3. INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – Brasil

Foco principal: Metrologia Científica e Industrial, Avaliação da Conformidade

Embora seja primeiramente uma entidade reguladora e de metrologia, o INMETRO possui laboratórios de altíssimo nível que realizam pesquisa para estabelecer os padrões de medição do país. Sua Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia é fundamental para garantir que os ensaios em cabos e outros produtos sejam precisos e confiáveis em todo o Brasil.

  • Áreas e Grupos de Destaque:
    • Laboratório de Metrologia Elétrica (LABEL): Responsável por manter e disseminar os padrões nacionais para grandezas elétricas, base para todos os testes de cabos.

 

Cenário Internacional

 

1. Fraunhofer-Gesellschaft – Alemanha

Foco principal: Pesquisa Aplicada em Múltiplas Áreas da Engenharia

A Sociedade Fraunhofer é a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, com 76 institutos espalhados pela Alemanha. Cada instituto tem um foco específico, e vários são referências mundiais nas áreas de comunicação e energia.

  • Institutos de Destaque:
    • Fraunhofer Institute for Telecommunications (Heinrich Hertz Institute – HHI): Líder mundial em pesquisa de redes de fibra óptica, componentes fotônicos, compressão de vídeo (criadores de padrões como H.264/AVC e H.265/HEVC) e comunicação sem fio.
    • Fraunhofer Institute for Energy Economics and Energy System Technology (IEE): Focado na transição energética, desenvolve tecnologia para integração de renováveis, redes inteligentes e estabilidade de sistemas de potência.

 

2. NIST (National Institute of Standards and Technology) – EUA

Foco principal: Ciência da Medição, Padrões e Tecnologia

Equivalente norte-americano do INMETRO, mas com uma atuação ainda mais abrangente em pesquisa fundamental e aplicada. O NIST é crucial para o desenvolvimento tecnológico dos EUA, criando os padrões e as tecnologias de medição que permitem a inovação em toda a indústria.

  • Laboratórios e Grupos de Destaque:
    • Communications Technology Laboratory (CTL): Desenvolve pesquisa fundamental em metrologia para redes 5G/6G, resiliência de redes e comunicação quântica.
    • Material Measurement Laboratory (MML): Conduz pesquisa sobre as propriedades de materiais, incluindo polímeros usados em isolamento de cabos e materiais para eletrônica avançada.

 

3. NICT (National Institute of Information and Communications Technology) – Japão

Foco principal: Tecnologias da Informação e Comunicação

O NICT é o principal instituto de pesquisa pública do Japão na área de TIC. É conhecido por suas contribuições recordistas em transmissão por fibra óptica, tendo demonstrado as maiores taxas de transmissão do mundo em diversas ocasiões, além de forte pesquisa em redes quânticas e segurança.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Photonic Network System Laboratory: Pesquisa sistemas de transmissão óptica de ultra-alta capacidade, ultrapassando os limites do que é possível em um único cabo de fibra óptica.

4. CEA-Leti (Laboratoire d’électronique des technologies de l’information) – França

Foco principal: Microeletrônica, Nanotecnologia e Fotônica em Silício

Leti é um instituto do Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) da França e um líder global em miniaturização de tecnologias. Eles são pioneiros em “fotônica em silício”, que busca integrar componentes ópticos diretamente em chips de silício, uma revolução para as comunicações de curta e média distância.

  • Grupos e Iniciativas de Destaque:
    • Optics and Photonics Division: Desenvolve desde sensores de imagem até sistemas de comunicação óptica e LiDAR integrados em chips, impactando o futuro dos cabos de comunicação em data centers e computação de alta performance.

Essas instituições representam a vanguarda da pesquisa acadêmica no setor, formando profissionais altamente qualificados e desenvolvendo tecnologia que impulsiona toda a indústria de cabos.

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